A cabeça de lista do PAN às eleições regionais da Madeira, Mónica Freitas, apelou hoje ao voto, argumentando que o futuro da região é responsabilidade de cada cidadão, e espera ser reeleita deputada.
"Deixo esse apelo, todas as pessoas que vão votar, porque é responsabilidade de todos nós o resultado desta noite e é importante que todos nos sintamos envolvidos nas decisões políticas e em quem queremos que nos represente na Assembleia Legislativa Regional", afirmou Mónica Freitas, em declarações aos jornalistas, depois de exercer o seu voto, na Escola das Figueirinhas, na freguesia do Caniço, concelho de Santa Cruz, cerca das 10:00.
A também porta-voz do PAN/Madeira, que foi eleita deputada única nas regionais de setembro do ano passado, considerou que "desta vez as pessoas também estão mais alertas e conscientes para a importância do seu voto, a importância que isso terá para o rumo e para o futuro da região".
Questionada se espera manter o número de deputados no parlamento regional, Mónica Freitas, referiu a ligeira subida em número de votos nas últimas legislativas nacionais, apontando que acredita que também na Madeira poderá acontecer esse crescimento.
"Nesse sentido, esperamos pelo menos manter esse eleitorado dos 3.000 [número de votos nas últimas regionais] de forma a conseguirmos eleger novamente uma pessoa, neste caso eu, para estar representada na Assembleia Legislativa Regional", realçou.
Nas eleições de hoje, 14 candidaturas disputam os 47 lugares do parlamento regional, num círculo único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS-PP venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.
As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.