Ministras da Justiça e do Trabalho também têm participações no setor imobiliário

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

Além de Manuel Castro Almeida, a RTP apurou que também as ministras da Justiça e do Trabalho têm participações em empresas ligadas ao setor imobiliário.

A ministra da Justiça, Rita Júdice, faz parte de quatro sociedades com negócios na área. Em duas delas tem 50 por cento das quotas das empresas.

Rita Júdice detém metade da quota da Périplo Essencial, cuja área de atuação é "Imobiliário e Turismo" e da qual foi gerente praticamente até entrar no Governo. Tem igualmente 50 por cento da Pedrasgest, que tem a mesma descrição na atividade. 

A ministra da Justiça é ainda dona de 30 por cento da Canforeira - compra e venda de propriedades, cuja única área de atuação é "Imobiliário". Com uma percentagem menor, Rita Júdice tem ainda participação na Stone SPA, cuja área de atuação é “Instituto beleza e Imobiliário".
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Já a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, tem a maioria do capital de uma empresa a que dá o nome (Rosário Palma Ramalho). No objeto social há atividades ligadas à consultoria em diversas áreas e também "atividades de gestão de património imobiliário".
O caso de Castro Almeida

São mais duas polémicas no Executivo de Luís Montenegro, depois de a RTP ter apurado que também o ministro adjunto e da Coesão Territorial, Castro de Almeida, deteve, até há uma semana, uma participação numa imobiliária.

Para além destes três ministros, o próprio primeiro-ministro, Luís Montenegro, está a ser acusado de conflito de interesses após ter sido revelado que vendeu à mulher a quota que detinha numa empresa imobiliária antes de chegar à liderança do PSD.Todos estes casos deverão aquecer o debate desta sexta-feira da moção de censura apresentada pelo Chega sobre o que o partido considera ser “suspeitas gravíssimas de incompatibilidade” no exercício de funções públicas da parte do primeiro-ministro.


Intitulada "Pelo fim de um Governo sem integridade, liderado por um primeiro-ministro sob suspeita grave", a moção de censura, submetida na passada terça-feira ao Parlamento, refere que está em causa um “cenário de total e generalizada descredibilização do Governo e do primeiro-ministro” que deve resultar na demissão do Executivo minoritário de PSD e CDS-PP.
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