O líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, confirmou hoje um acordo pós-eleitoral com o CDS-PP para ter apoio parlamentar na Assembleia Legislativa Regional, reiterando a disponibilidade para formar governo.
"Temos um acordo com o CDS para o apoio parlamentar e estamos disponíveis para formar governo, tendo em vista garantir aquilo que é necessário para a Madeira e para os madeirenses, que é ter um governo, ter um programa de governo aprovado e um orçamento o mais rapidamente possível", declarou Miguel Albuquerque, que lidera o executivo madeirense desde 2015.
O líder do PSD/Madeira e deputado eleito nas legislativas regionais antecipadas de domingo falava após uma audiência com o representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, que hoje recebeu os sete partidos com representação parlamentar, após as eleições regionais de domingo, por ordem crescente de votação: PAN (um deputado), IL (um), CDS-PP (dois), Chega (quatro), JPP (nove), PS (11) e PSD (19).
O parlamento madeirense é constituído por 47 deputados, pelo que a formação de uma maioria requer 24 eleitos.
Nas eleições de domingo, o PSD de Miguel Albuquerque voltou a vencer as legislativas regionais e elegeu 19 deputados.
Logo nesse dia, Miguel Albuquerque disse estar disponível para assegurar um "governo de estabilidade", mas o PS considerou haver margem para construir uma alternativa.
Na segunda-feira, o PS e o JPP anunciaram "uma solução de governo conjunta" no arquipélago, a apresentar ao representante da República na Madeira, apelando à participação dos restantes partidos, à exceção do PSD e do Chega, "de modo a construir um apoio parlamentar mais robusto".
Hoje de manhã, antes de serem recebidos pelo representante da República para a Madeira, Miguel Albuquerque e o líder do CDS-PP/Madeira, José Manuel Rodrigues, estiveram reunidos na Quinta Vigia, no Funchal, segundo disse à Lusa fonte social-democrata.
As eleições antecipadas na Madeira ocorreram oito meses após as anteriores legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.