Mariana Vieira da Silva assegura que PS vai manter posição de responsabilidade

por RTP
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Em entrevista ao 360 na RTP3, Mariana Vieira de Silva considera que se deve "esperar para ver" o que faz o governo liderado por Luís Montenegro. Sobre o novo quadro político em Portugal, a governante assegura que o PS "manterá a sua posição de responsabilidade" e não irá votar "contra medidas que também estavam no seu programa".

Apesar da predisposição para o diálogo, Mariana Vieira da Silva salienta que o partido não pode ser o garante da estabilidade do novo governo. "Nunca ninguém pediu ao PSD e ao CDS, ou IL que dessem estabilidade aos governos do PS", argumentou.

Para já, a ministra da Presidência em exercício critica a Aliança Democrática por ter dado poucas respostas durante a campanha e por ter baseado o seu programa num cenário económico "altamente improvável".

A ministra ainda em exercício enfatizou as medidas adotadas vários governos socialistas desde 2015, procurando um equilíbrio com a redução da dívida.

"Na medida em que o país continue a ter as contas certas, vai poder continuar a responder às necessidades dos cidadãos", salientou.
"Contexto de suspeição nunca é só sobre uma pessoa"
Questionada sobre o resultado do PS nas eleições, Mariana Vieira da Silva reconheceu o contexto difícil que o partido enfrentava após a demissão do primeiro-ministro. "Não considero que pudesse ser esperado muito mais", admitiu.

Salientou, no entanto, que o PS "se bateu bem na defesa do seu legado, na apresentação do seu futuro", e que agora caberá ao partido "ocupar o lugar da oposição". 

A ministra lamentou ainda o crescimento da extrema-direita, considerando que o resultado do Chega se justifica pelo "pico inflacionista" que ocorreu nos últimos anos, mas também devido ao contexto específico em que decorreu esta eleição.

"O contexto de suspeição criado neste mês de novembro, que nunca é só sobre uma pessoa, acaba por alastrar aos partidos políticos no seu todo", afirmou.

Por fim, Mariana Vieira da Silva argumentou que o PRR foi desenhado para um cenário "completamente distinto daquele em que está a ser implementado", mas que ainda assim, e apesar dos problemas, Portugal "é um dos países com mais capacidade de executar o PRR e está na linha da frente da sua execução".

"A minha expetativa é que o PSD não entre agora num processo de revisão do PRR", afirmou. Sobre as críticas dos atrasos no PRR, a ministra afirma que nunca negou as dificuldades existentes, mas insiste que o país está "na linha da frente da execução do PRR".
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