A decisão foi anunciada esta segunda-feira, em conferência de imprensa. Mariana Mortágua encabeça uma moção subscrita por 1.300 ativistas do Bloco de Esquerda que vai ser levada à próxima convenção do partido.
A agora candidata à liderança do Bloco será o primeiro nome nessa moção.
Mariana Mortágua colocou como fasquia ser "uma alternativa à esquerda" para criar respostas para os problemas das pessoas. "A política do medo não pode vencer", refere a candidata, nem podem as pessoas ficar entregues à escolha entre o "péssimo e o pior".
"É preciso levar o país a sério", refere, deixando críticas tanto ao PS como ao PSD.
Aos socialistas, aponta-lhes uma maioria absoluta que não cumpre o que prometeu. "Não há no país nem mais diálogo, nem mais estabilidade". "O Governo do PS desistiu e só atira promessas para cima dos problemas", criticando a arrogância, intransigência, instabilidade, a "roda-viva de ministros" e a instabilidade da população a que os socialistas não conseguem dar resposta.
Do PSD, diz estar "perdido e sem programa" e diz que o partido de António Costa tem usado "a ameaça da extrema direita para lhe garantir uma maioria absoluta perpétua".
Este anúncio surge duas semanas depois de Catarina Martins, ter revelado que vai deixar a liderança do partido na Convenção Nacional de 27 e 28 de maio. Depois de na declaração inicial, Mariana ter deixado elogios à liderança de Catarina Martins, perante as questões dos jornalistas, a candidata disse não poder falar por Catarina Martins, assegurando, no entanto, que o partido conta com ela no futuro.
No Twitter, a ainda coordenadora do Bloco deixou uma palavra a Mariana Mortágua.
Não há quem duvide da preparação, capacidade de trabalho e competência da Mariana. Sei que agora provará ao país o que eu já conheço tão bem: a generosidade e entrega em cada um dos combates por um país mais justo. Força, @MRMortagua
— Catarina Martins (@catarina_mart) February 27, 2023
📷@PauleteMatos pic.twitter.com/XuDcGVSZcR
Mariana Mortágua foi questionada sobre há quanto tempo estava já a ser preparada esta candidatura. Respondeu apenas que o partido agiu de forma "ponderada e preparada e este é o resultado". Sobre a convenção de maio, diz antever um encontro com debate político muito vivo.
Diz que o partido pretende dar um horizonte de esperança às pessoas. E deixa uma "ameaça". "A quem tem ganhado com a crise, deixo um aviso. Não estamos aqui para vos agradar ou dar sossego".
Mariana Mortágua está no parlamento desde 2013, entrando então para substituir Ana Drago. Nasceu no Alvito e tem 36 anos.
É economista, tendo sido o rosto do partido nas comissões parlamentares de inquérito à banca e nas discussões do Orçamento do Estado, entre outros temas.
Com licenciatura, mestrado e doutoramento em economia, Mariana Mortágua conta já com algumas obras publicadas nesta área, duas delas em coautoria com o fundador e ex-líder do BE, Francisco Louçã.
É economista, tendo sido o rosto do partido nas comissões parlamentares de inquérito à banca e nas discussões do Orçamento do Estado, entre outros temas.
Com licenciatura, mestrado e doutoramento em economia, Mariana Mortágua conta já com algumas obras publicadas nesta área, duas delas em coautoria com o fundador e ex-líder do BE, Francisco Louçã.
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