Reportagem

Maria Luís Albuquerque é o nome apresentado por Portugal para comissária europeia

por Joana Raposo Santos, Cristina Sambado, Carla Quirino, Ana Sofia Rodrigues - RTP

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que Maria Luís Albuquerque é o nome apresentado por Portugal a Bruxelas para o cargo de comissário europeu. A apresentação foi feita a dois dias da data limite estipulada pela Comissão Europeia.


Lusa

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Maria Luís comissária. Esquerda diz que tem a marca da austeridade

A área socialista criticou a escolha de Maria Luís Albuquerque. Os partidos dizem que a antiga ministra das Finanças está associada à austeridade e aos cortes de salários, pensões e serviços públicos durante os anos da Troika.

O PS criticou também o Governo por só ter sido informado poucos minutos antes do anúncio oficial.
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Maria Luís Albuquerque escolhida pelo Governo. A análise de António José Teixeira

António José Teixeira esteve no Telejornal para comentar a escolha do Executivo para o cargo de comissária europeia.

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Maria Luís Albuquerque enfrentou colapso do BES

Maria Luís Albuquerque foi ministra das Finanças entre 2013 e 2015. A escolha de Passos Coelho para substituir Vítor Gaspar desencadeou a crise política que levou à demissão irrevogável de Paulo Portas.

A futura comissária europeia enfrentou o colapso do BES, a polémica dos contratos SWAP e deu a cara pela saída limpa do programa da troika.
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Comissão Europeia. Com que pasta poderá ficar Maria Luís Albuquerque?

Considerando o perfil de Maria Luís Albuquerque, quais as pastas para as quais é candidata? Mercado interno, comércio, orçamento ou competitividade são algumas das opções em cima da mesa, como conta a correspondente Andrea Neves.

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De repetentes a novos nomes. Quem são as propostas para comissários

Bandeiras da União Europeia Yves Herman - Reuters

O prazo para apresentar os candidatos ao Colégio de Comissários da União Europeia termina no final de agosto. À exceção de Ursula von der Leyen, a atual presidente da comissão, e de Kaja Kallas, representante da UE para as Relações Externas, terão todos de ser aprovados pelo Parlamento Europeu.

A maioria dos candidatos até agora são homens, apesar dos apelos de diversificação feitos por von der Leyen. Três países, Itália, Bélgica e Bulgária, ainda estudavam as suas opções esta quarta-feira. Portugal apresentou o nome de Maria Luís Albuquerque, antiga ministra das Finanças.

As importantes pastas da política industrial e do orçamento estão entre as mais cobiçadas.

Áustria e Irlanda apresentaram assim candidatos da mesma área de Albuquerque, respetivamente o atual ministro austríaco das Finanças, Magnus Brunner e o recém-ocupante do cargo irlandês, Michael McGrath. Mas estão longe de ser os únicos.

Brenner, de 52 anos e da mesma família política de von der Leyen, ocupa a pasta das Finanças austríacas desde dezembro de 2021, com experiência tanto no setor público como privado, sendo oriundo de uma família de empresários da região mais ocidental da Áustria, perto da Baviera alemã e da Suíça. Os simpatizantes de Brunner dizem que ele é um bom gestor de crises, os críticos, que é mãos largas.

McGrath distinguiu-se por ter criado um fundo soberano na Irlanda, às custas de impostos corporativos, para responder aos desafios demográficos e de transição climática. Homem de família, aos 47 anos um dos seus pontos fortes para ser visto com simpatia pela presidente da Comissão, será o facto de, tal como von der Leyen, ter sete filhos. A Irlanda dirigiu contudo a pasta dos Serviços Financeiros da anterior comissão, pelo que a sua escolha para a Indústria ou o Orçamento é pouco provável, apesar das pretensões de Dublin.

Também a Eslovénia já fez saber do seu interesse nos dossiers ligados à Economia, Finanças e Competitividade. Nomeou por isso Tomaz Vesel, de 56 anos, ex-presidente do Tribunal de Contas esloveno, especialista em administração e contratação públicas. Presidiu ainda à auditoria independente à FIFA quando o seu presidente, Gianni Infantino, foi acusado de corrupção. É visto como alguém que "põe ordem na casa", de acordo com uma fonte anónima do executivo esloveno, com quem não esteve sempre de acordo, sobretudo quanto às medidas para conter a pandemia de Covid-19.

Outro interessado na pasta do Orçamento é o polaco Piotr Serafin, de 50 anos, um aliado próximo do primeiro-ministro Donald Tusk, o que poderá influenciar a decisão de von der Leyen. Serafin tem experiência nos corredores de Bruxelas, tendo sido o braço direito de Tusk quando este era presidente do Conselho Europeu numa época minada de desafios, da crise migrante à crise da dívida grega e ao Brexit. Atual embaixador da Polónia junto da União Europeia, Serafin é tido como solucionador junto de diplomatas e jornalistas e poderá revelar-se um trunfo para a Polónia.

Os Países Baixos jogam a sua cartada com Wopke Hoekstra, de 48 anos, conhecido como Sr Não, por ser essa a resposta quase invariável dada aos pedidos de dinheiro por parte seus colegas no executivo holandês quando era ministro das Finanças. A sua coroa de glória são os orçamentos bem desenhados do país e os investimentos feitos com as sobras orçamentais. Hoekstra é conhecido pelo seu rigor e chegou a defender que os países que não respeitassem as regras orçamentais da União Europeia não deveriam receber fundos sendo também contra a partilha de dívida europeia para enfrentar a crise pandémica. Retratou-se, mas ganhou inimigos.

Os deputados europeus também criticaram a sua experiência ao serviço da Shell e da McKinsey, quando Hoekstra foi ouvido sobre o seu desempenho como comissário para a Ação Climática, cargo no qual substituiu Franz Timmermans em outubro último, sendo por isso um repetente.

Outro interessado nas pastas da Indústria, ou talvez da Energia, é Jozef Síkela, de 57 anos, proposto pela República Checa. É o atual ministro para a Indústria e Comércio. Mas o seu curriculum é sobretudo ligado ao setor da banca.
Os repetentes
Vários nomes propostos são já velhos conhecidos dos europeus.

À cabeça, Kaja Kallas, de 47 anos, que se demitiu a 15 de julho do cargo de primeira-ministra da Estónia para abraçar a liderança da política externa da União Europeia. Tal como o português António Costa, Kallas foi já aprovada pelo Parlamento Europeu. A estoniana considerou que, ao lado de von der Leyen, os três "fazem uma grande equipa".

O francês Thierry Breton, de 69 anos, é o atual comissário europeu para o Mercado Interno e Serviços e procura renovar a sua participação no executivo europeu, por mais cinco anos. Mas não necessariamente com os mesmo dossiers. O seu interesse será uma superpasta económica. A sua experiência junto da indústria da Defesa, assim como a sua nacionalidade, poderão fazer dele o candidato ideal para o novo cargo de Comissário da Defesa, uma área que a União Europeia tem pressa em desenvolver.

Outro candidato a repetente, e neste caso pela terceira vez, é oriundo da Letónia. Valdis Dombrovskis, de 53 anos, é atualmente vice-presidente executivo da Comissão Europeia para a Economia Que Sirva as Pessoas e comissário europeu para o Comércio. Desta vez, o seu objetivo será o dossier da reconstrução da Ucrânia.

Uma das escolhas mais controversas vem da Hungria, com o primeiro-ministro Viktor Orbán a insistir na nomeação de Olivér Várhelyi, de 52 anos, que tem ocupado a pasta para a Ampliação e Política de Vizinhança. O seu desempenho foi criticado, sobretudo os contactos com países candidatos que levantam preocupações a Bruxelas quanto ao funcionamento como Estados de Direito e  democratas. É pouco natural que reocupe o cargo, sobretudo quando a União Europeia se prepara para negociar a adesão da Ucrânia e da Moldova.

A croata Dubravka Šuica, de 67 anos, é igualmente uma outra repetente, sendo atual comissária para a Democracia e Demografia. Estará interessada em prosseguir com o projeto. No seu curriculum consta ainda que foi professora de alemão, presidente da câmara de Dubrovnik e deputada europeia.

Maroš Šefčovič, o eslovaco vice-presidente executivo da Comissão Europeia para o Acordo Verde Europeu e vice-presidente para as relações interinstitucionais, é aos 58 anos um dos mais velhos conhecidos dos corredores de Bruxelas. Foi nomeado agora pela quinta vez pelo seu país e arrisca-se a tornar-se o comissário europeu mais antigo de Bruxelas, o que poderá suceder em abril de 2027. Para já, é o terceiro mais antigo, com mais de 5.400 dias contado no início de agosto. Em 2009, o esloveno foi escolhido para substituir Ján Figel como comissário para a Educação sob o português Durão Barroso. Quatro meses depois foi nomeado vice-presidente para as relações interinstitucionais, o mesmo cargo que acumula atualmente.

Šefčovič serviu em Bruxelas nos últimos 15 anos, sob Barroso, Jean-Claude Juncker e von der Leyen. Passou duas grandes crises financeiras, o Brexit, uma pandemia e uma guerra junto às fronteiras do seu país. Sobreviveu a tudo, sendo considerado um bom comissário interino de uma pasta necessitada.
Dos 34 aos 67 anos
Uma série de outros nomes compõem as propostas dos vários Estados-membros da União Europeia.

A Roménia recorreu a Victor Negrescu, um social-democrata recém-nomeado vice-presidente do Parlamento Europeu, de apenas 39 anos. Estará interessado numa pasta ligada a investimentos mas, sobretudo, quer atrair jovens para o projeto europeu. Negrescu estudou em Paris e em Bruxelas, foi jornalista e passou a deputado europeu em 2014. Trabalhou em áreas como orçamento, digital e cultura.

Teresa Ribera, até há pouco vice-primeira-ministra e ministra para a Transição Ecológica de Espanha, terá como objetivo a pasta do Acordo Verde Europeu. Se a conseguir, será uma má notícia para os defensores da energia atómica, com a França à cabeça. Será esse aliás o maior obstáculo que Ribera, de 55 anos, terá de enfrentar, pois a antiga negociadora da ONU para o clima tem a seu favor décadas de experiência, contactos ao mais alto nível e uma reputação imaculada.

Dan Jørgensen é a proposta dinamarquesa para o segundo Colégio de Comissários de von der Leyen, e já era esperada. Jørgensen, de 49 anos, um social-democrata, já foi deputado europeu com experiência na pasta do Ambiente. Foi depois ministro do seu país para a Alimentação, Agricultura e Pescas e depois para o Clima, Energia e Cooperação e Desenvolvimento. Experiência que o torna capaz em diversas áreas e um sério concorrente de Teresa Ribera.

A Suécia propôs Jessika Roswall, de 51 anos, que detinha a pasta dos Assuntos Europeus no executivo sueco e que por isso detém uma vasta rede de contactos em Bruxelas. A nomeada estará interessada em pastas ligadas à guerra na Ucrânia, competitividade, clima e crime.

Já a Finlândia foi modesta nas suas ambições, tendo nomeado Henna Virkkunnen, membro do Parlamento Europeu, de 52 anos, uma cristã-democrata com vasta experiência em setores ligados à indústria. É tenaz e ama ultramaratonas, tendo corrido uma vez 100 quilómetros para celebrar o seu aniversário.

O governo lituano escolheu entretanto um falcão, apoiante de Kiev e crítico da Rússia, que tem defendido que os aliados europeus da Ucrânia deveriam contribuir com 0.25 por cento dos seu PIB para ajudar a derrotar o presidente russo Vladimir Putin. Andrius Kubilius, de 67 anos, antigo académico e por duas vezes primeiro-ministro, foi coautor do Plano Europeu para a Ucrânia. A candidatura tem ainda de ser aprovada pelo parlamento e pelo presidente do seu país.

Outro eurodeputado que passa a candidato é o do Luxemburgo. Aos 42 anos, Christophe Hansen descreve-se a si mesmo como "filho e neto de agricultores" e é um sério candidato para a pasta da Agricultura. Enquanto deputado do grã-ducado chefiou a comissão daquele dossier e foi ainda membro da Comissão para o Comércio Internacional do PE, com a responsabilidade de negociar as regras de desflorestação.

A escolha de Malta fez por sua vez levantar de espanto algumas sobrancelhas. Trata-se de Glenn Micallef, de apenas 34 anos, um funcionário público que serviu como chefe de gabinete do primeiro-ministro Robert Abela e liderou o departamento de coordenação com a União Europeia. Falta-lhe experiência política e muitos malteses acreditam que isso irá implicar uma pasta de "terceira-categoria" para o país, em vez do ambicionado dossier para o Mediterrâneo, para o qual poderiam concorrer com a Grécia e com o Chipre.

Este último nomeou Costas Kadis, um biólogo, professore de ciências do Ambiente, que desempenhou cargos políticos, nas pastas da Agricultura, do desenvolvimento Rural e do Ambiente, esta última até fevereiro de 2023. É atualmente reitor da Faculdade de Ciências da Saúde na Universidade Fredrick no Chipre.

a Grécia escolheu Apostolos Tzitzikostas, o governador de 45 anos da Macedónia Central, como seu candidato. É experiente em Bruxelas, onde já foi presidente do Comité para as Regiões. A Grécia ambiciona uma pasta que reflita os seus progressos económicos mas igualmente a sua posição estratégica no flanco sueste da Europa e da NATO.

Na lista faltam os candidatos da Bélgica, da Bulgária e da Itália, que deverão ser conhecidos até ao fim-de-semana.
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por RTP

Maria Luís Albuquerque "reúne todas as qualidades", considera Carlos Moedas

Carlos Moedas, que já esteve no cargo de comissário europeu, disse estar "muito feliz" pela escolha de Maria Luís Albuquerque porque esta "reúne todas as qualidades". "É uma profissional reconhecida em tudo aquilo que fez", considerou o atual presidente da Câmara de Lisboa.

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Momento-Chave
por RTP

Chega fala em "currículo sólido" mas lamenta "arrogância" do Governo

André Ventura reagiu à escolha do Executivo, considerando que Maria Luís Albuquerque "tem um currículo sólido nessa matéria", mas lamentando que o "o Governo não tenha querido consensualizar" o seu nome.

"Mostra uma certa atitude que continua de arrogância, de unilateralismo por parte deste Governo, quando a boa prática é que o comissário europeu que nos representa a todos seja um nome consensualizado o mais possível entre os partidos, sobretudo os partidos que formam a maioria", defendeu.

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por Teresa Borges

Maria Luís Albuquerque. Bom para o CDS, menos bom para a esquerda

AFP

Elogios, mas também com críticas, no Parlamento, à escolha de Luís Montenegro para comissária europeia.

O PAN foi o primeiro. A deputada única, Inês Sousa Real, quer ouvir a comissária proposta na Assembleia da República.

Diz que o nome de Maria Luís Albuquerque é um regresso aos tempos da troika.

Críticas acompanhadas pelo Livre.

Jorge Pires lamenta que o Governo não tenha ouvido os partidos e fala numa oportunidade perdida.

Em sentido contrário o CDS, parceiro de coligação no Governo, elogia Maria Luís Albuquerque.

Uma excelente escolha, nas palavras de Paulo Núncio.
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por Antena 1

O perfil de Maria Luís Albuquerque

A antiga ministra das Finanças foi a escolhida para ocupar o cargo de comissária europeia em nome de Portugal.

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por RTP

Em Bruxelas, questiona-se qual a pasta a ser assumida por Maria Luís Albuquerque

Sendo que a escolha portuguesa tem um perfil virado para a economia e finanças, pensa-se que a pasta atribuída seja de cariz económica. No entanto, a escolha de Maria Luís Albuquerque vem ajudar Ursula von der Leyen a tentar um maior equilíbrio entre homens e mulheres.

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por RTP

PSD não compreende as críticas da oposição ao nome de Maria Luís Albuquerque

António Rodrigues diz que a oposição está enganada porque um comissário europeu não é uma extensão de um governo nacional num órgão europeu.

O PSD reitera a qualidade do perfil de Maria Luís Albuquerque para comissária.
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por RTP

Belém felicita Maria Luís Albuquerque

“O Presidente da República felicitou pessoalmente a Dra. Maria Luís Albuquerque pela sua designação pelo Governo português como candidata a Membro da Comissão Europeia para o mandato 2024-2029”, lê-se na página de internet da Presidência da República.
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por RTP

Quem é Maria Luís Albuquerque?

Foto: Tiago Petinga - Lusa

Maria Luís Albuquerque já tinha sido apontada para o cargo de Comissária Europeia há 10 anos. No currículo político, a marca maior é a participação no Governo de Pedro Passos Coelho, primeiro como secretária de Estado e depois como Ministra das Finanças.

Um tempo marcante e marcado por umas quantas polémicas.
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por RTP

Escolha de Maria Luís Albuquerque. A análise de António José Teixeira

O diretor de Informação da RTP analisa o perfil da escolha do Governo para Comissária Europeia.

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Momento-Chave
por RTP

Reação do PS. Nome de Maria Luís Albuquerque "não é uma boa memória"

Pedro Delgado Alves, deputado do PS, considera que o nome de Maria Luís Albuquerque "não é uma boa memória para muitas das pessoas", e recorda que a ex-ministra, "foi a responsável direta por medidas muito gravosas, para um conjunto de setores do país".

O parlamentar recorda que apesar de a escolha do nome para o cargo de comissário europeu ser uma escolha do executivo, "isso não impede os governos de procurar construir um consenso o mais alargado possível" e recordou que o seu partido auscultou as outras forças políticas quando decidia o nome para o cargo.
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por RTP

Maria Luís Albuquerque é o nome português para a nova Comissão Europeia

A antiga ministra das Finanças é a escolha de Luís Montenegro que a classifica como um dos melhores nomes do país e manifesta a certeza de que irá honrar Portugal.

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por RTP

Reação do Bloco de Esquerda. Maria Luís Albuquerque foi "agente da troika"

Fabian Figueiredo, deputado do Bloco de Esquerda, considera que o "governo decidiu enviar, uma das piores representações da governação em Portugal" e recorda que enquanto ministra, Maria Luís Albuquerque foi "uma agente da troika".

O deputado do BE frisa ainda que foi enquanto Maria Luís Albuquerque esteve no Governo que "milhares de portuguesas e portugueses" emigraram, "sobretudo os jovens". "Um período de má memória".
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por RTP

PCP. Escolha de Maria Luís Albuquerque gera preocupação e inquietação

Paula Santos diz que já conhecemos Maria Luís Albuquerque. Foi membro do governo das troikas, "um período de má memória para os trabalhadores e povo português".

A porta-voz do PCP relembra que a antiga ministra das finanças desviou recursos públicos para %u201Ctapar os prejuízos do BES%u201D e esteve à frente de políticas que prejudicaram os serviços públicos, como os CTT.
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por Lusa

Elisa Ferreira deseja "maiores felicidades" a Albuquerque no reforço do projeto europeu

Reuters

A comissária europeia portuguesa cessante, Elisa Ferreira, desejou hoje as "maiores felicidades" a Maria Luís Albuquerque no próximo mandato do executivo comunitário, manifestando votos de "bom trabalho" no fortalecimento do projeto europeu e "em prol do interesse nacional".

"Desejo as maiores felicidades à comissária portuguesa indigitada, Maria Luís Albuquerque. Bom trabalho no fortalecimento da construção europeia e em prol do interesse nacional", escreveu Elisa Ferreira na rede social X (antigo Twitter).

Elisa Ferreira é a atual comissária para a Coesão e Reformas, responsável pelos fundos europeus.

O Governo português propôs como candidata a comissária europeia a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, anunciou hoje o primeiro-ministro.

O nome da ex-governante foi anunciado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa declaração na residência oficial em São Bento, sem direito a perguntas.

Na curta declaração, o primeiro-ministro disse que escolheu Maria Luís Albuquerque com o apoio de todo o Governo, num processo que decorreu com "todo o recato", e destacou o perfil da antiga ministra de Estado e das Finanças de Pedro Passos Coelho.

"Pelo seu perfil e pelo conhecimento direto e pessoal que tenho das suas capacidades sei que vai honrar Portugal", afirmou.

Maria Luís Albuquerque, 56 anos, foi ministra de Estado e das Finanças durante o período em que Portugal estava sob assistência financeira da `troika`, sucedendo a Vítor Gaspar em julho de 2013 e mantendo-se até final do executivo liderado por Pedro Passos Coelho.

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Reação da Iniciativa Liberal. Maria Luís Albuquerque aparenta "ter competências técnicas para o cargo"

Mariana Leitão, da Iniciativa Liberal recorda que a escolha do nome para comissário europeu é do Governo, mas considera que Maria Luís Albuquerque aparenta "ter competências técnicas necessárias para o cargo".

A deputada da Iniciativa Liberal acrescenta que ainda não se sabe qual a pasta que Portugal vai ter na Comissão Europeia, mas que a escolha "tem de ter uma visão reformista, que queira reformar e mudar a União Europeia".
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Livre rejeita o nome de Maria Luís Albuquerque

Jorge Pinto afirma: "é com tristeza que vemos esta escolha". O porta-voz do Livre acrescenta que o que se conhece de Maria Luís Albuquerque é mau e é associada ao legado de austeridade, em Portugal.

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Reação do CDS. Maria Luís Albuquerque "é uma excelente escolha"

Paulo Núncio, do CDS-PP, afirma que o nome escolhido pelo governo para o cargo de comissário europeu, é "uma excelente escolha"

O presidente do grupo parlamentar do CDS-PP desvaloriza o facto da entrada de Maria Luís Albuquerque para o governo de Pedro Passos Coelho (PSD-CDS-PP) ter levado Paulo Portas a demitir-se do executivo.

Para Paulo Núncio, "foi uma das melhores governantes que Portugal teve, num momento dificílimo, que foi necessário para recuperar o país da falências que os socialistas deixaram"
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Reação do PAN. A escolha do Governo de Maria Luís Albuquerque para comissária europeia "é sinal de austeridade"

Inês Sousa Real defende que estes cargos devem representar todas as sensibilidades políticas.

A porta-voz do PAN realça que não quer revivalismos de austeridade dos tempo de Pedro Passos Coelho.
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Os passos seguintes

Depois de os países, em conjunto com a presidente eleita da Comissão Europeia, neste caso Ursula von der Leyen, nomearem os comissários indigitados, cabe à presidente da Comissão Europeia atribuir a cada candidato a responsabilidade por um domínio de intervenção específico, seguindo as prioridades políticas que definiu.

As comissões competentes do Parlamento Europeu avaliam cada nomeado, antes de uma votação em sessão plenária sobre a nomeação do colégio no seu conjunto.

Depois da Comissão dos Assuntos Jurídicos (JURI) analisar e confirmar por escrito a ausência de qualquer conflito de interesses dos comissários indigitados, cada um é convidado para uma audição perante a comissão ou comissões parlamentares responsáveis, durante a qual responde às perguntas dos eurodeputados.

Tendo em consideração as conclusões das audições, bem como as consultas com os grupos políticos do Parlamento, a presidente eleita da Comissão Europeia apresenta o colégio de comissários indigitados e o respetivo programa durante uma sessão plenária do Parlamento Europeu.

Após um debate, os eurodeputados decidem, por maioria dos votos expressos, se investem o novo colégio de comissários para um mandato de cinco anos.
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Maria Luís Albuquerque deverá estar no sábado na Universidade de Verão do PSD

Os sociais-democratas estão reunidos em Castelo de Vide, Portalegre e a candidata a Comissária Europeia prevê-se que esteja presente no sábado à noite. Deverá ser a primeira vez que falará em público sobre esta nomeação.

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Quem é Maria Luís Albuquerque?

Maria Luís Albuquerque, 56 anos, foi ministra de Estado e das Finanças durante o período em que Portugal estava sob assistência financeira da `troika`, sucedendo a Vítor Gaspar em julho de 2013 e mantendo-se até final do executivo liderado por Pedro Passos Coelho.

No PSD, foi vice-presidente durante a liderança de Passos Coelho e cabeça de lista dos candidatos a deputados pelo PSD em Setúbal em 2011 e 2015.

Atualmente é membro do Conselho Nacional do PSD -- segundo nome da lista da direção de Luís Montenegro, logo a seguir a Carlos Moedas -, e membro do Conselho de Supervisão da subsidiária europeia da empresa norte-americana Morgan Stanley.
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Maria Luís Albuquerque vai honrar Portugal

Para Montenegro, “é importante que cada Estado-membro disponibilize alguns dos seus melhores para trabalhar a bem de todos os europeus”.

“Como primeiro-ministro, considero que a dra. Maria Luís Albuquerque honra esse perfil” e “sei também que vai honrar Portugal”.

“Deposito nela toda a confiança e toda a esperança de que seremos nós, portugueses, uma vez mais um povo e uma Nação que alavanca o reformismo e a ambição europeia de sermos o espaço no mundo onde há mais bem-estar e mais qualidade de vida e respeito pelo Estado de direito”, acrescentou Luís Montenegro.

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"Detentora de qualidades e competências extraordinárias"

Para Luís Montenegro, o nome proposto por Portugal a Bruxelas para o cargo de comissário europeu, “é detentora de qualidades e competências extraordinárias, que vão seguramente enriquecer a Comissão Europeia e prestigiar Portugal”.

O primeiro-ministro recordou ainda que se está a entrar “num novo ciclo da União, vocacionado para o estímulo do mercado interno”.

“A competitividade da economia europeia, a definição de um novo quadro plurianual financeiro, a que se juntam desafios enormes nas áreas da segurança e defesa, bem como novos horizontes com o alargamento da União Europeia”.

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Ex-ministra das Finanças
por RTP

O percurso de Maria Luís Albuquerque, segundo Luís Montenegro

O primeiro-ministro destacou o percurso de Maria Luís Albuquerque, que foi ministra de Estado e das Finanças do governo de Pedro Passos Coelho. 

Segundo Luís Montenegro, Maria Luís Albuquerque “é uma personalidade de reconhecido mérito académico, profissional, político e cívico”.
Durante vários anos, Maria Luís Albuquerque “acumulou uma vasta e interessante experiência junto das instituições europeias”.

Na curta declaração, o primeiro-ministro disse que escolheu Maria Luís Albuquerque com o apoio de todo o Governo, num processo que decorreu com "recato", e destacou o perfil da antiga ministra de Estado e das Finanças de Pedro Passos Coelho.

"Pelo seu perfil e pelo conhecimento direto e pessoal que tenho das suas capacidades sei que vai honrar Portugal", afirmou.

Montenegro disse que este processo está a ser tratado pelo executivo "com descrição e recato desde antes das eleições europeias de junho".
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Anúncio de Luís Montenegro
por RTP

Maria Luís Albuquerque é o nome apresentado por Portugal para comissário europeu

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que Maria Luís Albuquerque é o nome apresentado por Portugal a Bruxelas para o cargo de comissário europeu.
A apresentação foi feita a dois dias da data limite estipulada pela Comissão Europeia.

"Queria transmitir às portuguesas e aos portugueses que tomei a decisão, em nome e com o apoio de todo o Governo, de propor à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a dra. Maria Luís Albuquerque, para integrar o novo colégio de comissários Europeus em representação de Portugal", anunciou.
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A visão de um antigo Comissário Europeu
por Inês Ameixa

Carlos Moedas sobre futuro comissário europeu: pasta da Energia seria importantíssima para Portugal

Fotos de Inês Ameixa

Carlos Moedas escuda-se na pele de atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, mas sobretudo na de ex-comissário europeu em Bruxelas, para não comentar os nomes que têm corrido como hipóteses para aquele que será o futuro português a integrar a Comissão Europeia – entre eles, Maria Luís Albuquerque ou Miguel Poiares Maduro. "Fazer um comentário, fosse para um lado, fosse para outro, poderia prejudicar essas pessoas", afirma em entrevista à Antena 1, ressalvando que "todos os nomes falados na área do PSD são nomes muito fortes".

A decisão de indicar à presidente da Comissão Europeia o nome do homem ou mulher que vai integrar o executivo comunitário cabe ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, mas continua em segredo. Sabe-se para já, contudo, que a escolha deverá ser divulgada até ao final desta semana, uma vez que o "convidado surpresa" previsto no jantar-conferência da Universidade de Verão do PSD, este sábado, em Castelo de Vide, Portalegre, será precisamente o futuro comissário português em Bruxelas.

Em entrevista à Antena 1, Carlos Moedas, que foi comissário europeu em representação de Portugal entre 2014 e 2019, na comissão de Jean-Claude Juncker, enumera algumas das características que considera essenciais para assumir a função. "É muito difícil estar nos corredores da Comissão Europeia sem falar fluentemente pelo menos duas línguas", assume. "Depois, é uma função muito executiva, tem de ser alguém com um perfil de executor. Mais até do que um perfil totalmente político, tem de ser um político fazedor, alguém que gosta realmente de chegar aos resultados e que saiba gerir equipas".

"Um comissário, seja de que portfólio for, tem de ter uma opinião, tem de saber do que está a falar e ter uma posição. E essa posição é um equilíbrio muito, muito difícil, entre o que é que nós, comissários, devemos defender (que é o interesse de toda a Europa), mas ter em mente também o interesse da nossa nação. Mas ele não pode ser muito claro! Aliás, nas reuniões [da Comissão], é proibido dizer 'o meu país', temos de dizer 'o país que nós conhecemos melhor', em inglês, 'the country I know best'", revela Carlos Moedas.

Pasta da Energia "seria importantíssima para Portugal"

O presidente da Câmara de Lisboa, durante cinco anos comissário europeu com a pasta da Ciência e Inovação, não acredita que o facto de Portugal ter conseguido um português (António Costa) na presidência do Conselho Europeu tenha efeitos negativos no dossiê que será atribuído ao futuro comissário luso. "Eu não diria que isso seja uma realidade. Não penso que a presidente Ursula von der Leyen tenha esse pensamento de 'ah, se Portugal já tem o presidente do Conselho, então vou dar uma pasta mais fraca", considera. "Eu não penso que isso faça parte do raciocínio, aliás, eu, no lugar dela, teria até alguma tendência de, para ter uma ligação ao presidente do Conselho que fosse português, ter um comissário português [com uma boa pasta] que me fizesse essa ligação."

Quanto à pasta propriamente dita, o social-democrata aponta à Energia. "É hoje uma pasta com um poderio enorme, para Portugal seria importantíssimo", até porque "continuamos sem interconexões entre França, Espanha e Portugal, portanto há aí uma parte que é de uma importância colossal para o nosso país". Mas também as pastas nas áreas financeiras ou da ciência e inovação são outros exemplos apontados.

Os conselhos de quem já ocupou a cadeira portuguesa na Comissão

Para Carlos Moedas, estudar muito é o principal conselho que pode ser dado à personalidade portuguesa que seguirá para Bruxelas. "Estudar muito os dossiês como se estivéssemos num exame da faculdade". Todos os 27 escolhidos como membros do colégio vão ter de enfrentar uma audição no Parlamento Europeu, perante os eurodeputados, e o autarca de Lisboa não tem dúvidas: "O meu conselho é... quando souber que será comissário europeu, meta-se em casa a estudar com ajuda e com pessoas que sabem" (risos).

"Eu lembro-me não só do antigo comissário António Vitorino, como da antiga comissária irlandesa, que era a comissária da Ciência antes de mim, que me deixou uma carta que dizia: o dia mais importante, mais difícil dos cinco anos, é realmente passar com distinção essa audição no Parlamento", revela Carlos Moedas. "Ela é importantíssima porque é a nossa credibilidade, é aquele momento que ficará para o resto dos cinco anos... se aquele comissário é bom ou não é bom. Se nos vão respeitar ou não vão respeitar. E esse respeito começa naquele dia 1".
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Von der Leyen reconduzida
por Lusa

Von der Leyen aposta em jovens, defesa e agricultura nos primeiros 100 dias do novo mandato

A presidente da Comissão Europeia pretende, nos primeiros 100 dias do seu novo mandato, apostar em diálogos com os jovens, identificar necessidades de investimento em defesa e apoiar o setor agrícola em linha com as metas climáticas comunitárias.

As metas constam das orientações políticas divulgadas por Ursula von der Leyen, aquando da sua reeleição no cargo em julho passado, e surgem quando a responsável tenta constituir a sua equipa de comissários com vista a uma tomada de posse do novo colégio até final deste ano.

No documento, a líder do executivo comunitário defende desde logo um "plano para a força e a unidade europeias", na qual divulga então um foco nos jovens da União Europeia (UE).

"Solicitarei a todos os comissários que organizem os seus primeiros diálogos anuais sobre a política de juventude nos primeiros 100 dias do mandato. Estes diálogos repetir-se-ão anualmente", anuncia a responsável, vincando querer "garantir que os jovens possam usar a sua voz - a sua própria voz - para ajudar a moldar o futuro" da UE.

Outra prioridade destes que serão os primeiros dias do novo ciclo institucional (que começa em 2024 e se estende até 2029) é a defesa: "Para enquadrar a nova abordagem e identificar as nossas necessidades de investimento, apresentaremos conjuntamente um Livro Branco sobre o futuro da defesa europeia nos primeiros 100 dias do mandato".

Ursula von der Leyen já havia anunciado, aliás, que no novo mandato terá um comissário europeu apenas dedicado à defesa, para reforço da capacidade industrial europeia em termos de capacidades militares e de produção, perante tensões geopolíticas como as relacionadas com a invasão russa da Ucrânia.

Contas da presidente da Comissão Europeia, divulgadas em junho passado, fixam em 500 mil milhões de euros as necessidades de defesa na UE para a próxima década, estando porém por decidir como seria feito tal financiamento, razão pela qual se vai agora realizar este livro branco (documento que contém propostas de ação ao nível comunitário).

Depois de intensos protestos no início deste ano, o setor agrícola também é outro foco de Ursula von der Leyen no arranque do seu novo mandato, como indicado nas orientações políticas.

"Quero continuar a colaborar com os agricultores, os decisores políticos, a sociedade civil, as partes interessadas e os cidadãos para podermos construir um sistema agrícola e alimentar competitivo e resiliente e foi por esta razão que convoquei um Diálogo Estratégico sobre a Agricultura, cujo relatório será apresentado em breve. Com base nestas recomendações, apresentarei uma visão para a agricultura e a alimentação nos primeiros 100 dias, que analisará a forma de garantir a competitividade e a sustentabilidade a longo prazo do nosso setor agrícola, dentro dos limites do nosso planeta", lê-se no documento.

Aquela que é a primeira mulher à frente do executivo comunitário estipula ainda como objetivos para os seus primeiros 100 dias do novo mandato a apresentação de um plano de ação europeu sobre a cibersegurança dos hospitais e prestadores de cuidados de saúde, o anúncio de novas formas de financiamento para as `startup` acederem à supercomputação, a criação de um novo acordo industrial limpo para indústrias competitivas e ainda a divulgação de análises das políticas pré-alargamento em setores específicos como o Estado de direito e o mercado único com vista à expansão do bloco comunitário, ainda de acordo com o documento.

 

 

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por Lusa

Nova Comissão Europeia deverá ser anunciada em setembro e tomar posse ainda este ano

Vincent Kessler - Reuters

A proposta da presidente da Comissão Europeia para composição do seu novo colégio de comissários deverá ser divulgada em meados de setembro, após nomeações pelos países e entrevistas pela responsável, visando tomada de posse até final do ano.

A poucos dias de terminar o prazo para os Estados-membros da União Europeia (UE) apresentarem os seus candidatos - idealmente dois (um homem e uma mulher) - para o posto de comissário europeu no próximo mandato (2024-2029), cinco países entre os 27 ainda não anunciaram as suas escolhas ou as comunicaram a Bruxelas: Portugal, Bélgica, Bulgária, Itália e Dinamarca.

Ainda assim, de acordo com fontes europeias ouvidas pela Lusa, a intenção da líder do executivo comunitário que foi reconduzida no cargo, Ursula von der Leyen, é a de apresentar a sua equipa em meados de setembro, tendo já começado as entrevistas a alguns dos nomes propostos.

Apesar de o prazo oficial terminar a 30 de agosto, próxima sexta-feira, as propostas de nomes ainda serão aceites por Von der Leyen até ao início de setembro, segundo as mesmas fontes.

Previsto está que, entre setembro e outubro, se realizem audições públicas no Parlamento Europeu aos nomes propostos para novos comissários europeus, cabendo à assembleia europeia dar o aval final em plenário para, mais tarde, a nova Comissão Europeia tomar posse.

Se todos os nomes propostos tivessem `luz verde` imediata do Parlamento Europeu, o novo colégio de comissários poderia tomar posse já a 01 de novembro, mas com uma rejeição esse prazo já passaria para 01 de dezembro, dado o tempo necessário para o país em causa propor um novo nome e esse candidato ser entrevistado por Ursula von der Leyen e ouvido em audição na assembleia europeia.

As fontes europeias ouvidas pela Lusa esperam, por isso, que a tomada de posse aconteça até ao final deste ano.

No que toca à sua equipa executiva, a presidente da Comissão Europeia é responsável pela escolha e pela atribuição das diferentes pastas tendo em conta a dimensão geográfica do país, as competências dos candidatos e as suas preferências, após nomeações feitas pelos países.

O pedido para os países apresentarem nomes foi feito em cartas enviadas no final de julho pela presidente da Comissão Europeia aos chefes de Governo e de Estado da UE, nas quais a responsável defendeu um "colégio de comissários equilibrado em termos de género".

Ursula von der Leyen foi reeleita, em julho passado, presidente da Comissão Europeia por mais cinco anos.

A política alemã de centro-direita é presidente da Comissão desde dezembro de 2019, sendo a primeira mulher no cargo, e foi a candidata cabeça de lista do Partido Popular Europeu nas eleições europeias de junho.

Aquando da reeleição pelo Parlamento Europeu, a responsável indicou, precisamente, que se iria focar agora na constituição da sua equipa de comissários, começando as entrevistas em meados de agosto "para escolher os candidatos mais bem preparados e que partilhem o compromisso europeu".

"Mais uma vez, o meu objetivo será conseguir uma quota-parte igual de homens e mulheres no colégio de comissários", adiantou na altura.

 

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Momento-Chave
por RTP

Primeiro-ministro prepara-se para anunciar o nome do candidato a futuro comissário Europeu português

Ludovic Marin - AFP

Luís Montenegro convocou uma declaração sem direito a perguntas para esta manhã, na residência oficial. O anúncio, marcado para as 11h30 no Palácio de São Bento, vai revelar o nome do homem ou da mulher que vai integrar o executivo comunitário. Recorde-se que a atual Comissária portuguesa é Elisa Ferreira que tem a pasta da Coesão e Reformas.

Têm sido falados vários nomes para o cargo, mas a decisão de Luís Montenegro permanece em segredo.

A proposta da presidente da Comissão Europeia para composição do seu novo colégio de comissários deverá ser divulgada em meados de setembro, após nomeações pelos países e entrevistas pela responsável, visando tomada de posse até final do ano.

A poucos dias de terminar o prazo para os Estados-membros da União Europeia (UE) apresentarem os seus candidatos - idealmente dois (um homem e uma mulher) - para o posto de comissário europeu no próximo mandato (2024-2029), cinco países entre os 27 ainda não anunciaram as suas escolhas ou as comunicaram a Bruxelas: Portugal, Bélgica, Bulgária, Itália e Dinamarca.

Previsto está que, entre setembro e outubro, se realizem audições públicas no Parlamento Europeu aos nomes propostos para novos comissários europeus, cabendo à assembleia europeia dar o aval final em plenário para, mais tarde, a nova Comissão Europeia tomar posse.

Se todos os nomes propostos tivessem `luz verde` imediata do Parlamento Europeu, o novo colégio de comissários poderia tomar posse já a 01 de novembro, mas com uma rejeição esse prazo já passaria para 01 de dezembro, dado o tempo necessário para o país em causa propor um novo nome e esse candidato ser entrevistado por Ursula von der Leyen e ouvido em audição na assembleia europeia.

c/Lusa
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