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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Marcelo vence à primeira volta. O filme da noite eleitoral

por RTP

Foto: Mário Cruz - Lusa

Acompanhamos aqui os principais acontecimentos deste domingo, dia das eleições presidenciais - desde a votação até ao escrutínio e às reações dos protagonistas políticos na emissão especial da RTP.

Mais atualizações


00h30 - Marcelo, o primeiro candidato a ganhar em todos os concelhos

O Presidente reeleito não conseguiu chegar aos 70,35 por cento alcançados por Mário Soares em 1991, mas tornou-se hoje no primeiro candidato de sempre na história da democracia portuguesa a vencer a votação em todos os concelhos do país.

Na altura, na reeleição de Mário Soares, o recandidato não conseguiu vencer em nove concelhos, que perdeu para Carlos Carvalhas, apoiado pelo PCP.

00h25 - Ana Gomes, a mulher mais votada de sempre em Portugal

A diplomata foi a mulher mais votada de sempre numas eleições presidenciais em Portugal, com 12,93 por cento dos votos (536.236 votos). Foi igualmente a primeira a conseguir um segundo lugar.

Há cinco anos, Maria Matias foi a escolha de 10,11 por cento dos eleitores portugueses (455.691 votos), o que lhe valeu um terceiro lugar na corrida a Belém. Este era até hoje o melhor resultado de uma mulher nas presidenciais.

00h20 - André Ventura alcança segundo lugar em 11 distritos

O candidato apoiado pelo Chega ficou em terceiro lugar a nível global mas ficou em segundo lugar em 11 dos 18 distritos de Portugal Continental e na Madeira.

André Ventura ficou em segundo lugar em todos os distritos do Interior, de Norte a Sul. Leiria foi o distrito onde obteve a menor votação (12,5%) e Portalegre aquele onde conseguiu a maior percentagem de votos (20,04%)

00h10 - Resultados finais

Marcelo Rebelo de Sousa venceu a eleição de hoje com 60,70 por cento dos votos, que correspondem a 2.533.799 votos. Em segundo lugar ficou a candidata Ana Gomes, com 12,97 por cento de votos - 541.345 votos.

Em terceiro lugar surge André Ventura, com 11,90 por cento dos votos, ou seja, 496.583 votos. Seguem-se João Ferreira, com 4,32 por cento (180.473) e Marisa Matias com 3,95 por cento (164.731).

Tiago Mayan Rodrigues obteve 3,22 por cento dos votos (134.427 votos) e em último lugar Vitorino Silva, com 2,94 por cento dos votos (122.734).

A abstenção foi de 60,51 por cento: não votaram 6.530.350 portugueses. Houve ainda 39.998 votos nulos e 47.041 votos em branco.

23h58 – Marcelo quer “fazer esquecer as xenofobias, as exclusões, os medos instalados”

Ainda no seu discurso de vitória, Marcelo Rebelo de Sousa relembrou que “dentro de três anos estaremos no meio século do 25 de Abril”, considerando “inconcebível que se não possa dizer então que somos não só muito mais livres, mas também muito mais desenvolvidos, muito mais iguais, muito mais justos, muito mais solidários do que éramos no início da caminhada”.
Antes desses três anos, “temos de reencontrar o que perdemos na pandemia, refazer os laços desfeitos, quebrar as barreiras erguidas, ultrapassar as solidões multiplicadas, fazer esquecer as xenofobias, as exclusões, os medos instalados”, defendeu o Presidente.

“Temos de recuperar e valorizar todos os dias as inclusões, as partilhas, os afetos, as cidadanias esvaziadas pela pobreza, pela dependência, pela distância”.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, tudo isto começa no combate à pandemia. “Se a pandemia durar mais e for mais profunda, tudo o resto que queremos tanto correrá pior e durará mais”, explicou. Por essa razão, “o mais urgente do urgente chama-se agora combate à pandemia”.

“Temos de fazer tudo o que de nós dependa, mas mesmo tudo, para travar e depois inverter um processo que está a pressionar em termos dramáticos as nossas estruturas de saúde”, acrescentou.

23h54 – Portugueses não querem “radicalização e extremismo” diz Marcelo

O Presidente da República disse ter retirado duas mensagens “muito claras” dos resultados eleitorais desta noite. A primeira é que os portugueses “querem mais e melhor em proximidade, em convergência” e na gestão da pandemia.

A segunda é que deve “tudo fazer para persuadir quem pode elaborar leis a ponderar a revisão, antes de novas eleições, daquilo que se concluiu dever ser revisto para ajustar situações como a vivida” nesta pandemia.

Ainda com base nos resultados, Marcelo Rebelo de Sousa acredita que os portugueses “não querem uma pandemia infindável, uma crise económica sem termo à vista, um empobrecimento agravado, um recuo na comparação com outras sociedades”, nem “uma radicalização e um extremismo nas pessoas, nas atitudes, na vida social e política”.

Querem, antes, “uma pandemia dominada o mais rápido possível, uma recuperação de emprego e rendimentos”, assim como o “combate à pobreza e à exclusão e um sistema político estável com governação forte, sustentável e credível”.

“Querem que a democracia constitucional responda aos dramas e angústias dos portugueses, mas uma democracia que respeite a Constituição, uma democracia democrática, não uma democracia iliberal, ou seja, não democrática”.

23h52 – Marcelo quer ser Presidente "que una, que não seja dos bons contra os maus"

Para Marcelo Rebelo de Sousa, “a eleição de hoje proporcionou inequívocas respostas acerca do nosso futuro imediato”.

“A primeira e mais direta foi quanto à escolha feita entre a renovação da confiança no Presidente da República em funções”, destacou Marcelo, dizendo sentir-se “profundamente honrado e agradecido”.

“Tenho a exata consciência de que a confiança agora renovada é tudo menos um cheque em branco. Quem recebe o mandato tem de continuar a ser um Presidente de todos e de cada um dos portugueses. Um presidente próximo, um presidente que estabilize, um presidente que una, que não seja de uns, os bons, contra os outros, os maus. Que não seja um Presidente de fação”, disse Marcelo.

“Um Presidente que respeite o pluralismo e a diferença. Um Presidente que nunca desista da justiça social”.

23h50 – Marcelo homenageia vítimas da Covid-19 e recusa ver reeleição como "cheque em branco"

Marcelo Rebelo de Sousa começou por recordar, no discurso de vitória, as vítimas da pandemia de Covid-19 em Portugal.

“A 2 de novembro, dia da evocação das vítimas da pandemia no Palácio de Belém, havia 2.590 mortos. São agora 10.469. Para eles, assim como para os mortos não Covid, destes quase 11 meses de provação, vai o meu, o nosso primeiro emocionado pensamento”, disse o Presidente reeleito.

“São, com os demais que sofreram e sofrem e lutam dia após dia pela vida e a saúde, o retrato do Portugal em que decorreu esta eleição, em plena pandemia agravada em janeiro, com o estado de emergência e confinamento inevitável, com crise económica e social, queda de crescimento e projeção na pobreza e nas desigualdades. Numa Europa e num mundo também a braços com a pandemia de novo a tenderem a fechar fronteiras”, afirmou.

23h32 - André Ventura declara "noite histórica" de força "anti-sistema"

O candidato que ficou em terceiro lugar felicitou Marcelo Rebelo de Sousa pela vitória mas pediu ao Presidente da República "rutura" com o que foi o anterior mandato.
"Pela primeira vez um partido declaradamente anti-sistema rompeu o espectro da direita tradicional com cerca de meio milhão de votos", frisou André Ventura, com uma candidatura que "conseguiu furar o bloqueio habitual em Portugal".
André Ventura realça que a sua candidatura teve mais votos que as candidaturas de PCP, Bloco de Esquerda e Iniciativa Liberal juntos. Para além de considerar que o Chega é a verdadeira alternativa, frisou: "Esmagámos a extrema-esquerda em Portugal".

Reconhece no entanto que falhou um dos objetivos - ficar à frente de Ana Gomes - e que irá devolver a palavra aos militantes para saber se querem a sua continuidade à frente do partido.

Realçou ainda os resultados obtidos pela sua candidatura em territórios com um forte histórico de voto no Partido Comunista. André Ventura dirigiu-se ainda à direita portuguesa, considerando que "não há segundas vias" depois da eleição de hoje. "Não haverá governo em Portugal sem nós", afirmou André Ventura.

23h30 - António Costa felicita Marcelo Rebelo de Sousa


23h15 – Ana Gomes diz ter alcançado objetivo de impedir ascensão da “ultradireita”

Ana Gomes felicitou Marcelo Rebelo de Sousa pela sua vitória e disse que pretende “tudo fazer” para que o segundo mandato do Presidente sirva para “reforçar a democracia e a não dar mais argumentos e respaldo aos que a querem destruir e que conseguirão tantos votos tirar ao PSD e ao CDS”.
Admitindo que não conseguiu o objetivo de chegar a uma segunda volta nestas eleições, a candidata independente disse ter cumprido o seu objetivo central e patriótico: “representar o campo dos democratas e progressistas europeístas e impedir que a ultradireita ascendesse a uma posição de possível alternativa”.

“Se eu não tivesse estado nesta disputa, estaríamos hoje a lamentar ainda mais progressão da extrema-direita”, apontou Ana Gomes.

A candidata disse ainda lamentar profundamente “a não comparência a estas eleições por parte do meu partido, o PS, que assim contribuiu para dar a vitória ao candidato da direita democrática”. “Foi uma deserção contra a qual alertei, e por isso decidi apresentar esta candidatura”, lamentou.

“Nunca me resignei, nem resignarei a que a democracia degenere e fique à mercê de forças antidemocráticas que cavalgam o ressentimento dos cidadãos”, acrescentou Ana Gomes.

23h09 - Catarina Martins: "O resultado eleitoral não é aquele que esperávamos"

Catarina Martins elogia campanha liderada por Marisa Matias e diz que é "um enorme privilégio" contar com uma candidata que colocou na agenda os "temas que interessam". "As noites eleitorais umas são melhores, outras são piores, (...) mas é a justeza daquilo em que acreditamos que abre caminhos para o dia seguinte", sublinhou a dirigente bloquista. 

Reconheceu que esta foi uma campanha difícil e exigente e assumiu, em declarações aos jornalistas que o resultado eleitoral "não é aquele que esperávamos", "não era o que queríamos".

22h58 - Marcelo lidera em todos os concelhos do país

Marcelo Rebelo de Sousa, candidato presidencial hoje reeleito para o cargo, lidera a votação em todos os concelhos do país, quando estão ainda 11 concelhos por apurar.

Se este resultado se mantiver, será a primeira vez em que um candidato presidencial consegue tal feito. Marcelo Rebelo de Sousa poderá desta forma superar o resultado de Mário Soares em 1991, ano em que o recandidato apenas não conseguiu vencer em nove concelhos, perdendo para Carlos Carvalhas, apoiado pelo PCP.

22h44 - Tiago Mayan aponta campanha liberal como alternativa à atual política

Tiago Mayan diz que fez a campanha por "um espaço político que se arriscava a ficar vazio" nesta campanha. O candidato da IL vê nos números desta noite "o crescimento da onda liberal e do espaço liberal no espaço político português".


22h43 - Cotrim Figueiredo assinala candidatura da IL com base nas ideias

João Cotrim Figueiredo, líder da IL, considera que apenas duas candidaturas estão de parabéns: a de Marcelo Rebelo de Sousa, que venceu a eleição presidencial, e a de Tiago Mayan Gonçalves, que correu a Belém pelos liberais.
O líder da Iniciativa Liberal assinalou que a candidatura de Tiago Mayan teve um resultado assinalável, que dá continuidade a outros resultados da IL.

22h42 – Ferro Rodrigues saúda Marcelo pela sua vitória e quer aprofundar cooperação institucional

O presidente da Assembleia da República saudou Marcelo Rebelo de Sousa pela sua reeleição para as funções de chefe de Estado, afirmando que se empenhará no aprofundamento da cooperação institucional entre os dois órgãos de soberania.

Ferro Rodrigues observou ainda que o resultado eleitoral obtido pelo atual Presidente foi superior ao que alcançou há cinco anos, o que demonstra "a renovada confiança" que nele "depositam as portuguesas e os portugueses para um segundo mandato".

Ferro Rodrigues elogiou igualmente "as portuguesas e os portugueses pela participação no ato eleitoral, em condições tão exigentes", destacando a forma "tranquila e segura como decorreu o processo de votação em todo o território nacional".

22h37 – Pela primeira vez em 40 anos há um populista com dois dígitos, alerta Paulo Portas

Paulo Portas alertou para o facto de, pela primeira vez em 40 anos, haver um populista que reúne “dois dígitos”.

O antigo presidente do CDS chamou a atenção, como comentador da noite eleitoral na TVI, para a posição de Ana Gomes que, a concretizar-se, “ficará abaixo de Fernando Nobre, de Mário Soares, quando correu já depois de ter sido presidente [da República], pela pista de fora, abaixo de Manuel Alegre, um e dois, e abaixo de Sampaio da Nóvoa”.

Paulo Portas defendeu que não se ignore que, pela primeira vez em 40 anos, “há um populista, de direita extrema ou extrema-direita, consoante os dias, que tem dois dígitos”, numa referência a André Ventura.

Para Paulo Portas, estes resultados colocam um problema: “É preciso pensar se o conjunto do sistema político, uns por convicção e outros por oportunismo, estão ou não a fazer-lhe um favor”.

“A técnica do populismo é sempre a mesma: dizem uma barbaridade e toda a gente vai atrás da discussão da barbaridade”, adiantou.

22h43 - Marcelo desloca-se para a Faculdade de Direito onde vai discursar

A partir da casa do Presidente reeleito em Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu, em declarações à RTP, que as circunstâncias dos próximos cinco anos serão diferentes, mas que "a pessoa é a mesma".


22h18 – Rui Rio salienta derrota da esquerda nas presidenciais

Para o líder do PSD, “se há alguém derrotado” nestas eleições presidenciais é o PS. “E é derrotado de uma forma terrível, porque é por falta de comparência”, declarou Rui Rio.

“Mas depois há outra marca fortíssima deste resultado eleitoral. Os candidatos à esquerda, com os resultados que temos neste momento, não conseguirão passar muito para lá dos 20 por cento”, referiu.

“O que quer dizer que todos os outros que não são de esquerda terão uma votação somada sempre superior a 75 por cento”, sendo que “a vitória é do candidato do centro”, o que deixa o PSD satisfeito.

Quanto à votação de André Ventura, Rui Rio chamou a atenção para o facto de ser “o segundo classificado no Alentejo todo”, ficando mesmo à frente do candidato apoiado pelo Partido Comunista.

“E nos Açores, onde o PSD tão criticado foi por fazer um acordo, nos Açores [Ventura] fica em terceiro lugar”, acrescentou.

22h11 - João Ferreira promete continuar a defender a democracia

O candidato apoiado pelo PCP e Os Verdes considera que a sua candidatura trouxe às eleições um "contributo singular" de demonstrar "a centralidade e atualidade da Constituição portuguesa".

João Ferreira promete continuar a luta pela defesa da democracia, das liberdades e dos direitos democráticos.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, salientou que Marcelo Rebelo de Sousa contou nesta eleição com uma "vantagem ímpar" e que a sua vitória irá dar lugar à "agenda de direita" no segundo mandato.

21h57 - Marisa Matias valoriza “frontalidade” de Ana Gomes acima do “ódio” de Ventura

Marisa Matias admitiu que os resultados desta noite eleitoral não são os que esperava e estão longe dos objetivos que traçou. A candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda aproveitou para lançar críticas a André Ventura.

Depois de felicitar Marcelo Rebelo de Sousa, Marisa Matias disse ter falado com Ana Gomes para lhe dizer como gosta de “ver a sua frontalidade e solidariedade acima das aldrabices e do ódio de André Ventura”.

“Há um dado muito preocupante com estas eleições: a direita está em reconfiguração e muitos dos eleitores de direita deste país votaram num candidato de extrema-direita”, alertou.

A candidata apoiada pelo BE frisou que “os combates que temos pela frente são difíceis e fundamentais”.

21h46 - CDS-PP: "Objetivos para estas eleições presidenciais foram conseguidos"

Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS-PP, congratula-se com a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa, candidato apoiado pelo partido.
"O CDS quis uma vitória à primeira volta do seu candidato e conseguimos. O CDS quis somar os votos à direita e não quis dividi-la", salientou.

Francisco Rodrigues dos Santos salienta que todos os objetivos para estas eleições presidenciais foram conseguidos.

Diz ainda que a esquerda "voltou a perder eleições" depois da derrota eleitoral nos Açores.

"A esquerda tem o pior resultado de sempre em eleições presidenciais na noite de hoje", diz Francisco Rodrigues dos Santos.

21h45 - Ana Gomes ultrapassa André Ventura e surge em segundo lugar - resultados em tempo real

A candidata está agora no segundo lugar com 11,88 por cento dos votos. André Ventura está agora em terceiro com 11,87 por cento dos votos.

21h16 – PS diz que vitória de Marcelo “boa notícia” para o país

Carlos César, presidente do PS, reconhece que a abstenção nesta eleição foi elevada, mas salienta as circunstâncias excecionais que o país vive com a crise sanitária.

“A participação dos portugueses foi muito honrosa e conferiu uma elevada legitimidade democrática a todos aqueles que se submeteram ao sufrágio”, sublinha o socialista.

O PS “saúda” todos os candidatos e considera que o partido “fez bem”, tendo em conta a natureza unipessoal e condição não partidária desta eleição, em deixar ao critério de cada um dos seus dirigentes e eleitores a sua opção de voto.

“O que os resultados demonstram que graças aos eleitores socialistas, a democracia venceu na primeira volta”, afirmou Carlos César.

Acrescenta que “o extremismo de direita foi derrotado como alternativa de direita” e por isso André Ventura “é por enquanto uma ameaça maior ao PSD do que uma ameaça ao país”.

Carlos César felicita Marcelo Rebelo de Sousa pela “reeleição de margem folgada” e considera que o resultado é “uma boa notícia para o PS”.

Destaca, em declarações aos jornalistas, que este resultado traz “a valorização da estabilidade politica e para a continuidade de uma prática responsável de colaboração institucional” entre o Presidente da República e o primeiro-ministro.

21h13 - Marcelo sobre vitória: “Vamos esperar para ver”

Marcelo Rebelo de Sousa já reagiu às projeções que lhe atribuem a vitória nestas presidenciais. “Relativamente à votação no candidato teoricamente mais escolhido (…), vamos esperar para ver, não me cabe a mim fazer comentários sobre essa matéria”, referiu o Presidente.
Dizendo não estar ainda garantido que ganhou à primeira volta estas eleições, o recandidato sublinhou que há distritos em que a margem é muito próxima de 50 por cento.

“É muito provisório tudo o que se viu até agora”, declarou aos jornalistas. “Dos resultados apurados, diria que é cedo para dizer qual o resultado final”.

Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se ainda preocupado com a elevada taxa de abstenção. “Aparentemente o resultado da abstenção é mais elevado do que se pensava”, lamentou.

21h10 - PSD saúda organização da eleição Presidencial

Salvador Malheiro, em nome dos social-democratas, deixou para já uma palavra aos dirigentes envolvidos na organização do acto eleitoral.

21h00 - Eduardo Barroso felicita amigo Marcelo pela reeleição

O conhecido médico Eduardo Barroso, amigo do Presidente desde tenra idade, disse que nunca teve dúvidas que Marcelo Rebelo de Sousa ganharia a reeleição. O cirurgião deixou ainda uma palavra de apreço a Ana Gomes, que terá, de acordo com as projeções, atingido o segundo lugar.
20h32 – Candidatura de Ana Gomes fala em “sérias ameaças à Constituição”

A candidatura de Ana Gomes prefere aguardar pelos resultados e alertou para as “sérias ameaças à Constituição” que estão a fazer-se notar nestas eleições.

“Esta noite vai obrigar todos os quadrantes políticos que se reconhecem na Constituição a repensar o futuro, porque não podemos ignorar que, desde a primeira vez desde o 25 de Abril, há ameaças sérias à Constituição”, sublinhou Paulo Pedroso, da campanha de Ana Gomes, quando questionado se o segundo lugar apontado pelas projeções é uma derrota para a esquerda.

Ainda assim, e referindo que “ainda não há resultados”, a campanha da candidata afirmou que “aquilo que se pode já verificar é que estas eleições tiveram uma representação de um espaço que congrega a esquerda democrática, forças progressistas moderadas, ecologistas, europeístas, que teria ficado deserto se não houvesse esta candidatura”.

20h28 – CDS satisfeito com vitória de Marcelo

António Carlos Monteiro, do CDS-PP, salienta que o candidato apoiado pelo partido, Marcelo Rebelo de Sousa, foi reeleito à primeira volta.

Aponta que este resultado, se as projeções se confirmarem, representa a “derrota” daqueles que tentaram forçar a segunda volta “à esquerda e à direita".

Em resposta aos jornalistas sobre o resultado de André Ventura, o representante do CDS-PP sublinha que os resultados presidenciais “esgotam-se” na noite da eleição.

“Não é possível transpor resultados de eleições presidenciais para os interesses partidários que suportam esses mesmos candidatos”, acrescenta.

António Carlos Monteiro considera que a eleição de hoje mostra que “é preciso que à direita construa uma alternativa” como a que se uniu com esta candidatura presidencial.

20h18 – Vitorino Silva satisfeito com os resultados

A partir de Rans, Penafiel, o candidato Vitorino Silva já reagiu às primeiras projeções e considera que os objetivos da sua candidatura foram cumpridos.

Sublinha que a sua candidatura mostra que “daqui por cinco anos qualquer português pode ser candidato às eleições presidenciais”.

“Tino” de Rans, como é conhecido, criticou ainda as limitações de idade para se poder concorrer à Presidência da República. “Porque é que têm medo dos jovens serem candidatos?”, salientou, criticando a idade mínima de 35 anos.

20h15 – Bloco. “Não atingimos os objetivos que tínhamos traçado para estas eleições”

Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, admite que se as projeções relativas à candidatura de Marisa Matias se confirmarem, não foram atingidos os objetivos traçados para as estas eleições.

O responsável bloquista alerta ainda que “normalizar a extrema-direita é um mau resultado para o país”, em referência ao terceiro lugar alcançado por André Ventura, segundo as projeções.

Na reação às projeções, Pedro Filipe Soares falou ainda de uma “chantagem instrumental” que houve nesta campanha eleitoral em relação à possibilidade de uma segunda volta.

20h13 – “Onda liberal”

Rodrigo Saraiva, porta-voz da candidatura de Tiago Mayan, prefere esperar pelo final da noite para tecer mais comentários, mas fala de uma “onda liberal” com o resultado previsto pelas projeções.

Em resposta aos jornalistas elogiou o trabalho do candidato e da Iniciativa Liberal, salientando que “havia um Eleitorado que não podia ficar órfão”.

20h10 – PCP desvaloriza sondagens

Na reação às primeiras projeções, Dias Coelho, do PCP, destaca que “sondagens são sondagens” e refere que a candidatura de João Ferreira prefere esperar pelos resultados.

Destaca que a candidatura de João Ferreira se concentrou “na Constituição” e nos seus valores.

Em resposta aos jornalistas, desvalorizou a luta entre os candidatos de esquerda e André Ventura e apontou críticas a Marcelo Rebelo de Sousa, que diz não ter sido capaz de separar “o papel de Presidente da República do papel de candidato”.

20h00 – Projeção da Universidade Católica. Marcelo reeleito com 57 a 62% dos votos

De acordo com a sondagem da Universidade Católica, Marcelo Rebelo de Sousa poderá obter entre 57 e 62 por cento dos votos dos portugueses.

Por conseguir obter mais de 50 por cento dos votos, não será necessário haver uma segunda volta das eleições, pelo que Marcelo Rebelo de Sousa deverá garantir a reeleição já esta noite.

A antiga eurodeputada do PS Ana Gomes surge em segundo lugar e consegue entre 13 e 16 por cento dos votos.

André Ventura surge em terceiro lugar e deverá conseguir entre 9 e os 12 por cento, aponta a projeção da Universidade Católica.

Marisa Matias consegue entre 3,5% e os 5,5% dos votos e João Ferreira chegará aos 3,5% e, no máximo, aos 5,5%.

Tiago Mayan Gonçalves consegue entre 3 e 5% dos votos e Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, poderá conseguir entre 2 e os 4% dos votos, aponta a projeção.

19h59 – Marcelo Rebelo de Sousa regressa após votar em Celorico de Basto

O Presidente e candidato exerceu o direito de voto em Celorico de Basto, tendo regressado entretanto a Cascais para a longa noite eleitoral.

19h58 – Erro burocrático impede até 800 votos no Luxemburgo

O conselheiro das comunidades radicado no Luxemburgo, João Verdades, disse hoje à agência Lusa que terão havido entre 700 e 800 eleitores que não conseguiram votar devido a um erro burocrático que os retirou dos cadernos eleitorais.

"Existem cidadãos que renovaram os cartões de cidadão e que, por um motivo burocrático, não constam da inscrição enquanto cidadãos eleitores, porque a lei do recenseamento eleitoral implica que na renovação do cartão na Europa tenha de ser feita uma declaração formal sobre se aceita ficar inscrita como cidadão eleitores ou não, ou se prefere votar no país de acolhimento", explicou João Verdades.

19h56 – Candidatos satisfeitos com decorrer da eleição

Os candidatos votaram e mostraram-se satisfeitos com a organização do ato eleitoral em tempo de pandemia. João Ferreira e André Ventura exerceram o direito de voto em Lisboa. Ana Gomes em Cascais, Tiago Mayan no Porto, Marisa Matias em Coimbra, Vitorino Silva em Rans e Marcelo Rebelo de Sousa em Celorico de Basto.
19h55 – Candidatura de Tiago Mayan saúda participação eleitoral

A candidatura do liberal diz que os portugueses mostraram que tinham e queriam fazer ouvir a sua palavra este domingo.

19h52 – Portugueses depositaram o seu voto em todos os cantos do mundo

Um pouco por todo o mundo, portugueses votaram nestas eleições presidenciais. Apesar da pandemia, a adesão foi elevada no Brasil, Angola, Venezuela e também em França.
19h49 – Tino de Rans diz que portugueses deram "lambada de luva branca" a quem tinha interesse na abstenção

O candidato presidencial Vitorino Silva considerou hoje que "o povo demonstrou que está atento" e deu uma "lambada de luva branca" a quem tinha interesse em taxas de abstenção altas.

"O povo demonstrou que está atento, o povo quer falar e desabafou. (...) Estou muito orgulhoso e foi uma lambada de luva branca para aqueles politólogos que têm interesse em muita abstenção", considerou o candidato apoiado pelo partido Reagir, Incluir, Reciclar (RIR) em declarações aos jornalistas.

"Contrariamente ao que estavam passar imagem, a dizer que ia haver uma abstenção de 70% e 75%, nós temos que ter muito cuidado em quem fala na televisão porque há muito interesse em muita gente para que haja muita abstenção", adiantou ainda o candidato.

19h37 – Piores previsões não se confirmaram, mas abstenção é “preocupante”, diz candidatura de Marisa

O mandatário nacional da candidatura de Marisa Matias, Tiago Rodrigues, registou hoje que as piores previsões de abstenção não se confirmaram, mas afirmou que qualquer número elevado de pessoas que não votam "é preocupante para a saúde da democracia".

Tiago Rodrigues falou do púlpito do Pavilhão Centro de Portugal, em Coimbra, para uma "primeira reação" às projeções das televisões sobre "a adesão e abstenção a estas eleições" presidenciais.

"Queremos registar que as piores previsões não se confirmaram, sobretudo neste contexto de pandemia e num contexto em que muitas pessoas, por se encontrarem em isolamento, se viram privadas de votar", enalteceu.

No entanto, o mandatário nacional da candidata a Belém apoiada pelo BE fez questão de sublinhar que "qualquer número elevado de abstenção, nomeadamente acima dos 50%, é preocupante para a saúde da democracia e deve ser combatido".

"Parece-me importantíssimo registar o enorme esforço de milhares de pessoas que em todo o país permitiram que esta eleição acontecesse", enfatizou.

19h35 – Projeções de abstenção desmentem "cenários catastrofistas", diz candidatura de João Ferreira

A candidatura de João Ferreira considerou hoje que as projeções sobre a abstenção nas presidenciais desmentem "cenários catastrofistas", que procuravam aproveitar o contexto de pandemia para "defender uma espécie de estado de exceção e a revisão" da Constituição.

"O nível de participação verificado neste ato eleitoral desmente cenários catastrofistas (...), que foram, enfim, adiantados ao longo do tempo e que procuravam aproveitar o contexto existente para defender una espécie de estado de exceção e a revisão da Constituição", disse o membro da Comissão Política do PCP Rui Fernandes, pouco depois de conhecidas as projeções que apontam para uma abstenção nas presidenciais entre 50% e 60%.

Rui Fernandes acrescentou que há "elementos muito díspares no que respeita ao grau de abstenção", mas já é possível "dizer que se situará num aumento à volta dos 5%".

19h32 – Ventura "tranquilo e satisfeito" prevê noite eleitoral longa

O candidato presidencial do Chega, André Ventura, mostrou-se hoje "tranquilo e confiante", à entrada para o hotel lisboeta onde vai acompanhar a divulgação dos resultados, e previu uma "uma noite longa".

"Hoje não me cumpre apelar aqui ao voto até porque ainda há pessoas a votar. Estou muito tranquilo e satisfeito, confiante de que vai haver uma boa participação e de que vamos ter uma noite longa", afirmou o deputado único do partido da extrema-direita parlamentar.

O candidato desejou que a abstenção "seja menor do que aquilo que tem sido anunciado ao longo da tarde" e garantiu só ter "uma versão de discurso para esta noite, que é a de respeitar a vontade dos portugueses".

19h01 - Assembleias de voto fecharam em Portugal Continental e na Madeira

As assembleias de voto para as eleições presidenciais encerraram às 19h00 em Portugal Continental e na Madeira. O mesmo acontece daqui por uma hora nos Açores, devido à diferença horária.

19h00 - Projeção da Universidade Católica prevê abstenção de 50 a 55 por cento

A estimativa da Universidade Católica para a RTP situa a abstenção nestas eleições presidenciais entre os 50 e os 55 por cento. A participação nas eleições está entre os 45 e os 50 por cento de acordo, com esta estimativa.

Os dados de participação foram calculados com base nos resultados de participação eleitoral às 16h00 divulgados pela Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna às 17h00.

Recorde-se que nas últimas eleições presidenciais, em 2016, a taxa de abstenção foi de 51,3%.

A estimativa da participação é meramente indicativa e não tem por base os dados da sondagem que a Universidade Católica está a realizar para a RTP.

18h46 - O ambiente que se vive nas sedes de campanha

A noite eleitoral dos candidatos teve de ser adaptada ao confinamento e às regras sanitárias impostas devido à pandemia de Covid-19.
A poucos minutos do fecho das urnas, era este o ambiente vivido nas sedes de campanha dos vários candidatos.

18h39 – Fotogaleria: O retrato do dia de votação

Debaixo de nova fase de confinamento e em contexto de agravamento da pandemia da Covid-19, culmina este domingo o processo das eleições presidenciais. Esta é a 10ª vez em democracia, desde 1976, que os eleitores portugueses são convocados a escolher o Presidente da República.


18h30 - Eleitores que chegarem à fila até às 19h00 podem votar

Quando falta apenas meia hora para o fecho das urnas em Portugal Continental, recorda-se que, tal como aconteceu noutros escrutínios, os eleitores que estiverem numa fila para a votação às 19h00 poderão votar depois dessa hora.

18h23 - Presidenciais. Decorre a fase derradeira da votação

As mesas de voto têm poucas filas de eleitores, numa altura em que falta menos de uma hora para o fecho das urnas em Portugal Continental.

18h14 – Afluência às 16h00 é a segunda mais baixa desde 2006

A afluência às urnas às 16h00 nas presidenciais, 35,4%, é a segunda mais baixa desde as eleições de 2006, ano em que este número passou a ser divulgado pela administração eleitoral.

Este valor só foi inferior em eleições presidenciais em 2011, quando a afluência às 16h00 foi de 35,1%, e é 2,3 pontos percentuais abaixo das eleições de há cinco anos.

Nas presidenciais de 2016, que elegeram Marcelo Rebelo de Sousa, tinham votado 37,7% até às 16h00, numas eleições em que a abstenção global subiu aos 51,3%.

18h05 – CNE fala em número residual de queixas nas votações desta tarde

João Tiago Machado, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), admite erros nas mesas de voto mas diz que há apenas uma dezena de queixas por parte dos eleitores.

18h04 – Afluência de 35,44% até às 16h00

A afluência às urnas nestas Presidenciais era até às 16h00 de 35,44%, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI). Nas últimas eleições presidenciais, em 24 de janeiro de 2016, à mesma hora, a afluência foi de 37,69%.

Ricardo Ferreira Reis, diretor do centro de sondagens da Universidade Católica, diz à RTP que os dados indiciam uma forte participação em relação ao esperado.

"Os cenários mais pessimistas que apontavam para uma abstenção de 70 a 75 por cento estão completamente excluídos. Neste momento a abstenção já não pode ser acima de 64 por cento e ainda estão pessoas a votar depois das 16h00", refere.

Acrecenta ainda que a participação está a ser "acima do que se esperava", tendo em conta a situação de pandemia.

18h00 – Votação aproxima-se do fim

Resta uma hora para o encerramento das urnas. O dia de votação foi marcado por regras sanitárias para que a pandemia de Covid-19 não afetasse a participação dos eleitores.

A RTP tem acompanhado, desde a manhã, a ida dos portugueses às urnas. Na generalidade do país, as filas avançaram com rapidez e as medidas de contenção, como o distanciamento e o uso de máscara, foram cumpridas.

Em Morgado, Montalegre, a votação começou mais tarde, depois de a assembleia de voto se ter deparado, pela manhã, com as portas fechadas a cadeado e barradas por contentores do lixo – uma forma de protesto da população local contra a exploração de uma mina de lítio na freguesia.

Esta é a 10ª vez em democracia, desde 1976, que os portugueses são convocados a escolher o Presidente da República.

Até às 16h00, a afluência às urnas tinha sido de 35,44 por cento. Nas últimas eleições presidenciais, em 2016, a afluência até à mesma hora foi de 37,69 por cento.

Em breve surgirão as projeções atualizadas da abstenção e, pouco depois, acompanharemos os resultados da votação em tempo real.

Concorrem a estas eleições sete candidatos: Marisa Matias, apoiada pelo Bloco de Esquerda, Marcelo Rebelo de Sousa, candidato à reeleição apoiado por PSD e CDS-PP, Tiago Mayan, com o apoio da Iniciativa Liberal, André Ventura, rosto do Chega, o ex-militante do PS e líder do RIR Vitorino Silva, também conhecido como Tino de Rans, João Ferreira, apoiado por PCP e PEV, e Ana Gomes, militante socialista que conta com o apoio de PAN e Livre.