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Marcelo. Sistemas político e social têm que mudar de vida senão espaços vazios vão ser ocupados

por Lusa

Lisboa, 05 mar 2020 (Lusa) - O Presidente da República avisou hoje que os sistemas político e social têm que "mudar de vida" e que de nada vale "chamar nomes ou travar na secretaria" os debates promovidos por aqueles que tentam "ocupar os vazios criados".

"Ou os sistemas político e social entendem aquilo em que perderam o pé ou não entendem", avisou Marcelo Rebelo de Sousa na intervenção Marcelo Rebelo de Sousa durante a sessão de encerramento de uma conferência promovida pelo Público no âmbito dos 30 anos do jornal, em Lisboa.

Na perspetiva do chefe de Estado, "partidos, parceiros económicos e sociais, confederações patronais, sindicais e outros protagonistas institucionais, da justiça à administração pública" têm "mesmo que mudar de vida" e "não esconderem-se atrás da ilusão de que as leis resolvem aquilo que a prática, os comportamentos não resolvem" ou então "alguém preencherá os vazios que vão deixando e depois é tarde demais para acordarem".

"Estas batalhas ganham-se antes e não depois dos vazios. Ganham-se com convicções e com factos e não com palavras e indignações tardias e de nada vale rotular, chamar nomes, ou travar na secretaria debates suscitados por aqueles que venham tentar ocupar os vazios criados", advertiu.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, "isto aplica-se tanto aos temas ditos fraturantes como aos que se finge que não são".

"O preço da radicalização nas pessoas e nas atitudes será imenso", considerou ainda.

A democracia, na visão do chefe de Estado, "tem de integrar no seu seio todas as sensibilidades existentes na sociedade, incluindo os radicalismos mais radicais contra o sistema".

"Compete-lhe não os marginalizar, mas integrá-los, mas não pode viver o dia a dia em situação de rutura constante", sugeriu.

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