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Marcelo promulga recuperação do tempo de serviço dos professores

por RTP
Foto: Nuno Patrício - RTP

O presidente da República anunciou esta terça-feira a promulgação do diploma que "estabelece um regime especial de recuperação do tempo de serviço" dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário.

A informação foi confirmada numa nota publicada no site da Presidência da República Portuguesa.

A recuperação do tempo de serviço congelado aos professores durante o período da Troika foi um dos motivos centrais para os protestos dos docentes nos últimos anos.

O executivo de Luís Montenegro, em funções desde abril, chegou a acordo com a maioria dos sindicatos do setor para uma recuperação faseada do tempo ainda devido. As negociações para a recuperação do tempo de serviço terminaram em junho, tendo ficado decidida uma recuperação faseada dos seis anos, seis meses e 23 dias até 2027.

Segundo o Ministério da Educação, esse acordo irá permitir que o número de professores no último escalão da carreira docente triplique até 2027.

No final do processo, cerca de 71,5% dos atuais 101.277 docentes de carreira estarão nos últimos três escalões, segundo dados da tutela que garante que atualmente não chegam a um terço.

A medida irá custar este ano 41 milhões de euros brutos e a partir de 2028, quando estiver concluído o processo, terá um impacto orçamental de 470 milhões de euros
, segundo um relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República.

A contabilização do tempo de serviço, há muito reivindicada, arranca a 1 de setembro a uma média anual de 25% ao ano. Nos anos seguintes, terá efeitos à data de 1 de julho.

No processo negocial, quatro das 12 estruturas sindicais de professores recusaram-se a assinar o acordo, entre as quais a Federação Nacional de Professores (Fenprof), que lamentou o facto de terem ficado de fora os docentes que entretanto se reformaram.

com Lusa
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