Marcelo afirma que vai retirar "conclusões" se remodelação não "funcionar"

por RTP
“O critério é fazer com a prata da casa, para não mexer muito naquilo que existe” Rui Ochoa - Presidência da República via Lusa

O presidente da República afiançou esta terça-feira que, se a remodelação governamental não resultar, irá retirar “daí as conclusões”. À chegada a Lisboa, depois da viagem ao Brasil, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que cabe ao primeiro-ministro escolher o caminho a seguir e que o chefe do Estado só não aceita se tiver “objeções de fundo constitucionais, legais, jurídicas”.

Marcelo considera que esta é a fórmula que “mexe menos” no Governo, dando “continuidade às mesmas políticas”. Isto porque a nova ministra da Habitação, Marina Gonçalves, era já secretária de Estado e o novo ministro das Infraestruturas, João Galamba, conhece bem “o antigo ministro” Pedro Nuno Santos.

“O critério é fazer com a prata da casa, para não mexer muito naquilo que existe”, afirmou o chefe de Estado aos jornalistas, depois de aterrar em Lisboa vindo de Brasília, onde esteve na tomada de posse de Lula da Silva como presidente do Brasil.
Marcelo Rebelo de Sousa quis deixar uma garantia, sem todavia ser específico: “Vamos ver. Se isso funcionar é boa ideia. Se não, retiraremos daí as conclusões”.Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que, caso a remodelação falhe, “isso recairá sobre o primeiro-ministro”.

O presidente foi também questionado sobre a última tomada de posição do PSD relativamente à remodelação no Governo - Luís Montenegro considerou Fernando Medina um “peso morto” que não dispõe já de condições para permanecer no cargo de ministro das Finanças.

“Faz parte da atuação da oposição o criticar e ser exigente em relação ao Governo, faz parte da responsabilidade do Governo governar", reagiu Marcelo.

Pedro Nuno Santos demitiu-se na sequência do caso da indemnização de 500 mil euros que a TAP pagou a Alexandra Reis. A controvérsia começou por levar à demissão da ex-secretária de Estado do Tesouro, precipitando depois a saída de Pedro Nuno Santos do Ministério das Infraestruturas e Habitação.
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