Foto: António Pedro Santos - Lusa
Luís Montenegro demarcou-se esta quarta-feira da forma como o PSD-Madeira negociou a obtenção da maioria absoluta, após o partido a ter falhado por um deputado, nas eleições de domingo passado.
Terça-feira foi anunciado um acordo com o PAN, Partido Pessoas Animais Natureza, que, apenas 24h depois, parecia ser frágil, devido a questões internas do PAN e porque o parceiro de coligação do PSD, o CDS, não foi ouvido nem participou nas negociações.
Os centristas já revelaram que teriam preferido um acordo com a Iniciativa Liberal, que elegeu,. tal como o PAN, um deputado regional.
Esta tarde, o líder nacional dos social-democratas lembrou que a solução para garantir a estabilidade e governabilidade da Madeira "é uma decisão eminentemente regional" e autónoma, como está previsto na Constituição e "nos estatutos do próprio PSD".
Luís Montenegro garantiu estar "a acompanhar o evoluir da situação", revelando ter sido "colocado ao corrente" pelo líder social-democrata madeirense, Miguel Albuquerque, do evoluir da negociação com os partidos porlíticos regionais, e numa altura em que decorem as audições como o representante da República no arquipélago.
O dirigente mostrou-se confiante de que existem "condições para termos um Governo estável e de legislatura".
PAN ou ILO líder social-democrata afastou ainda "qualquer razão" para que um acordo com o PAN venha a colocar em causa os valores defendidos pelo PSD.
"Vejo com muita normalidade o que está a acontecer na Madeira", afirmou, sem colocar em causa a opção do PSD Madeira em estabelecer acordo com a PAN em vez da Iniciativa Liberal, politicamente mais próxima dos social-democratas.
"Tanto quando sei a porta não está fechada para a Iniciativa Liberal", que pode "dialogar caso a caso, decreto a decreto, orçamento a orçamento, condições para dar apoio parlamentar ao Governo Autónomo da Madeira", lembrou Luís Montenegro.
Sobre a discordância do CDS quanto à opção pelo PAN, Luís Montenegro
garantiu que está "totalmente confortável" com a solução encontrada pelo
PSD Madeira e que "não há divisão nenhuma" com o CDS. "Cada um assume
as suas responsabilidades", disse.
"A relação entre duas forças políticas num contexto a nível nacional não tem de ser necessáriamente a relação de duas forças políticas num contexto regional, as coisas são diferentes", frisou também, quando questionado sobre uma aproximação semelhante a nível nacional.
Quanto a uma eventual futura escolha entre a IL e o PAN, Montenegro atirou a decisão para quando esse momento chegar.
"Quando eu tiver de escolher isso significa que eu já venci as eleições legislativas e que terei condições para formar uma maioria parlamentar", referiu. "Nessa altura irei dar as explicações necessárias".
"Não é não" quanto ao Chega
Na conferência de imprensa na sede nacional do partido, no final de reuniões com sindicatos e associações na área da educação, Luís Montenegro foi chamado ainda a clarificar declarações proferidas domingo sobre eventuais aproximações ao Chega.
"Nós não vamos governar nem a Madeira, nem o país com o apoio do Chega, porque não precisamos", salientou, então, Luís Montenegro.
Instado a pronunciar-se sobre o que faria caso viesse a precisar, o líder do PSD foi categórico. "Não, é não", garantiu, considerando o assunto encerrado.
"Eu nunca farei um acordo político de governação com o Chega", disse, considerando que tem sido claro desde o Congresso do PSD, no verão de 2022.
"Sei que se faz uma grande teorização acerca da fórmula que escolhi para exprimir a minha posição. Foi sempre a mesma, por ventura de maneiras diferentes. Chegou uma altura em que não vale a pena alimentarmos mais esse assunto: não é não", afirmou.
"Nós não vamos governar nem a Madeira, nem o país com o apoio do Chega, porque não precisamos", salientou, então, Luís Montenegro.
Instado a pronunciar-se sobre o que faria caso viesse a precisar, o líder do PSD foi categórico. "Não, é não", garantiu, considerando o assunto encerrado.
"Eu nunca farei um acordo político de governação com o Chega", disse, considerando que tem sido claro desde o Congresso do PSD, no verão de 2022.
"Sei que se faz uma grande teorização acerca da fórmula que escolhi para exprimir a minha posição. Foi sempre a mesma, por ventura de maneiras diferentes. Chegou uma altura em que não vale a pena alimentarmos mais esse assunto: não é não", afirmou.
com Lusa