Rui Tavares juntou a voz do Livre às críticas generalizadas ao pacote apresentado pelo Governo em ajuda às famílias para combater a inflação.
O líder do Livre considerou que não houve nada de vulto nos transportes públicos ao contrário da Alemanha e de Espanha.
Já nas pensões, "esta progressão acaba por ser regressiva" e "ajuda mais quem já ganha mais". Além disso, "na melhor das hipóteses os pensionistas não perderão" rendimentos, se as previsões do Governo em relação à inflação "estiverem certas".
O Livre queria ainda ter visto medidas de ajuda às famílias para garantir a eficiência energética, um anúncio sobre a taxação dos lucros excessivos e novas perspetivas sobre o salário mínimo nacional.
Rui Tavares também não viu "inovação nas políticas públicas". "Momentos de guerra são momentos para pensar de uma forma diferente, para inventar novo tipo de ajuda à população", argumentou, como "um plano para o transporte escolar".
O único elogio ao Governo, para o Livre, é um recuo. "Há poucos meses o Governo dizia que por mais dinheiro no bolso das pessoas era inflacionário".
"Pelo menos agora, sem reconhecer que estava errado, já percebeu que esta inflação não é como a dos anos 70, é muito mais parecida com a dos anos 30" do século XX.