Legislativas 2022. Sondagem da Católica aponta para socialistas à frente com 39% dos votos
A nova sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e Público aponta para uma estimativa de resultado eleitoral de 39% dos socialistas e de 30% para o PSD. Em relação à sondagem realizada na semana passada, há um aumento do PS e uma diminuição dos sociais-democratas nas estimativas de cada partido. A vantagem alarga-se, mas não significaria maioria absoluta para os socialistas. Nas estimativas aqui delineadas, o Chega passa à frente da CDU e surge empatado com o Bloco de Esquerda no terceiro lugar.
De acordo com as estimativas de resultados eleitorais feita pela Católica, o PS conquistaria 39% dos votos. Há uma semana, sexta-feira, a sondagem apontava para uma estimativa de 38%. Um aumento de 1%.
Já o PSD vai em sentido contrário neste estudo. Conseguiria 30% dos votos, enquanto há uma semana tinha uma estimativa de 32% dos votos.
Este inquérito foi realizado entre os dias 6 e 10 de janeiro de 2022. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1246 inquiridos é de 2,8%, com um nível de confiança de 95%.
Já o Bloco de Esquerda conseguiria 6% dos votos, igual ao valor conseguido na sondagem de há uma semana.
O Chega sobe nas estimativas de resultados. Conseguiria agora 6% dos votos, enquanto na semana passada estava nos 5% e fica assim igualado com o Bloco de Esquerda no terceiro lugar.
A CDU desce. A estimativa é a de obter 5% dos votos. Há uma semana, a previsão era de 6%.
O Iniciativa Liberal conseguiria 4%, uma descida em relação à semana passada, quando conseguiria 5%.
PAN atingiria agora o resultado de 3%, quando na anterior sondagem conseguia 2%.
O CDS-PP teria agora 2%, mantendo a estimativa.
O Livre conseguiria 2%, uma subida de 1% em relação à estimativa da semana passada.
As presentes estimativas baseiam-se numa intenção direta de voto de 29% no PS, 21% no PSD, 5% no BE, 4% no Chega, 3% na CDU, 2% no IL, 2% no PAN, 1% no CDS-PP, 1% no Livre e 3% na categoria “Outros/Branco/nulo).
Distribuição de deputados
Com base nos resultados desta sondagem, a Católica chegou à seguinte estimativa de distribuição de deputados.
O PS conseguiria entre 104 e 113 deputados. Nas anteriores eleições, o PS conquistou 108 deputados.
O PSD conseguiria entre 81 e 89 deputados. Nas Legislativas de 2019 conseguiu 79 lugares no parlamento.
O Chega elegeria entre 6 a 12 deputados. Em 2019 elegeu apenas um deputado.
A CDU teria entre 4 e 10 deputados. Teve 12 deputados eleitos nas anteriores eleições.
A Iniciativa Liberal conseguiria eleger 3 a 7 deputados. Em 2019, elegeu um deputado.
O PAN teria entre 2 e 4 deputados. Nas Legislativas de 2019 conseguiu 4 lugares na Assembleia da República.
O CDS-PP tanto poderia ficar sem representação parlamentar como obter dois deputados. Em 2019 tinha eleito 5 deputados.
A Católica ressalva que com base nos resultados desta sondagem não é possível estimar a distribuição dos deputados dos círculos da Europa e de Fora da Europa. Para esta sondagem, assumiu a distribuição atual nestes círculos, de dois deputados para PS e dois para PSD.
Mulheres indecisas e homens mais perto do Chega
Quando questionados sobre qual a frase com que mais se identificavam, 66 por cento dos inquiridos optou pela opção “de certeza que iria votar”. 22% disse que “em princípio ia votar” e 7% “não sabe se iria votar”. Um por cento não tencionaria ir votar e 4% disse que “De certeza que não iria votar”.
“Independentemente das suas preferências, qual é que acha que vai ser o
partido mais votado nas próximas eleições legislativas?”. Perante esta
pergunta, 69% dos inquiridos consideraram que seria o PS o mais votado. 15% considera que será o PSD. 1,4% respondeu que seria outro e 14% “não sabe ou não responde”.
Fazendo uma análise demográfica aos resultados deste inquérito, podemos ver que as mulheres são as mais indecisas (24%).
O PS desce nos segmentos mais escolarizados.
A análise da Católica mostra que os níveis de participação eleitoral são muito diferenciados entre faixas etárias, o que poderá determinar o resultado da eleição, com relevância para a situação pandémica.
Ficha Técnica
Este inquérito foi realizado pelo CESOP– Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 6 e 10 de janeiro de 2022. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1246 inquéritos válidos, sendo 46% dos inquiridos mulheres, 31% da região Norte, 21% do Centro, 34% da A.M. de Lisboa, 6% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, região e voto nas legislativas de 2019. A taxa de resposta foi de 37%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1246 inquiridos é de 2,8%, com um nível de confiança de 95%.
Este inquérito foi realizado pelo CESOP– Universidade Católica Portuguesa para a RTP, Antena 1 e Público entre os dias 6 e 10 de janeiro de 2022. O universo alvo é composto pelos eleitores residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir duma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. Todas as entrevistas foram efetuadas por telefone (CATI). Os inquiridos foram informados do objetivo do estudo e demonstraram vontade de participar. Foram obtidos 1246 inquéritos válidos, sendo 46% dos inquiridos mulheres, 31% da região Norte, 21% do Centro, 34% da A.M. de Lisboa, 6% do Alentejo, 4% do Algarve, 2% da Madeira e 2% dos Açores. Todos os resultados obtidos foram depois ponderados de acordo com a distribuição da população por sexo, região e voto nas legislativas de 2019. A taxa de resposta foi de 37%. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 1246 inquiridos é de 2,8%, com um nível de confiança de 95%.