JPP quer ser "voz diferente" na República e acredita na eleição de deputados

por Lusa

O cabeça de lista do JPP pelo círculo da Madeira às eleições legislativas de 18 de maio, Filipe Sousa, afirmou hoje que a região autónoma precisa de uma "voz diferente" na República e mostrou-se confiante na eleição.

"Aquilo que os madeirenses precisam é de uma voz diferente, uma voz que não tem comandos em Lisboa, e acredito que desta vez será possível", disse, considerando que o Juntos Pelo Povo (JPP) poderá reforçar a votação face às eleições regionais antecipadas de 23 de março, em que obteve mais de 30 mil votos e elegeu 11 deputados ao parlamento regional.

"Poderá haver muitos (eleitores) que também se podem juntar para, de uma vez por todos, termos uma voz diferente na República", sustentou, acrescentando: "Acreditamos que a população da Madeira e do Porto Santo possa fazer história nestas eleições."

Filipe Sousa falava no âmbito de uma ação de campanha, no centro do Funchal, na qual sublinhou que o JPP se distingue dos "partidos tradicionais" pela sua "matriz humanista e de proximidade com a população" e, por isso, acredita que vai "marcar a diferença no panorama nacional".

"Os partidos tradicionais estão completamente submissos às lógicas partidárias e aos comandos em Lisboa e não conseguem resolver os problemas da autonomia", argumentou, para logo indicar alguns dados que provam o seu mau desempenho na Assembleia da República.

Filipe Sousa destacou a elevada taxa de desemprego jovem na Madeira, a taxa de população empregada em risco de pobreza, que disse afetar cerca 20 mil madeirenses, e a taxa de risco de exclusão, que abrange cerca de 70 mil pessoas, bem como a elevada dívida pública que "sufoca as finanças regionais em mais de 600 milhões de euros por ano".

O JPP nasceu de um movimento de cidadãos no concelho de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, cuja autarquia lidera desde 2013 com maioria absoluta, e tornou-se partido em 2015, ano em que elegeu cinco deputados ao parlamento regional.

Filipe Sousa é um dos fundadores e ex-presidente do partido, mas atualmente não assume nenhum cargo de dirigente, sendo presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz desde 2013, função que suspendeu em 07 de abril para encabeçar a lista às legislativas.

O JPP concorre em 10 círculos eleitorais: Coimbra, Braga, Faro, Setúbal, Porto, Lisboa, Madeira, Açores, Europa e Fora da Europa.

Nas eleições legislativas de 10 de março do ano passado, obteve 19.145 votos (0,31%), não conseguindo eleger nenhum deputado.

O círculo da Madeira elege seis deputados à Assembleia da República, onde atualmente têm assento três representantes do PSD, dois do PS e um do Chega.

Na Região Autónoma da Madeira, o JPP obteve o melhor resultado de sempre nas legislativas regionais antecipadas de março deste ano, com 11 deputados, e tornou-se líder da oposição ao ultrapassar o PS.

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