José Cesário acredita em menor abstenção entre a emigração

por Rosário Lira - RTP
Manuel de Almeida - Lusa

O secretário de Estado das Comunidades acredita que a participação dos portugueses residentes no estrangeiro nas próximas eleições legislativas poderá ser maior.

Em entrevista ao programa Decisão Nacional, da RTP Internacional, José Cesário lembrou a necessidade dos votos por via postal serem acompanhados de um documento de identificação, para “ter garantias que não temos chapeladas” e adiantou que se não houver problemas com os correios, nos diferentes países, “a participação será maior”. Sobre o facto de ser candidato às eleições pela Aliança Democrática pelo círculo fora da Europa, José Cesário não vê incompatibilidades com o trabalho diário e adianta que vai continuar junto das comunidades, afirmando-se otimista sobre um bom resultado para o seu partido. O secretário de Estado das Comunidades, espera que seja possível avançar com o projeto piloto de voto eletrónico já para as eleições presidenciais. Defende mesmo uma uniformização do sistema, através da utilização do voto eletrónico para todas as eleições em que os portugueses residentes no estrangeiro participam. Nesta entrevista adiantou que ainda não foi possível resolver a situação dos funcionários consulares no Brasil que recentemente fizeram uma greve de varias semanas por causa da desvalorização dos seus salários, porque há situações idênticas noutros países e todas terão de ser resolvidas de igual forma. Adianta que não tem dinheiro para resolver o problema e que no total precisaria de nove a dez milhões de euros. Já em relação aos professores também adianta que “gostaria que estivéssemos a pagar melhor” e revela, em relação à falta de professores, que se pudesse “não falta vontade de alterar radicalmente a rede”, permitindo deslocar os professores para os locais onde fazem mais falta. José Cesário adiantou também que os equipamentos de leitura eletrónica de dados biométricos vão ser substituídos no prazo de um ano coincidindo com a entrada em circulação do novo passaporte e referiu que todos os computadores dos funcionários consulares foram substituídos.

Em termos gerais considerou que há uma tendência para a normalização dos atrasos nos consulados e lembrou que neste momento há mais funcionários consulares do que há um ano, com a colocação no total de 150 trabalhadores.
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