João Oliveira sublinha conquistas do PCP na Geringonça. São "a espinha atravessada na garganta do capital"
No seu discurso durante o segundo dia do XXI do Congresso do PCP, o líder parlamentar dos comunistas, João Oliveira, recuou até ao XX Congresso, em 2016, o primeiro ano da Geringonça, para recordar o posicionamento e as conquistas do partido. João Oliveira sublinhou que as conquistas do PCP nos últimos quatro anos "são a espinha atravessa na garganta do capital".
O líder parlamentar dos comunistas afirma ainda que o partido acertou quando “preveniu acertadamente” que apesar da força do PCP nessa “correlação de forças”, que o Governo PS era “orientado pelas opções de classe e compromisso com a política de direita e a dimensão daquilo que se podia alcançar dependia essencialmente da luta e da intervenção do PCP”.
João Oliveira lembra que há quatro anos, o partido alertou “para a necessidade de combater ilusões relativamente às opções do PS e sentimentos e atitudes de expectativa que partiam da ideia errada de que a Assembleia da República e o Governo se encarregariam de resolver os problemas e corresponder aos anseios dos trabalhadores sem que para isso fosse preciso lutar”.
“Por muitas falsificações que ainda sejam tentadas, ficará para a história a reposição de direitos que se julgavam estar definitivamente perdidos e a conquista de outros que não se julgava possível alcançar. Ficará para a história a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo e ficará a espinha atravessada na garganta do capital por ter sido por influência, ação e iniciativa do PCP que tudo isso se conseguiu”, sublinhou João Oliveira.
Depois de ter reivindicado estes "avanços" no Orçamento, João Oliveira procurou assegurar que, ao abster-se na votação, a bancada comunista "agiu com total liberdade e independência, distanciando-se das opções que o Governo assumiu, mas não desperdiçando o que a luta dos trabalhadores e a intervenção do PCP permitiram que se alcançasse".
"Não falta quem queira limitar e condicionar a liberdade e independência do PCP, uns procurando que o partido lhes sirva de instrumento na estratégia para retomar ainda com mais força a política de exploração e empobrecimento interrompida em 2015; outros procurando condicionar o PCP na denúncia das opções da política de direita que comprometem o futuro do país", declarou o presidente do Grupo Parlamentar comunista.