Melo diz que há "falta de oferta" na habitação, Mortágua acusa Governo de esperar por "milagre"

por Andreia Martins, Mariana Ribeiro Soares, Rachel Mestre Mesquita - RTP

Os representantes do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua, e da AD - Coligação PSD/CDS, Nuno Melo, debateram esta quarta-feira de lados opostos em vários dossiers. A habitação dominou o arranque do debate, com o líder do CDS-PP a defender a aposta na construção, enquanto a bloquista vincou a importância de impor um teto às rendas. Na imigração, outro dos temas que esteve em destaque, Nuno Melo aponta que o BE defende uma "loucura" que faz com que os imigrantes venham "atrás de uma ilusão", enquanto Mariana Mortágua citou Paulo Portas para defender a importância dos imigrantes para a economia.

Foto: Pedro Pina - RTP

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Imigração. Melo acusa BE de "demanda ideológica", Mortágua denuncia "venturização"

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Nuno Melo acusa o Bloco de Esquerda de "loucura" e "demanda ideológica" que condena os imigrantes "à exploração e à fome". No debate desta noite com Joana Mortágua, a representante bloquista disse que há uma "venturização" da política em temas que o PSD disputa com a extrema-direita.

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Legislativas. Debate entre Joana Mortágua (BE) e Nuno Melo (AD)

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O debate entre Joana Mortágua, do Bloco de Esquerda, e Nuno Melo, da AD - coligação PSD/CDS.

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Debate RTP. Nuno Melo considera debates fundamentais para elucidar os eleitores

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O representante da AD - Coligação PSD/CDS saúda a oporunidade de mostrar propostas aos portugueses e ironizou em relação às dos bloquistas para a economia portuguesa.

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Debate RTP. Joana Mortágua espera ter contribuído para desmontar as mentiras sobre a guerra

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A deputada do Bloco de Esquerda sublinhou no final do debate com Nuno Melo, da AD - Coligação PSD/CDS, esta noite na RTP, que já uma vez Portugal esteve envolvido numa guerra [do Iraque] justificada com uma mentira, e na mesma altura por um governo formado por PSD e CDS-PP.

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Joana Mortágua diz que Nuno Melo "está em negação" em relação à NATO

Joana Mortágua considera que “Nuno Melo está em negação” em relação à NATO “e essa negação é perigosa”.

“A NATO é controlada pelo melhor aliado de Putin e só Nuno Melo é que ainda não percebeu que os EUA e a Rússia aliaram-se para saquear e pilhar a Ucrânia”, disse, salientando que é preciso “uma alternativa europeia”.

“A primeira mentira é que a Europa não tem capacidade defensiva em relação à Rússia”, apontou Mortágua, acrescentando que a segunda mentira é que “isto não nos sai do bolso”.

“Aquilo que nos estão a obrigar é a gastar 3% do PIB em armamento. Isso é mais do que o orçamento para a habitação”, afirmou.

“Acabou de dizer sem se rir que o Orçamento da Defesa é maior do que o da Educação. Dizem umas coisas com o ar mais cândido”, reagiu Nuno Melo.

“Uma Europa que abdica do Estado social, do combate às alterações climáticas, para fazer uma corrida ao armamento desnecessária, é uma Europa em que o Putin e Trump já ganharam”, rematou Mortágua.
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"Não há papão nenhum na Defesa", garante Nuno Melo

Na questão da Defesa, Nuno Melo começa por abordar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, afirmando que a posição do Bloco de Esquerda é uma “perfeita irresponsabilidade”, nomeadamente a questão de acabar com a NATO.

Melo garante que não há nenhum risco de sacrificar prestações sociais em nome de maior investimento na Defesa. “Não é papão nenhum”, afirma.

Quanto ao serviço militar obrigatório, o ministro da Defesa explica que “a opção é por uma via profissional de carreira e para já não está em causa nenhuma outra”.
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Mortágua condena associação da crise da habitação à imigração

“Acho a maior desfaçatez as tentativas e insinuações de associar a crise da habitação à imigração”, criticou Joana Mortágua.

“Não sei quem Nuno Melo acha que vai construir as 130 mil casas que a AD prometeu”, atirou, afirmando que “o mínimo que o Estado pode fazer é tratar estes trabalhadores [imigrantes] com respeito”.
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Nuno Melo diz que "loucura que o BE defende" faz com que imigrantes venham "atrás de uma ilusão"

Em resposta, Nuno Melo começa por comentar a citação de Paulo Portas. “Quando oiço a Joana Mortágua a citar Paulo Portas penso que nem tudo está perdido. Nestes dias pode ser que veja a luz”, disse o presidente do CDS, acrescentando: “Não me vai ouvir a citar o Louçã, pode ter a certeza”.

Passando para o tema da imigração, Nuno Melo diz que o resultado da “loucura que o BE defende que pode vir toda a gente como se fosse normal, faz com que hoje tenhamos muitos imigrantes que vieram atrás de uma ilusão a viver na rua”.

“Isto de humanismo não tem nada”, aponta, elogiando medidas do Governo como o fim da manifestação de interesses.
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"Até Paulo Portas percebe a necessidade que a nossa economia tem da imigração", diz Joana Mortágua

Sobre o tema da imigração, Joana Mortágua acusa o Governo de “imitar a extrema-direita no discurso sobre a imigração”.

Na ótica da bloquista, o Governo fez duas coisas: “mentiu ao país quando disse que Portugal era um dos países que recebia mais imigrantes e fez de conta ao dizer que ia limitar a entrada de imigrantes”.

“O Governo vai continuar a fazer de conta e os trabalhadores vão continuar a entrar”, apontou, citando de seguida Paulo Portas, quando perguntou “Quem é que nos vai servir à mesa nos restaurantes? Quem é que vai fazer os quartos dos hotéis? Quem é que vai para as gruas da construção civil? Quem é que faz a entraga das compras online?”.

“É uma novidade citar Paulo Portas”, disse o jornalista Hugo Gilberto. “Quando até Paulo Portas percebe a necessidade que a nossa economia tem da imigração, é preciso citar-se o bom senso”, respondeu Mortágua.

A bloquista terminou afirmando que “Portugal precisa de imigração regulada”. “Não se pode criar uma via em que os imigrantes vêm por encomenda dos empresários, deixando para todos os outros a clandestinidade, o trabalho ilegal”, disse, criticando a “via verde” para a imigração.

“Se não for pelos imigrantes as contribuições para a Segurança Social deixam de permitir pagar as pensões. Hipócrita é perceber que precisamos deles mas não os tratar com respeito”, rematou.
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Nuno Melo acusa BE de ser responsável pelo caos na saúde e argumenta que Governo só "teve 11 meses de vida"

A propósito da acusação do falhanço do Governo da AD na gestão da saúde feita por Joana Mortágua, Nuno Melo disse que o Governo só "teve 11 meses de vida" e acusou o BE de ter contribuído para o agravamento do caos na saúde, com o encerramento de parcerias público-privadas, "por decisões que foram ideológicas". Em resposta ao líder do CDS, Mortágua disse "ideológico é encerrar urgências para as entregar aos privados".

Nuno Melo responsabilizou o Bloco de Esquerda pela extinção de parcerias público-privadas (PPPs) que transformaram "hospitais extraordinários" em "hospitais cheios de problemas".

"A Joana Mortágua sim e a Mariana Mortágua são responsáveis pelo agravamento da saúde muito em Portugal por decisões que foram ideológicas", afirmou, ascrescentando adiante "eu testemunhei a excelência de um hospital (de Braga) que vocês destruiram, eu devo dizer que isso é quase criminoso".

Em reação às críticas de Nuno Melo, Mortágua disse que bastava ao Governo da AD "fazer um bocadinho melhor" mas em vez de cumprirem as promessas de salvar o Serviço Nacional de Saúde "afundaram o SNS".



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Mortágua diz que há uma "venturização da política do PSD"

A propósito das declarações de Luís Montenegro sobre a "montenegrização da oposição", Joana Mortágua considerou que não existe uma "montenegrização da política portuguesa" e denunciou a "venturização da política do PSD" que se traduz numa aproximação do PSD ao Chega.

"A montenegrização da política portuguesa é aproximação do PSD ao Chega" afirmou Joana Mortágua.

A bloquista disse que "a montenegrização da política portuguesa" é a crise na habitação, na saúde com as urgências encerradas e o caos no INEM.
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"Única hipótese de PS não governar". Nuno Melo apela à concentração de votos na AD

Questionado sobre se a Aliança Democrática deve assumir as suas responsabilidades caso seja o partido mais voto, Nuno Melo diz que Luís Montenegro "foi claríssimo" quando disse que só governaria se vencer as eleições. O líder do CDS considerou que é de "enorme importância" concentrar os votos na AD - Coligação PSD/CDS para o PS não governar.

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"Celebra-se cada vez que uma casa custa mais em Lisboa do que em Berlim", afirma Joana Mortágua

Joana Mortágua responde a Nuno Melo afirmando que o Bloco de Esquerda defende a construção de habitação "há muitos anos" mas assinala que "vai demorar muito tempo para que a construção permita baixar os preços da habitação". Até lá, se nada for feito, está-se a "condenar gerações inteiras à pobreza".

A bloquista assinala que "há 17 países da OCDE que têm alguma forma de controlo de rendas" e na Alemanha foram prolongadas medidas de controlo de rendas. Joana Mortágua diz ainda que há "interesses que estão por trás da especulação imobiliária" no trabalho desempenhado pelo PSD.

"Celebra-se cada vez que uma casa custa mais em Lisboa do que em Berlim", afirma Joana Mortágua. Com os aumentos das rendas e do preço das casas, "mais quatro anos disto é uma ameaça de despejo", vincou.

Interpelada por Nuno Melo a reconhecer que também o CDS-PP integra a coligação, Joana Mortágua refere que o hino de campanha da AD apenas menciona o líder do PSD. "Esqueceram-se de si", atirou.
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Teto às rendas é medida de Salazar em 1948, diz Nuno Melo

Nuno Melo associou-se, na sua resposta, à nota de pesar pelo falecimento de João Cravinho, assinalando depois a sua discordância com o Bloco de Esquerda em matéria de habitação.

Para o líder do CDS-PP, a origem do problema é a falta de construção nas últimas duas décadas, uma situação que leva a "falta de oferta".

Não há casas "esse é um problema que tem de ser resolvido", vincou. Nuno Melo afirmou ainda que a medida preconizada pelo Bloco "não é nova" e é mesmo de 1948, de Salazar, durante o Estado Novo.

Para além disso, é uma medida que promove, segundo Nuno Melo, um "ataque à propriedade privada", bem como a degradação do parque habitacional. Lembra a baixa do Porto "abandonada" e a baixa de Lisboa "decrépita" que há algumas décadas afastava "a classe média".

Quanto à medida aplicada em Amesterdão, o líder do CDS-PP vem afirmar que há autoridades dos Países Baixos a considerar que a lei tem de ser revertida, já que tem levado a vários problemas na habitação.
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AD espera "milagre das rosas" na habitação, diz o BE

A respeito da habitação, Joana Mortágua considera que a AD não é capaz de fazer o elogio do que a coligação fez na habitação, assinalando que "disparou" o número de famílias com dificuldade em pagar a casa.

"Todas as medidas que a AD sobre a habitação aumentaram o preço das casas", criticou. Mortágua descredibiliza ainda a "lengalenga" da construção, afirmando que esse é o "milagre das rosas" que a direita espera.

"As pessoas não podem ficar à espera de um milagre", vinca, considerando que o teto às rendas é uma medida imediata, uma medida que tem sido bandeira do Bloco de Esquerda.

Joana Mortágua sublinha ainda que esta é uma "medida experimentada na Europa" e que a situação da habitação é "uma desgraça que está a condenar a população à pobreza".
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Começa o debate entre Joana Mortágua e Nuno Melo

A primeira questão da noite é sobre a atualidade política: a abertura de uma averiguação preventiva a Pedro Nuno Santos. "Não vou fazer algo que Pedro Nuno Santos vem fazendo a Luís Montenegro" nos últimos meses, afirmou Nuno Melo, preferindo focar-se na discussão política.

Por sua vez, Joana Mortágua começou por lembrar João Cravinho e deixou uma nota de pesar pela morte do ex-ministro. Sobre a questão concreta colocada pelo moderador Hugo Gilberto, a bloquista também não quis falar da averiguação "Este debate é sobre os problemas do país", afirmou.
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