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Jerónimo diz que governo não tem futuro

por Maria Flor Pedroso

Para Jerónimo de Sousa o governo não tem a mesma legitimidade para governar. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, encerrou hoje o XIX Congresso com fortes críticas ao PS, avisando que os comunistas procuram a "convergência de esquerda" mas não abdicam da sua identidade.

Eleito por unanimidade para um terceiro mandato como secretário-geral, Jerónimo de Sousa disse que está disponível para o "diálogo" com outras forças, mas deixou um aviso: "Ninguém peça ou exija ao PCP que deixe de ser o que é", afirmou.

Jerónimo de Sousa afirmou que o PS "não dá resposta à contradição fundamental que é a de saber se é possível uma alternativa verdadeiramente de esquerda" e mantém-se "comprometido e identificado com a política de direita em questões estruturantes".

Reforçando uma ideia que perpassou ao longo do Congresso, Jerónimo de Sousa disse que o PCP só pela vontade do povo estará numa "solução alternativa" para um "governo patriótico e de esquerda" e "não por arranjos de poder" que exijam que o PCP deixe de ser o que é.

O XIX Congresso do PCP começou sexta-feira com a exigência da demissão do Governo PSD/CDS-PP e a convocação de eleições antecipadas que são "a saída legítima e necessária e para interromper o caminho de desastre do país".

(Com Marcos Celso)

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