O presidente da Transparência e Integridade defendeu, em entrevista à RTP, que é necessário esclarecer as "incongruências" do processo que levou à saída da atual secretária de Estado Alexandra Reis da TAP, que "são graves e, por isso, merecem um escrutínio público".
O responsável deixa o apelo para o fim deste tipo de acordos, principalmente em empresas que, como a TAP, têm investimentos públicos e vivem numa incerteza financeira profunda. O próprio Governo emitiu já um despacho em que pede esclarecimentos à TAP sobre a forma como foi calculado o valor de 500 mil euros para a indemnização.
A secretária de Estado do Tesouro garante que devolveria a indemnização que recebeu da TAP, caso o montante de 500 mil euros tivesse sido pago ilegalmente. Alexandra Reis alega que a rescisão do contrato foi solicitada pela companhia aérea.
Em comunicado enviado à CMVM, a 4 de fevereiro deste ano, a TAP referia que, "na sequência da alteração da estrutura societária" da empresa, Alexandra Reis renunciava ao cargo. Contudo, a governante afirmou na segunda-feira à agência Lusa que o contrato foi cessado por vontade da companhia aérea.