O cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal ao Parlamento Europeu afirmou hoje que a Europa precisa de crescer economicamente para responder aos desafios, do alargamento à mudança das fontes de energia, e dar melhores oportunidades às pessoas.
No final de um almoço, em Lisboa, naquela que é a única ação de campanha do dia, João Cotrim de Figueiredo referiu que a Europa tem de resolver a questão da Ucrânia, da mudança das fontes de energia e da adaptação da sociedade às tecnologias, "tudo desafios importantíssimos, complexos e caros".
Por isso, se a Europa quer ter hipóteses de enfrentar com sucesso estes desafios tem de ter a capacidade de gerar recursos financeiros.
"É o crescimento económico que gera oportunidades para que possamos efetivamente pagar cada vez melhor aos europeus e, desde logo, aos nossos jovens que entram no mercado de trabalho", entendeu.
O crescimento económico dá oportunidade às pessoas de ter melhores salários e melhores condições de vida, acrescentou.
Segundo o candidato liberal, a Europa está "a pouco tempo de poder ter dificuldades sérias em dar a devida compensação aos europeus que querem ficar na Europa".
Sublinhando que o crescimento económico não é um problema económico, mas sim político, João Cotrim de Figueiredo considerou que é fácil voltar a crescer com uma visão mais integrada e a remoção de obstáculos.
"A Europa já cresceu fortemente e cresceu fortemente numa altura em que estava muito mais integrada ou começou a estar mais integrada do que tinha estado no passado. O facto de integrar mercados, procedimentos, formas de fazer coisas e de remover obstáculos provoca crescimento", atirou.
Na sua opinião, é "relativamente fácil retomar essa via de crescimento" e ultrapassar o atraso que hoje "é evidente" em termos de inovação, atração de talentos e investimento.
"A nossa preocupação nesta campanha toda tem sido voltar a fazer da Europa aquele sítio que já foi não por saudosismo, mas quase por futurismo", ressalvou.
João Cotrim de Figueiredo realçou que o objetivo é que no futuro alguém possa dizer que a Europa é "um espaço de paz, de liberdade e de prosperidade".
E uma das medidas, na sua visão, passa por voltar a aprofundar o mercado único que hoje tem "mais obstáculos de circulação de alguns bens" do que tinha há 40 anos.
"Há mais dificuldades, há mais regras, há mais burocracia e há mais normas técnicas para cumprir e tudo isso tem evitado um crescimento económico mais robusto", opinou.
O mercado único já não pode ser só o mercado de circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, mas também o de circulação livre de conhecimento.
Segundo o cabeça-de-lista, é preciso voltar a dar ao mercado único um papel central nas políticas europeias.