O PS ganhou em Lisboa como nunca, mas também Cristas assumiu um "resultado histórico". Histórico foi igualmente o resultado do PSD: caiu para terceira força na capital. Rui Moreira, o independente apoiado pelo CDS-PP no Porto, conseguiu a maioria absoluta na autarquia e aproveitou para atacar PS e PSD.
"É um privilégio poder continuar a servir a cidade", afirmou Medina.
Também o CDS-PP celebrou um “resultado histórico” em Lisboa. A candidatura era liderada pela presidente do partido, Assunção Cristas, que rebentou todas as sondagens e se tornou a segunda força na capital.
Assunção Cristas festejou a vitória, referindo que o CDS-PP não só alcançou os seus objetivos a nível nacional como os reforçou. Quanto a Lisboa, prometeu a Medina, a quem felicitou, "uma oposição muito firme e muito construtiva".
Apesar do segundo lugar sem contestação, o resultado dos centristas não foi suficiente para ameaçar Medina, que primeiro assumiu a liderança da autarquia em 2015, quando António Costa se tornou primeiro-ministro.
PSD terceira força com a CDU
A votação na capital ficou ainda marcada pelo fraco resultado obtido pela candidata do PSD, Teresa Leal Coelho, que ficou em terceiro lugar, a par da CDU.
A candidata assumiu a responsabilidade pela derrota.
Manuela Ferreira Leite ficou quase sem palavras perante estes resultados. “Estou atónita, chocada, estes resultados são demasiado maus”, reagiu a dirigente histórica dos social-democratas.
O candidato da CDU, João Ferreira, sublinhou o avanço da coligação na capital. E prometeu que a sua eleição irá “pesar na luta pelo direito à cidade”.
Ferreira adiantou que o eventual reforço da coligação que junta comunistas, ecologistas e independentes na capital portuguesa acontece "num quadro político consideravelmente mais difícil do que há quatro anos".
Já o candidato do Bloco de Esquerda, Ricardo Robles, foi eleito vereador. Promete "cumprir o mandato por inteiro".
"É a garantia de um vereador a tempo inteiro em Lisboa do Bloco de Esquerda", reagiu feliz a coordenadora do BE, Catarina Martins.
Moreira ataca PS e PSD
No Porto, Rui Moreira, independente apoiado pelo CDS-PP, dominou toda a concorrência, garantindo a reeleição com maioria absoluta na Câmara.
O discurso de vitória ficou marcado por alguns recados a socialistas e social-democratas.
A segunda posição foi alcançada por Manuel Pizarro, o candidato socialista que assumiu a candidatura depois do rompimento do acordo com Moreira em maio.
Pizarro diz que o PS “travou uma batalha terrível”.
Já o PSD, com a lista “Porto Autêntico”, perdeu metade da votação de 2013 e ganhou apenas a freguesia de Paranhos.
“Não conseguimos vencer”, lamentou Álvaro Almeida, prometendo contudo que o partido irá “cumprir os mandatos”.