O presidente do PSD e recandidato ao cargo, Rui Rio, avançou esta quarta-feira em entrevista à RTP3 que está disponível para viabilizar um governo do PS, caso a direita não seja maioritária nas próximas eleições legislativas, marcadas para 30 de janeiro.
“Eu estou disponível para negociar à minha esquerda – leia-se PS – e à minha direita – leia-se CDS e Iniciativa Liberal”, assegurou Rui Rio, explicando que à direita admitiria a integração de membros desses partidos no governo, mas que tal não se aplicaria ao PS.
“Isso seria o Bloco Central, e eu não vejo necessidade disso. Chega a ser perigoso, porque depois as extremas podem subir”, defendeu.
“Eu não compreendo quem, inclusive no meu partido, critica tanto o doutor António Costa de ter-se encostado completamente ao PC e ao Bloco de Esquerda”, mas ao mesmo tempo diz “mas comigo, nem converso”, declarou.
“Eu ganhar as eleições e depois haver uma coligação com o Chega da mesma forma que pode haver com a IL ou com o CDS, não”, sublinhou. “Como o Chega diz que não há Chega se não houver ministros do Chega no governo, o problema desapareceu”.
Questionado sobre se Paulo Rangel, com quem disputará eleições diretas para a presidência do PSD a 27 de novembro, estará preparado para essa função, Rio respondeu: "acho que não, ninguém consegue estar preparado [para ser primeiro-ministro] dois meses depois" de eleições internas.
"Não está, isto para mim é claro. Se me dissessem, quando entrei para o PSD em fevereiro [de 2018], que em maio ia disputar legislativas... eu não estava. Ainda por cima dois meses e com disputa interna", afirmou.