Governo reage a críticas e reitera que não recomendou o cancelamento de sessões evocativas do 25 de Abril

por RTP
António Cotrim - Lusa

Em nota enviada esta quinta-feira às redações, o gabinete do primeiro-ministro frisou que o Governo não restringiu nem recomendou o cancelamento de quaisquer sessões evocativas do 25 de Abril, nas quais sempre disse que irá participar, apenas adiou para o dia 1 de maio o evento festivo na residência oficial do primeiro-ministro.

É a resposta às críticas que esta quinta-feira têm sido dirigidas ao Governo por se demarcar das festividades de comemoração dos 51 anos do 25 de Abril, anunciado na véspera no final do Conselho de Ministros, pela voz de Leitão Amaro, evocando a reserva que o luto nacional deverá estar associado.

E é precisamente ao que foi dito na conferência de imprensa subsequente ao Conselho de Ministro que a nota agora emitida recorre, esclarecendo que o decreto de luto nacional “não impõe ou fixa, ele próprio, quaisquer medidas ou restrições específicas às atividades de entidades e pessoas públicas ou privadas. O Decreto limita-se a determinar o luto e fixar as respetivas datas”.

Mais adianta que a opção de conduta face ao eventos festivos, definidas pelo Governo “aplica-se aos seus membros” e “em nenhum momento foram dadas instruções relativamente a atividades de outras entidades (incluindo municípios e associações) ou das populações”Esclarece que o Governo vai participar na sessão solene na Assembleia da República, e em cerimónias oficiais de municípios, muitas delas com momentos de homenagem ao Papa..

O Executivo decidiu ainda adiar o programa festivo que estava previsto para São Bento para dia 1 de maio, “mas não foram cancelados”. Ressalva que “a tradicional abertura da Residência Oficial (jardins e piso térreo), com distribuição de cravos, mantém-se no dia 25 de Abril”.

Os membros do Governo não participarão em outros eventos festivos que se realizem dentro do período de luto nacional, como sejam inaugurações, celebrações ou festas organizadas por entidades nacionais ou locais, por outros motivos não relacionados com o 51º aniversário do 25 de Abril, de acordo com o entendimento sobre o dever de reserva decorrente do luto nacional”, refere a nota do Gabinete do primeiro-ministro.

Nos edifícios públicos, a bandeira nacional será hasteada a meia-haste.
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