O executivo de Luís Montenegro anunciou esta sexta-feira que pretende "mais do que duplicar" a oferta pública de habitação, com a construção de 58.993 casas até 2030. Inicialmente estavam previstas 26 mil novas habitações até 2026 no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
O primeiro-ministro, Luís Montenegro e o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, apresentaram esta sexta-feira o reforço do investimento na oferta pública de habitação.
“O Governo aprovou um novo reforço de 2.011 milhões de euros, totalizando um investimento adicional total, face ao previsto, de 2,8 mil milhões de euros, verba que será financiada pelo Orçamento do Estado”, salienta.
O executivo considera que a dotação financeira para o programa de apoio no acesso à habitação do PRR “não acautelou as reais necessidades de habitação do país”.
Em Alcanena, na visita a um parque habitacional, Luís Montenegro explicou a decisão tomada em Conselho de Ministros.
O primeiro-ministro destaca a "aposta inequívoca na habitação pública" por parte do Governo para que os portugueses possam ter uma "casa condigna", seja pela via do arrendamento ou da aquisição.
Os 33 mil novos fogos que acrescem à habitação já prevista até 2026 vão ajudar à resolução da questão, mas o chefe de Governo reconhece que "não é possível ultrapassar constrangimentos dos últimos 30 anos" em poucos meses de governação.
Luís Montenegro vincou ainda que a medida "não põe em causa o equilíbrio das contas do Estado".
Por sua vez, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, explicou porque é que o Governo decidiu aumentar o número de fogos previstos.
Esta é "uma absoluta revolução" e "o maior investimento público em habitação nas últimas décadas", vincou o governante.