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Forças de segurança. MAI admite que não foi "suficientemente clara" sobre direito à greve

por João Alexandre

Rodrigo Lobo - RTP

A ministra da Administração Interna (MAI) reconhece não ter sido "clara" quando admitiu a possibilidade de discutir com sindicatos e associações socioprofissionais o tema do direito à greve nas forças de segurança, mas recusa dar uma opinião pessoal sobre o tema.

"Todos os sindicatos sabem que essa pretensão, além de discutível constitucionalidade, não está no Programa do Governo e nunca seria aceite pelo Governo. No entanto, sempre defendi o diálogo e numa negociação não posso dizer que há temas que não se podem abordar", disse a ministra, que acrescentou: "Percebi depois, pelo eco das minhas declarações, percebi que não fui suficientemente clara e foi por isso que decidi emitir o esclarecimento".

Incentivada pela líder parlamentar da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão, a indicar a posição pessoal sobre a matéria, Margarida Blasco recusou: "Face àquilo que eu acabei de dizer, não tenho nada mais a acrescentar".

Perante os deputados, durante a audição no âmbito da discussão do Orçamento do Estado na fase de especialidade, a governante sublinhou que o estatuto dos polícias, a valorização e dignificação das suas carreiras são uma "preocupação" do Executivo da AD.

Margarida Blasco deixou ainda um reparo ao que considera ter sido o "aproveitamento" de alguns agentes políticos.

"Com aproveitamentos políticos, mais ou menos populistas, por respeito aos polícias, não pactuo", vincou a ministra da Administração Interna.

No início do mês, Margarida Blasco afirmou que a questão do direito à greve estava em cima da mesa nas negociações com as forças de segurança, mas acabou por corrigir a informação através de um comunicado do ministério.

O primeiro-ministro também já veio a público dar conta de que essa não é uma possibilidade.



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