"Este caso pode ser uma bênção para Pedro Nuno Santos e o PS"

por João Alexandre - Antena 1
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Fotografias: Gonçalo Costa Martins

Eurico Brilhante Dias, ex-líder parlamentar do PS, considera que a abertura de uma averiguação preventiva a Pedro Nuno Santos pela compra de dois imóveis não fragiliza a candidatura - e a campanha eleitoral - e que pode, inclusive, ser benéfica para o secretário-geral do partido e para os socialistas.

"Este caso pode ser uma autêntica bênção para o PS e para Pedro Nuno Santos. A diferença de abordagem [por parte do líder do PS e por parte do primeiro-ministro] é de tal forma evidente que, aos olhos dos portugueses, não há a mínima comparação", afirma, em declarações à Antena 1, o socialista que sublinha: "Pedro Nuno Santos enfrentou os portugueses, falou dos números - euro a euro - e afirmou de forma perentória que ia colocar todos os documentos num site para estarem disponíveis a todos".

Para o ex-secretário de Estado do Governo de António Costa - e cabeça de lista do PS nas eleições legislativas antecipadas -, o líder do PS teve uma abordagem ao caso noticiado pelo jornal Observador que se distingue de forma "clara" da abordagem de Luís Montenegro.

"Marca a linha divisória clara entre um homem transparente e que clarificou tudo o que tinha a clarificar, o que compara - e compara mal - para Luís Montenegro, um primeiro-ministro que mergulhou o país numa crise política por causa da sua circunstância pessoal", aponta Eurico Brilhante Dias.
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No programa Entre Políticos, o deputado e ex-líder parlamentar salientou ainda que, à imagem de Pedro Nuno Santos, também "estranha" o momento em que é noticiada e confirmada pelo Ministério Público a informação sobre averiguação preventiva ao líder socialista, mas sublinha: "Este é um caso que tem mais de um ano e que foi tema nas últimas eleições legislativas. E foi completamente esclarecido".

"Aparentemente, há uma denúncia anónima recente. Não sei se o Ministério Público decidiu informar ou se não decidiu. Se terá havido uma fuga ou se terá sido o denunciante a informar um órgão de comunicação social, mas o Ministério Público entendeu fazer uma averiguação preventiva", adianta Eurico Brilhante Dias.

À Antena 1, o socialista afirma ainda que há "uma crescente preocupação por parte da direita" e remata: "Os portugueses já consolidaram a ideia de que vamos a eleições porque o primeiro-ministro quis".
AD recusa "fazer o que foi feito" a Luís Montenegro
Depois de ter ouvido o líder do CDS-PP, Nuno Melo, rejeitar comentar o caso da compra de duas casas por parte de Pedro Nuno Santos, também Paulo Núncio, atual líder parlamentar centrista, recusou, no programa Entre Políticos, alongar-se em comentários sobre o assunto.

"Recuso-me a comentar a averiguação do Procurador-Geral da República a Pedro Nuno Santos, porque me recuso a fazer ao secretário-Geral do PS aquilo que ele tem feito a Luís Montenegro nos últimos 40 dias", disse.

Para o ex-secretário de Estado do Governo de Pedro Passos Coelho, o combate eleitoral deve ser feito com "decência" e defende que foi essa a mensagem transmitida pelo partido: "Esta foi uma posição muito clara apresentada por Nuno Melo [no debate que teve com Jornal Mortágua] e eu acho que que demonstra elevação, decência e, acima de tudo, coerência com aquilo que temos dito nos últimos tempos".

Sem querer alinhar com uma ideia de "reciprocidade" quanto ao tratamento dos casos, Paulo Núncio, refere, em declarações à Antena 1, que posição da AD é, desde o início, diferente da dos socialistas.
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"O PS avançou para uma campanha de calúnias e insinuações pessoais contra o primeiro-ministro. Luís Montenegro não cometeu qualquer ilegalidade. Nada se pode apontar e, apesar disso, o PS decidiu fazer do caso o se cavalo de batalha para derrubar o Governo", diz o centrista.

Paulo Núncio garante ainda que, apesar das informações vindas a público sobre os líderes do PS e do PSD, a AD não faz depender o modelo de abordagem da campanha eleitoral das posições e ações dos restantes partidos.

"Nem do que os outros partidos façam nem daquilo que o PS decida continuar a fazer. Queremos fazer uma campanha pela positiva, defendendo o que se fez - e o que se fez bem - na governação dos últimos 11 meses e apresentado soluções para os problemas dos portugueses", conclui.
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