Entrevista à RTP. José Luís Carneiro afirma ter as melhores condições para travar a direita
Foto: João Marques - RTP
Em entrevista ao Telejornal da RTP, o candidato a secretário-geral do PS prometeu dialogar com o centro e com a esquerda. José Luís Carneiro afirmou ainda que tem "as melhores condições para impedir a direita de ganhar as eleições".
"O poder que me for conferido será colocado ao serviço do interesse nacional, ao interesse do país", vincou. Sobre um eventual acordo entre o PSD e o Chega, José Luís Carneiro recusou-se a "diabolizar o centro político e social que tem dado maiorias à esquerda democrática e ao centro democrático e social".
Telefonema para a RTP foi apenas "diálogo"
Negou ainda que tenha sido um telefonema de protesto, mas que apenas procurou "desenvolver um diálogo de cooperação institucional sem colocar em causa a liberdade de expressão", mas de forma a "tranquilizar a direção e o comando" da GNR e PSP.
"Despolarizar" a sociedade
Sobre o adversário nesta luta interna do PS, considerou que "só não comete erros quem não executa, quem não faz". Esses erros acabaram por ter "impacto na imagem pública do Governo", mas "todos devemos ter essa humildade de aprender com os erros", considerou.
Por fim, sobre o legado dos oito anos de governação de António Costa, José Luís Carneiro disse ter "honra e orgulho" do caminho trilhado, considerando que houve bons resultados a nível social e económico.
Recusou que Portugal esteja em piores condições que outros países europeus pelos quais foi ultrapassado ao nível de riqueza per capita e destacou que, nesses países, há "desigualdades atrozes e profundas". Portugal, por seu lado, "cresce economicamente" e "tem coesão social e coesão económica", defendeu.
José Luís Carneiro deu como exemplo os avanços na saúde, reconhecendo ainda assim as dificuldades levantadas pelo "envelhecimento e desafio demográfico".