Entrevista à RTP. Pedro Nuno Santos avisa que estas eleições são decisivas para as mulheres
Foto: António Pedro Santos - Lusa
O secretário-geral do Partido Socialista avisa que as eleições do próximo domingo, 10 de março, são decisivas para os direitos das mulheres. Em entrevista ao jornalista Hugo Gilberto, na RTP, Pedro Nuno Santos lembra que só com o PS é que estes direitos estão garantidos.
Pedro Nuno Santos disse que a escolha reside em “saber se nós queremos uma mudança que nos permita continuar a avançar, ou se é uma mudança que significaria um regresso ao passado, é isso que representa a AD”. “Nenhum português quer voltar a 2015”, acrescentou.
“Vamos defender as mulheres de Portugal”
Nesta entrevista à RTP, Pedro Nuno Santos afirmou que as mulheres sempre foram importantes para o Partido Socialista, ao contrário da “AD, a direita portuguesa, o PSD que nunca valorizou o papel da mulher na sociedade portuguesa”.
“Gabam-se de criar dificuldades no acesso à interrupção voluntária da gravidez ” acusou o secretário-geral do PS, referindo-se à recente proposta de um novo referendo para reverter a lei do aborto, feita pelo vice-presidente do CDS-PP, Paulo Núncio, sem mencionar o seu nome.
“Nós valorizamos e queremos continuar a valorizar e a defender as mulheres”, afirmou Pedro Nuno Santos.
“Eles fizeram cortes nas pensões por convicção” Questionado sobre se os pensionistas já se reconciliaram com o PSD, Pedro Nuno Santos considerou “que é impossível isso acontecer porque foram enganados”. O líder socialista disse que “no passado os candidatos sociais-democratas que garantiram que não iam cortar mais pensões, na verdade tentaramcortar mais com pensões a partir dos 600 euros, (tentaram) que (os cortes) fossem permanentes”.
Ao contrário do Partido Socialista que disse ter feito “seis aumentos extraordinários nas pensões” acusa a direita de Passos Coelho de ter feito “cortes nas pensões por convicção”.
“Nós temos o melhor projeto para o país”
Pedro Nuno Santos garante que o PS tem “o melhor projeto para o país” uma vez que considera que “para além das ideias, de um bom diagnóstico e da experiência nós temos essa capacidade de fazer de concretizar, de avançar que eu não reconheço no PSD nem na AD”.
Admitiu ainda estar consciente “que não está tudo bem” no país, mas quer “aproveitar a estabilidade financeira e orçamental conseguida” nos últimos anos “para melhorar os serviços públicos, as pensões e os salários”, e acusa a AD de “querer dar borlas fiscais” e “passar cheques a quem não precisa deles”.