Reportagem

PSD ganha na Madeira sem maioria absoluta. O filme da noite eleitoral

por Inês Geraldo, Mariana Ribeiro Soares, Andreia Martins - RTP

O PSD Madeira foi o grande vencedor das eleições regionais de 2025. O partido liderado por Miguel Albuquerque conseguiu eleger 23 deputados tendo ficado a apenas um da maioria absoluta no parlamento regional madeirense.

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Foto: Gregório Cunha - Lusa

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por Mariana Ribeiro Soares - RTP

PSD vence eleições na Madeira mas fica a um deputado da maioria absoluta

Gregorio Cunha - Lusa

O PSD voltou a vencer as eleições regionais da Madeira, conquistando 43,43% dos votos. Com 23 deputados eleitos, o partido de Miguel Albuquerque fica a um mandato da maioria absoluta. O grande derrotado da noite foi o PS, que ficou atrás do JPP e perdeu três deputados.

Os resultados das eleições deste domingo dão uma clara vitória ao PSD Madeira, que conquistou 43,43% dos votos. O partido de Miguel Albuquerque conseguiu, assim, eleger 23 deputados, mais quatro do que nas últimas eleições. Ainda assim, ficou a um parlamentar da maioria absoluta. A abstenção ficou nos 44,02%, inferior à de 46,60% registada nas eleições anteriores.

Em segundo lugar surge o JPP, que pela primeira vez ultrapassou o PS. O Juntos Pelo Povo conquistou 21,05% dos votos e onze mandatos, mais dois do que nas últimas eleições.

Em terceiro lugar surge o PS, o grande derrotado da noite. O Partido Socialista conquistou 15,64% dos votos, o que equivale a oito deputados – menos três do que os eleitos o ano passado.

O Chega obteve 5,47% dos votos e perdeu um deputado, ficando agora com três. O CDS-PP perdeu um deputado, elegendo apenas um, assim como a Iniciativa Liberal. 

O PAN recebeu 1,62% dos votos e perdeu a deputado única na Assembleia. A CDU e o Bloco de Esquerda também continuam excluídos do Parlamento regional, tendo conquistado 1,78% e 1,11% dos votos, respetivamente.
Albuquerque saúda maior votação desde 2015
Miguel Albuquerque celebrou a "grande vitória" do PSD nas eleições regionais da Madeira, salientando que esta foi "uma clara derrota da coligação de esquerda e da agenda de maledicência que imperou".

Apesar de ter ficado aquém da maioria absoluta, o presidente do Governo Regional destacou que o partido alcançou a maior votação desde 2015. "O PSD ganhou em dez dos onze concelhos e em 50 das 54 freguesias da Madeira. Subimos mais 13 mil votos e tivemos a maior votação de sempre no PSD Madeira desde que eu assumi a liderança", destacou Albuquerque, sublinhando que ficou apenas a 300 votos de eleger o 24º deputado e de obter a maioria absoluta.

Miguel Albuquerque governa a Madeira desde 2015, tendo chegado ao poder após quase quatro décadas de Alberto João Jardim na liderança do PSD Madeira e do Governo regional. Nestes últimos dez anos, Albuquerque conseguiu apenas conseguiu uma maioria absoluta para o PSD, logo nas primeiras eleições. 

Nas últimas três eleições, os social-democratas ficaram aquém desse objetivo, necessitando do CDS-PP e depois do PAN para governar.
Marcelo dá como adquirida coligação entre PSD e CDS

Questionado sobre uma eventual coligação com o CDS-PP, como fez nas últimas eleições, Miguel Albuquerque diz que ainda não falou com ninguém e que vão fazê-lo "com calma". "É evidente que os nossos parceiros privilegiados todos sabem quem são", acrescentou.

Do lado do CDS-PP, Nuno Melo adianta que a decisão sobre um eventual acordo de incidência parlamentar cabe à representação do partido na Madeira, mas não o descarta.

Já o presidente da República dá como certa uma "maioria absoluta" na Madeira entre os deputados do PSD e CDS, afirmando que os madeirenses "escolheram a solução da estabilidade e não propriamente soluções alternativas". 
Três eleições em ano e meio
As eleições deste domingo foram as terceiras em ano e meio. Foram convocadas após a aprovação de uma moção de censura inédita, em dezembro último, tendo sido a primeira vez que um Governo regional da Madeira caiu por esta via em 50 anos de democracia. 

A moção foi apresentada pelo Chega após o chumbo do Orçamento da Madeira, que veio prolongar a crise política na Madeira, que se arrasta desde a megaoperação policial, desencadeada em janeiro de 2024.

Mais de uma centena de inspetores da Polícia Judiciária e outros peritos do continente viajaram, na altura, para a Madeira para realizarem centenas de buscas por suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido no âmbito deste processo mas recusou demitir-se.
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por RTP

Ventura assume resultado aquém do desejado na Madeira

Foto: João Relvas - Lusa

André Ventura frisou que o Chega vai continuar a rejeitar qualquer entendimento com o Governo liderado por Miguel Albuquerque, afirmando que o partido não cede nos seus princípios e na luta contra a corrupção.

O presidente do partido afirmou ainda que o Chega liderou a oposição ao apresentar a moção de censura que levou a estas eleições antecipadas. "Não temos medo de ir a votos", vincou.
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por RTP

Marcelo diz que madeirenses optaram por "estabilidade"

Foto: Rodrigo Antunes - Lusa

No final do jogo entre Portugal e a Dinamarca, a contar para a Liga das Nações, Marcelo Rebelo de Sousa falou sobre as eleições regionais na Madeira.

O chefe de Estado considerou que PSD e CDS têm de facto uma maioria absoluta e que os eleitores "escolheram a solução da estabilidade e não propriamente soluções alternativas".

Marcelo Rebelo de Sousa não quis tirar conclusões sobre estes resultados a nível nacional, quando faltam menos de dois meses para as eleições legislativas antecipadas.
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por RTP

BE diz que resultado só pode ter "leitura regional"

Foto: Homem de Gouveia - Lusa

Fabian Figueiredo, do Bloco de Esquerda, considera que o resultado do partido na Madeira só pode ter uma leitura regional. "Não se pode fazer nenhuma leitura nacional", vincou.

Por fim, prometeu ainda apresentar uma candidatura forte na Madeira às próximas legislativas.
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Madeira. PAN diz que perda de deputada é significativa para a causa animal

O PAN Madeira disse este domingo que a perda de representação no parlamento regional é uma grande perda para a causa animal.

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por RTP

Paulo Raimundo não concorda com a escolha dos madeirenses

Foto: Rui Minderico - Lusa

Paulo Raimundo admitiu derrota apesar de garantir que vai continuar a tentar proteger os madeirenses.

"Enviamos uma saudação a todos os que votaram na CDU, muitos deles pela primeira vez. O seu voto valeu a pena e vai continuar a valer a pena".
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Chega não se sente penalizado nas urnas

Em resposta aos jornalistas, Miguel Castro rejeita que o Chega tenha sido penalizado pela moção de censura que apresentou ao Governo de Miguel Albuquerque.

"Mesmo que os madeirenses nos dessem um cartão vermelho e nos tirassem do Governo regional, nós íamos na mesma convictos de que tínhamos feito aquilo que achávamos que era mais indicado", acrescentou.
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JPP saúda grande resultado à frente do PS

Foto: Homem de Gouveia - Lusa

Élvio Sousa cantou vitória esta noite depois de o JPP ter conseguido o segundo lugar nas eleições regionais com a eleição de onze deputados. Depois de congratular o PSD, Élvio Sousa lembrou que o partido regional é a segunda grande força política na Madeira, à frente do PS.

"Vencemos o nosso reduto em Santa Cruz, ficámos em segundo lugar em seis municípios da região que é um ponto de partida para a afirmação do Juntos Pelo Povo".

Élvio Sousa lembrou que o JPP é projeto de futuro de afirmação regional, afirmando que não existe apenas PSD e PS e que o JPP vem anunciar um mundo novo.
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CDS Madeira poderá coligar-se ao PSD para formar maioria

Nuno Melo, líder do CDS, adianta que a decisão sobre um eventual acordo de incidência parlamentar cabe à representação do partido na Madeira.

Sem assumir desde logo o acordo com o partido liderado por Miguel Albuquerque, o presidente do CDS-PP salienta que o seu partido não esteve na origem da crise política e que os responsáveis "pagaram caro" nas urnas.

Nuno Melo frisou que o resultado de hoje dá à Madeira estabilidade governativa para os próximos quatro anos.

"Exatamente o que também seria bom que acontecesse no país inteiro", acrescentou sobre as eleições legislativas a nível nacional, que se realizam em maio.
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Albuquerque saúda "clara derrota da coligação de esquerda e da agenda de maledicência"

Foto: Gregório Cunha - Lusa

Miguel Albuquerque celebrou a "grande vitória" do PSD nas eleições regionais da Madeira, salientando que esta foi "uma clara derrota da coligação de esquerda e da agenda de maledicência que imperou".

O presidente do Governo regional agradeceu a confiança do povo madeirense, que, na sua opinião, "confirmou que quer estabilidade e um governo para quatro anos. Não quer brincadeiras de partidos".

"O PSD ganhou em dez dos 11 concelhos e em 50 das 54 freguesias da Madeira. Subimos mais 13 mil votos e tivemos a maior votação de sempre no PSD Madeira desde que eu assumi a liderança", destacou Albuquerque, sublinhando que ficou apenas a 300 votos de eleger o 24º deputado e de obter a maioria absoluta.

"É a demonstração do rumo que o povo madeirense quer prosseguir e é uma clara derrota da coligação de esquerda e da agenda de maledicência que imperou", asseverou.

Questionado sobre uma eventual coligação com o CDS-PP, Miguel Albuquerque diz que ainda não falou com ninguém e que vão fazê-lo "com calma". "É evidente que os nossos parceiros privilegiados todos sabem quem são", acrescentou.
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PAN perde única deputada na Assembleia Legislativa Regional

O PAN - Pessoas-Animais-Natureza perdeu hoje a sua única representação na Assembleia Legislativa da Madeira ao não ter conseguido eleger deputados nas eleições legislativas antecipadas, segundo os dados oficiais provisórios.

O partido conseguiu 2.322 votos, correspondendo a 1,62% dos votos, e foi a 8.ª força mais votada. Nas eleições regionais realizadas em 26 de maio de 2024, o PAN tinha obtido 2.531 votos (1,90%).

A deputada Mónica Freitas falhou assim a reeleição para o parlamento madeirense.

O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais antecipadas da Madeira, falhando por um deputado a maioria absoluta, de acordo com os dados oficiais provisórios, com todas as freguesias apuradas.

Segundo informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 43,43% dos votos e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados.

O CDS-PP, que já governou com o PSD e que nesta legislatura tinha um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas, tem um deputado, com 3,00% dos votos.

A maioria absoluta requer 24 assentos. Em 2019 e 2023 os sociais-democratas precisaram fazer acordos parlamentares (primeiro com o CDS-PP e depois com o PAN) para atingir este número.

A taxa de abstenção nas regionais da Madeira de hoje foi de 44,02%, inferior à de 46,60% registada nas eleições anteriores, segundo os resultados provisórios.

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por Lusa

Taxa de abstenção foi de 44,02%, inferior à de 2024

A taxa de abstenção nas regionais da Madeira de hoje foi de 44,02%, inferior à de 46,60% registada nas eleições anteriores, segundo os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SG-MAI).

Depois de apuradas todas as freguesias, a abstenção situou-se nos 44,02%, tendo votado 142.960 dos 255.380 eleitores inscritos, segundo a SG-MAI.

Nas eleições do ano passado, a abstenção acabou por ficar nos 46,60% e, em 2019, nos 44,5%.

Em 2015, com uma taxa de abstenção de 50,42%, bateu-se o recorde desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.

O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais antecipadas, falhando por um deputado da maioria absoluta, segundo dados oficiais provisórios.

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 43,43% dos votos e 23 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.

A maioria absoluta requer 24 assentos.

Mais de 255 mil eleitores foram hoje chamados a votar nas legislativas regionais antecipadas da Madeira para escolher a nova composição do parlamento do arquipélago, com 14 candidaturas na corrida.

Estas foram as terceiras legislativas realizadas na Madeira em cerca de um ano e meio, tendo concorrido um círculo único as seguintes candidaturas CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As últimas regionais realizaram-se em 26 de maio de 2024, tendo o PSD conseguido eleger 19 deputados, o PS 11, o JPP nove, o Chega quatro (mas, uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada.

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Madeira. Paulo Cafôfo reconhece derrota do PS mas mantém-se como líder

O candidato do PS às eleições da Madeira diz aceitar esta derrota com "a cabeça erguida". Paulo Cafôfo assume no entanto a responsabilidade de organizar e preparar o partido para as eleições legislativas nacionais e eleições autárquicas.

"Depois das autárquicas vou abrir um processo interno para a liderança do partido", adiantou o líder do PS.
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Montenegro aponta "derrota de oposição concertada de PS e Chega"

Foto: Lusa

Luís Montenegro diz estar "muito satisfeito" com os resultados das eleições eleitorais na Madeira, afirmando que a vitória do PSD "corresponde também a uma derrota em toda a linha de uma oposição concertada e destrutiva do PS e do Chega".

"O povo madeirense provou, uma vez mais, a sua paciência para resolver nas urnas aquilo que os políticos não foram capazes de resolver na Assembleia", declarou o primeiro-ministro demissionário.

"Têm sido os cidadãos a conferir condições de estabilidade quando os dois partidos, concertados e juntos, põem os seus interesses à frente dos interesses das pessoas", afirmou.
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Pedro Nuno reconhece derrota do PS na Madeira e lamenta vitória de Albuquerque

Foto: Tiago Petinga - Lusa

Os resultados oficiais ainda não são conhecidos, mas o secretário-geral do PS reconhece a derrota do PS na Madeira e lamenta a vitória do PSD e de Miguel Albuquerque.

"Lamento apenas que tenha ganho o PSD Madeira e Miguel Albuquerque em particular", disse Pedro Nuno Santos.

"Desejo o maior secesso ao Governo regional, garantindo que o Governo da República tudo fará para garantir uma boa relação institucional com o Governo da Madeira", declarou.

O secretário-geral dos socialistas diz, no entanto, que não pode tirar nenhuma ilação destas eleições regionais para o Partido Socialista.

"O Partido Socialista nunca ganhou umas eleições na Madeira e é o partido que mais eleições ganhou no país", lembrou.
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PSD Madeira ganha eleições com 23 deputados eleitos

Com todos os resultados apurados na Madeira e Porto Santo, o PSD venceu as eleições regionais com mais de 43 por cento dos votos, alcançando 23 deputados ficando a um de conseguir a maioria absoluta.

O JPP reforçou o resultado de há dez meses e com mais de 20 por cento dos votos, o partido regional chegou aos 11 deputados. 

Considerado um dos grandes derrotados da noite, o PS não foi além do terceiro lugar, com pouco mais de 15 por cento dos votos e elege oito deputados. Seguem-se o Chega, com três deputados, e o CDS-PP e a Iniciativa Liberal elegeram um deputado.
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por Lusa

PSD recupera concelho de Machico onde PS ganhou nas anteriores eleições

O PSD voltou a ser o partido mais votado em Machico, no âmbito das eleições legislativas da Madeira, reconquistando a posição de liderança neste concelho que, no anterior ato eleitoral, foi alcançada pelo PS, segundo os resultados provisórios.

De acordo com os dados disponibilizados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (MAI), nas eleições legislativas madeirenses, que se realizaram hoje, o PSD venceu no concelho de Machico, com 40,12% (4.442 votos) e o PS foi a segunda força política mais votada, com 26,99% (2.988 votos).

Nas anteriores eleições legislativas da Madeira, que se realizaram em maio de 2024, o PS venceu, por 22 votos, em Machico, retirando este concelho ao PSD.

Se nas anteriores eleições, a posição de liderança em Machico foi renhida entre PS, que teve 33,61% (3.512 votos), e o PSD, que obteve 33,40% (3.490 votos), no ato eleitoral de hoje a vitória de PSD neste concelho madeirense foi conquistada com uma vantagem de 1.454 votos em relação ao PS.

No concelho de Machico, segundo os resultados provisórias das eleições de hoje, a terceira força política continua a ser o JPP (19,00%, com 2.103 votos), seguindo-se o Chega (4,31%, 477 votos) e CDS-PP (1,66%, com 184 votos).

Nestas eleições, de acordo com os dados da Secretaria-Geral do MAI, PCP/PEV ultrapassou a IL, partido que surge após esta coligação, seguindo-se o PAN e o BE.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorreram hoje, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS.

Estas eleições antecipadas ocorreram 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

No sufrágio anterior, o PSD conseguiu eleger 19 deputados, o PS 11, o JPP nove, o Chega quatro (mas, uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada.

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PSD já clama "grande vitória" nas eleições regionais da Madeira

Eduardo Jesus, do PSD, adianta que o partido ainda está a aguardar os resultados finais, mas salienta que os primeiros resultados já dão uma "grande vitória" a Miguel Albuquerque.

"A legitimidade do nosso líder sai reforçada", vincou.
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Madeira. JPP diz que negociação com o PSD "não está em cima da mesa"

Miguel Ganança, do JPP, diz que "não está em cima da mesa" um eventual acordo com o PSD. O deputado do JPP diz que vão "aguardar serenamente os resultados" e "depois pensar o que iremos fazer no futuro".

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Madeira. Iniciativa Liberal salienta queda da abstenção

Foto: António Antunes - RTP

A Iniciativa Liberal ainda acredita que irá conseguir alcançar um grupo parlamentar no Parlamento regional.

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Madeira. Chega acredita que poderá fazer parte de uma solução governativa

Apesar do cenário pouco favorável desvendado pelas projeções, o Chega ainda acredita que fará parte de uma solução governativa na Madeira e deixa claro que não viabilizará, "de modo algum", um governo à esquerda.

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Alberto João Jardim: "Sou a favor de um bloco central"

Foto: José Coelho - Lusa

O antigo presidente do Governo regional da Madeira considera necessário reunir o contributo do PSD e PS para a formação de um executivo. No entanto, considera que a classe política atual é "partidocrata" e não será capaz de forjar essa aliança.

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Eleições na Madeira. A análise de António José Teixeira

O diretor de Informação da RTP analisa a projeção da Universidade Católica para as eleições da Madeira, que apontam para uma possível maioria absoluta do PSD.

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Madeira. PS diz que maioria absoluta do PSD "não está garantida"

Em reação à sondagem da Católica para a RTP, Vítor Freitas, deputado do PS Madeira, ressalva os dados "ainda não garantem maioria, nem à direita nem à esquerda", prevendo que esta vai ser "uma longa noite".

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por RTP

Madeira. JPP espera construir Governo alternativo

Patrícia Spínola, do JPP, espera que o partido possa ser a segunda força política mais votada nesta noite de eleições regionais. Perante a projeção da Católica para a RTP, o JPP assume mesmo a possibilidade de criar um Governo alternativo.

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"Quem censurou foi censurado pelo eleitorado", diz PSD

O PSD vê os resultados da projeção da Católica para a RTP como "muito positivos", afirmando que "quem censurou foi censurado pelo eleitorado".

"Quem censurou foi censurado pelo eleitorado, nomeadamente o autor da moção e quem a aproveitou para derrubar o governo", disse Jorge Carvalho, do PSD Madeira, afirmando que os madeirenses mostraram que "pretendem estabilidade, certeza e previsibilidade"
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por RTP

Madeira. Miguel Albuquerque à beira da maioria absoluta

O PSD está à beira da maioria absoluta na Madeira. Miguel Albuquerque vence as eleições regionais. É a quinta vitória do atual presidente do PSD Madeira. A projeção da Universidade Católica para a RTP dá ao PSD entre 41 a 46% dos votos.

Isto significa que o partido pode ter entre 21 a 24 deputados no Parlamento Regional e a maioria absoluta é alcançada precisamente com 24 deputados.

A confirmar-se, Miguel Albuquerque não precisa de quaisquer entendimentos para governar.
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por Lusa

Urnas das regionais antecipadas encerraram às 19

As mesas de voto das eleições legislativas antecipadas regionais madeirenses encerraram às 19:00 de hoje nas duas ilhas do arquipélago, Madeira e Porto Santo.

De acordo com dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o número de inscritos "habilitados para votar" desde as 08:00 nas 54 freguesias da região era de 255.380, dos quais 249.840 na ilha da Madeira e 5.540 na ilha do Porto Santo.

Em comparação com as anteriores regionais, em maio de 2024 (também antecipadas), com base no mapa oficial de resultados, puderam votar mais 858 cidadãos.

Até às 16:00, a afluência às urnas foi de 42,48%, segundo a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o que representa um aumento face ao sufrágio anterior, que decorreu no ano passado: até à mesma hora, a participação era então de 40,52%.

Nas eleições do ano passado, também antecipadas, a abstenção foi de 46,60%. O valor recorde da abstenção desde 1976, ano das primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira, registou-se em 2015, quando não foram votar 50,42% dos 256.755 eleitores inscritos.

Ao círculo eleitoral único do arquipélago, com 47 assentos parlamentares, concorrem hoje 14 listas: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS dois. PAN e IL têm um assento e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

As eleições antecipadas ocorrem na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional minoritário, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.

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Projeção da Católica. PSD à beira da maioria absoluta na Madeira

Foto: Gregório Cunha - Lusa

O PSD está à beira da maioria absoluta na Madeira. A projeção da Universidade Católica para a RTP dá ao PSD entre 41 a 46% dos votos, ou seja, entre 21 a 24 deputados, o limiar para a maioria absoluta. A confirmar-se, será a quinta vitória de Miguel Albuquerque. Pela primeira vez, o JPP surge à frente do PS, que está colocado em terceiro lugar nesta projeção.

De acordo com a projeção, o Partido Social Democrata poderá ter entre 21 a 24 deputados no Parlamento Regional. A maioria absoluta é alcançada precisamente com 24 deputados, o que significa que, a confirmar-se, Albuquerque não precisa de quaisquer entendimentos para governar.

Em segundo lugar surge o JPP, que pela primeira vez ultrapassa o PS e pode fazer história esta noite. O Juntos Pelo Povo tem entre 18 a 22% dos votos, ou seja, entre nove a 12 assentos parlamentares.

Em terceiro lugar surge o PS, que tem entre 14 a 18% dos votos (entre sete a dez deputados). A seguir aparece o Chega, que consegue entre 4 a 7% dos votos, ou seja, entre dois a quatro mandatos.

O CDS corre o risco de ficar fora do Parlamento, conquistando apenas entre 1 a 4% dos votos. Na melhor das hipóteses pode conseguir dois deputados, o mesmo número que tem atualmente.

A Iniciativa Liberal consegue entre 1 a 4% dos votos e o PAN entre 1 a 3%, tal como a CDU. O Bloco de Esquerda surge em último lugar, com 1 a 2% fos votos.

Em termos de mandatos, isto significa que estas quatro forças políticas correm o risco de ficar de fora do Parlamento Regional.


Na melhor das hipóteses, a Iniciativa Liberal tem dois deputados. O PAN, a CDU e o Bloco podem conseguir um. No caso da CDU e o Bloco, este resultado seria visto como uma vitória, já que representaria o regresso à Assembleia Legislativa da Madeira.

Ficha técnica
 
Esta sondagem foi realizada pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a RTP no dia 23 de março de 2025. O universo alvo é composto pelos votantes na eleição para a Assembleia Legislativa da região Autónoma da Madeira. Foram selecionadas quinze freguesias da R.A.M. de modo a garantir que as médias dos resultados eleitorais das últimas eleições nesse conjunto de freguesias (ponderado o peso eleitoral de cada freguesia) estivessem a menos de 1 ponto percentual dos resultados das cinco candidaturas mais votados em cada eleição. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente à saída dos seus locais de voto e foi-lhes pedido uma simulação de voto em urna. Foram obtidos 12831 inquéritos válidos. A taxa de resposta foi de 70%.


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Projeção da Universidade Católica prevê entre 41 e 47% de abstenção

A projeção da Universidade Católica estima que a abstenção nas eleições da Madeira fique entre os 41 e os 47 por cento. 

A estimativa de participação foi calculada com base nos resultados de participação eleitoral às 16h00 divulgados pela Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna e não com base na sondagem à boca da urna. 

Nas últimas eleições regionais, em 2024, a abstenção foi de 46,60%. Em 2023, a abstenção foi de 46,65% e em 2019 a abstenção ficou pelos 44,50%.
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Eleições na Madeira. Mais de 255 mil eleitores inscritos para votar

Os madeirenses votam nas terceiras eleições regionais num ano e meio. Miguel Albuquerque, o presidente e candidato do PSD, diz que está preparado para todos os cenários.

Paulo Cafôfo, o líder do PS, diz que não há coisa mais bonita do que a democracia e isso está a acontecer na Madeira.
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por Rachel Mestre Mesquita - RTP

Madeirenses vão a votos. Conheça os candidatos e os seus programas

Fotos: Nuno Patrício - RTP

As eleições legislativas regionais na Madeira realizam-se este domingo. São as terceiras no espaço de ano e meio devido à aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega que derrubou o Governo minoritário do PSD liderado por Miguel Albuquerque. Os eleitores madeirenses e porto-santenses voltam às urnas para escolher entre as 14 candidaturas, incluindo 12 partidos isolados e duas coligações, da Coligação Democrática Unitária (CDU) - (PCP/PEV) - e Força Madeira (PTP/MPT/RIR). Nas últimas duas semanas de campanha eleitoral, as várias forças prometeram resolver o impasse político no arquipélago. Se, por um lado, Miguel Albuquerque procura maioria para governar, a oposição quer mudança.

Na corrida estão as forças políticas que concorreram nas anteriores eleições regionais, a 26 de maio de 2024, e ainda três estreias da Nova Direita (ND), do Partido Popular Monárquico (PPM) e da coligação da Força Madeira. Neste sufrágio apenas três mulheres são cabeças de lista de forças políticas: Mónica Freitas (PAN), Marta Sofia (Livre) e Raquel Coelho (PTP).

O Parlamento da Madeira é constituído por 47 deputados, dos quais 19 são atualmente do PSD, 11 do PS, nove do JPP, três do Chega, dois do CDS-PP (em coligação com o PSD, insuficiente para uma maioria absoluta), um da IL, uma do PAN e uma não-inscrita (ex-Chega). A questão que se coloca agora é qual é que será a nova configuração do parlamento madeirense após as eleições regionais deste domingo e quem são os cabeça de lista das forças políticas. 
Edgar Silva - Coligação Democrática Unitária (CDU)

Edgar Freitas Gomes da Silva (62 anos) nascido a 25 de setembro de 1962, no Funchal, é o cabeça de lista da aliança entre o Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV). 

Licenciado em Teologia e Mestre em Teologia Sistemática e História da Religião pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa, doutorou-se também em História com especialização em História Contemporânea. O candidato da CDU é professor de profissão e exerceu funções de padre católico até 1990.

Edgar Silva é militante do Partido Comunista Português (PCP) desde 1998, partido pelo qual foi candidato à Presidência da República em 2016, tendo ficado em quinto lugar com 3,95% dos votos atrás do vencedor Marcelo Rebelo de Sousa, António Sampaio da Nóvoa, Marisa Matias e Maria de Belém.
"A voz dos teus direitos!"

Nestas eleições o candidato da CDU procura recuperar a representação parlamentar que perdeu nas últimas eleições e apresenta-se, na voz do seu candidato, como o partido que “faz falta para colocar o dia-a-dia, o que interessa, no centro do debate e da ação, para denunciar os problemas e lutar pelas soluções que se impõem”, nomeadamente para resolver a crise na habitação e combater a precariedade laboral dos madeirenses.

Com uma campanha eleitoral focada na crise da habitação a CDU propõe a criação de uma “Lei de Meios” – um investimento público de 400 milhões de euros – que permita enfrentar a crise habitacional na região e garantir o direito a uma habitação digna a todos os madeirenses.

Além desta medida defende também a colocação no mercado de mais casas a preços justos para travar o “processo de especulação desenfreada” e ainda a criação de um banco de solos para habitação social e a custos controlados.

Miguel Albuquerque - Partido Social-Democrata (PSD)

Miguel Filipe Machado de Albuquerque (63 anos) nascido a 4 de maio de 1961, no Funchal, é o presidente do Governo regional da Madeira desde 2015. Apesar da aprovação de uma moção de censura que derrubou o Governo regional, Albuquerque insistiu em voltar a candidatar-se. 

Após a sua primeira vitória nas eleições legislativas de 29 de março de 2015 com maioria absoluta, voltou a ser reeleito em 2019, 2023 e 2024, desta vez com acordos de incidência parlamentar. 

Licenciado em Direito, com especialização em Direito Criminal e da Família, Miguel Albuquerque exerceu advocacia entre 1986 e 1993, altura em que trocou as leis pela vida política. Até chegar à presidência da Região Autónoma da Madeira em 2015 foi deputado na Assembleia Regional, presidente da Câmara Municipal do Funchal e presidente da Associação de Municípios da Madeira.
"Responsabilidade e futuro"

Durante a campanha eleitoral Miguel Albuquerque defendeu que a Madeira precisaria de uma maioria para garantir um Governo estável para os próximos quatro anos, com um orçamento e um Programa de Governo que sejam aprovados. O líder madeirense acusou a oposição de ter feito cair o seu Governo sem fundamento, motivada por interesses próprios, e não ser uma alternativa válida à governação da região.

Para estas eleições o PSD Madeira defendeu a continuidade de políticas voltadas para a autonomia e o desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira, fazendo a promessa de continuar a garantir, entre outros, a estabilidade social, o crescimento económico, a construção de habitação a preços acessíveis e a afirmação da valorização do Sistema Regional de Saúde.

Marta Sofia – Livre

Marta Sofia (41 anos) nascida a 6 de novembro de 1983, no Funchal, encabeça a lista do Livre, partido de esquerda progressista, às eleições regionais da Madeira pela terceira vez consecutiva. Estreou-se nas corridas eleitorais em setembro de 2023 (0,65 por cento dos votos) e liderou igualmente a candidatura de maio de 2024.

Formada em Indústrias Criativas, é profissional da cultura, e assumidamente ambientalista. Emigrou para o estrangeiro, primeiro para o Reino Unido e depois para os Países Baixos, em busca de melhores condições de vida mas acabou por regressar à Madeira, região que a viu nascer e crescer.
"Coragem para ser LIVRE!"

A candidata apresenta-se como uma alternativa progressista para a Região Autónoma da Madeira – mais democrática, e ecológica e solidária - cujas principais bandeiras são a habitação acessível, o reforço da saúde pública, a sustentabilidade ambiental, a igualdade e justiça social e a coesão territorial.

Nestas eleições, a candidata pretende “eleger uma voz Livre” que lhe permita lutar ativamente para encontrar soluções para os problemas dos madeirenses e porto-santenses, no entanto define apenas uma linha vermelha: não coligar com todo e qualquer partido que perpetue as políticas do atual Governo de Miguel Albuquerque que considera que não coloca o bem-estar das pessoas no centro das decisões políticas.

Élvio Sousa - Juntos Pelo Povo (JPP)

Élvio Duarte Martins Sousa (51 anos), nascido a 19 de abril de 1974, em Santa Cruz na ilha da Madeira, lidera a candidatura às eleições regionais da Madeira do Juntos Pelo Povo (JPP), um partido do centro e a terceira força política no arquipélago que cofundou com o seu irmão, Filipe Sousa, e onde ocupa atualmente o cargo de secretário-Geral e de deputado na Assembleia Legislativa da Madeira. 

Formado em Arqueologia, doutorou-se em História Regional e Local pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É arqueólogo de profissão, investigador do Centro de História de Aquém e Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa (CHAM) e ainda presidente da Assembleia da Freguesia de Gaula.
"Estamos prontos!"

Élvio Sousa quer “varrer” Miguel Albuquerque do poder e “pôr fim a 48 anos de governação do PSD na Madeira”, que acusa de estar marcado por vícios e compadrios. Acredita que o Juntos Pelo Povo é a única força regional com capacidade para substituir o PSD e trazer um Governo regional mais transparente, eficiente e próximo das pessoas.

O JPP propõe uma mudança focada em resolver problemas concretos que afetam os madeirenses e porto-santenses, nomeadamente: na saúde, reduzindo as listas de espera e assegurando maior celeridade no acesso a consultas, cirurgias e medicamentos; na habitação, combatendo a falta de oferta a preços acessíveis, especialmente para jovens e a classe média; e, por último o custo de vida, regulando o preço do gás ou reduzindo os custos do transporte marítimo.

O candidato promete concretizar estas medidas através de um plano de redução da despesa pública em 60 milhões de euros, que seria reinvestido em melhores salários, mais habitação e melhores serviços públicos. 

Paulo Azevedo - Nova Direita (ND)

Paulo Ricardo Azevedo (50 anos) nascido a 27 de setembro de 1974, no Funchal, apresenta-se como cabeça de lista do partido de direita conservadora, Nova Direita, na estreia do partido nas eleições regionais da Madeira, depois de oito anos como militante de um partido de esquerda. Foi no Partido Comunista Português (PCP) que se estreou na vida política em 2013.

Na vida profissional tem experiência como militar, na área da segurança, na restauração e é atualmente empresário. Durante oito anos, Paulo Azevedo foi responsável na Madeira da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME).
"Vamos fazer a diferença"

A Nova Direita destaca no seu programa eleitoral medidas para a habitação, saúde, educação e segurança. Na habitação propõe a construção de bairros para arrendamento a custo moderado, a reabilitação de edifícios degradados ou ainda a criação de incentivos fiscais para proprietários que pratiquem preços acessíveis. 

Ao passo que na saúde, defernde a reforma sem penalização para professores com 40 anos de serviço e 60 anos de idade, vinculação imediata de docentes, aumento da oferta de creches públicas e a integração de uniformes escolares obrigatórios. Por fim, na segurança, defende uma maior presença policial em zonas críticas e a criação de salas de apoio às vítimas de violência doméstica e polícia de proximidade armadas com câmaras de vigilância. 

Mónica Freitas - Pessoas-Animais-Natureza (PAN)

Mónica Alexandra Soares Freitas (29 anos) nascida a 28 de novembro de 1995, no Funchal, é militante do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) desde 2021 e atualmente é porta-voz do partido progressista e cabeça de lista do partido para estas eleições.

Deputada eleita e única do partido desde as eleições regionais de 2023, permitiu ao PAN recuperar na sua estreia não só a representação na Assembleia Legislativa da Madeira como também permitiu a Miguel Albuquerque que se mantivesse no poder com o apoio do PAN através de um acordo, após ter vencido as eleições as eleições sem maioria absoluta. Apesar das divergências ideológicas entre o PAN e o PSD e o CDS-PP, a jovem entendeu o acordo como uma oportunidade para fazer avançar as causas do PAN, nomeadamente a proteção ambiental e o bem-estar animal.

Licenciada em Serviço Social, assistente social de profissão e fundadora e presidente da associação juvenil Womaniza-te, que luta pelos direitos das mulheres, Mónica Freitas chegou à Assembleia Legislativa da Madeira com um percurso no ativismo.
"Semear a esperança"

No seu programa eleitoral o PAN defende uma nova visão para a Madeira que seja “mais justa, sustentável e transparente” e propõe políticas públicas para garantir uma habitação acessível e digna, uma economia verde que preserve os recursos naturais e um sistema de saúde mais humano.

Nomeadamente através de medidas como o reforço da habitação pública acessível através da reabilitação e construção de casas, a redução das taxas de IMI para imóveis destinados ao arrendamento ou da expansão dos transportes públicos elétricos.

Raquel Coelho - Força Madeira (coligação)

Raquel Coelho (36 anos), nascida a 2 de julho de 1988, em Santa Cruz, na ilha da Madeira, líder regional do Partido Trabalhista Português (PTP) desde 2024, encabeça a coligação Força Madeira, formada pelo PTP, Partido Reagir, Incluir e Reciclar (RIR) e o Partido da Terra (MPT), seguida de Valter Rodrigues (MPT) e Liana Reis (RIR).

Licenciada em Gestão de Empresas pela Universidade do Algarve, é empresária e antiga deputada na Assembleia Legislativa da Madeira (2011 a 2015 e de 2018 a 2019).
"Ninguém pára a Força Madeira"

A coligação Força Madeira concorre pela primeira vez às eleições regionais e quer "derrubar o Governo Regional corrupto de Miguel Albuquerque". As suas bandeiras são o combate à corrupção, comprometem-se em libertar a Madeira das práticas corruptas, promover a transparência e ética na política e apostar no desenvolvimento agrícola da região.  

Programa Eleitoral não disponível
Paulo Cafôfo - Partido Socialista (PS)

Paulo Alexandre Nascimento Cafôfo (53 anos) nascido a 18 de maio de 1971, no Funchal, é o líder do PS Madeira e cabeça de lista do partido às eleições regionais da Madeira.

Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é professor de profissão e antigo presidente da Câmara do Funchal (cargo que exerceu entre 2013 e 2019). Foi secretário de Estado das Comunidades no último Governo socialista de António Costa.

Candidatou-se pela primeira vez à presidência do Governo Regional da Madeira em 2019 e conseguiu alcançar um resultado histórico para o PS, com 35,76 % dos votos, elegendo 19 deputados e pondo fim, pela primeira vez na história da democracia, à maioria absoluta do PSD na Assembleia Legislativa Regional da Madeira.
"Estabilidade e Compromisso"

O PS Madeira propõe um “Plano de Estabilidade e Compromisso” para garantir uma governação ética, transparente e centrada nas pessoas que permita melhorar a qualidade de vida dos madeirenses, cujas prioridades são a habitação, a saúde, a qualidade de vida, a educação e a governação.

Na habitação propõe o programa “Primeira Chave" para facilitar o aceso à casa própria, especialmente par jovens e famílias carenciadas; na saúde, defende a “Política de Cuidado Garantido”, para assegurar cuidados de saúde acessíveis e de qualidade; para melhorar a qualidade de vida dos madeirenses sugere uma redução de impostos, aumento de apoios a idosos e um reforço do subsídio de insularidade; na educação, gratuitidade em todos os níveis de ensino e apoio à internacionalização dos estudantes e por último, na governação, uma gestão responsável através da promoção transversal da transparência, responsabilidade e ética na gestão pública.

Gonçalo Maia Camelo - Iniciativa Liberal (IL)

Gonçalo Maia Camelo (51 anos) nascido a 13 de março de 1974 em Lisboa, vive há quase 20 anos na Madeira e é o novo líder da Iniciativa Liberal e cabeça de lista às eleições regionais.

Licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa, é advogado desde 1999 e situava-se entre o PSD e o CDS-PP até surgir a Iniciativa Liberal.

Na vida política, assumiu o cargo de chefe de Gabinete do secretário de Estado Adjunto da Ministra da Justiça no XV Governo, de Durão Barroso. Desempenhou o cargo de vice-presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF).
"Madeira com futuro"

A Iniciativa Liberal (IL), partido liberal de direita, apresenta no seu programa eleitoral uma “agenda transformadora da Madeira” que quer tornar “mais moderna, justa e próspera”. Destacam-se como principais medidas: o reforço da autonomia regional, a redução da carga fiscal dos madeirenses de forma a estimular a economia da região e da despesa pública e o combate à crise da habitação através nomeadamente da redução de impostos e taxas sobre a construção e o património e da desburocratização. 

Durante a campanha eleitoral a IL defendeu o fim de ciclos governativos curtos e mostrou-se aberta a entendimentos pós-eleitorais, posicionando-se como um potencial garante de uma solução governativa de centro-direita na Madeira, sem a figura de Miguel Albuquerque.

Paulo Brito - Partido Popular Monárquico (PPM)

Paulo Brito (47 anos) nascido a 27 de outubro de 1977, em Vila Real, Trás-os-Montes, vive na Madeira desde 2002, onde concorre pela primeira vez às eleições regionais pelo Partido Popular Monárquico (PPM), partido conservador de que é coordenador regional. Além de ser coordenador do PPM-Madeira, é artista plástico e trabalha numa empresa de segurança privada. 

O PPM defende um reforço do autogoverno da Madeira, através do combate ao centralismo de Lisboa e da proposta de uma nova Lei das Finanças Regionais para aumentar as transferências do Estado. Neste âmbito propõe a criação de partidos regionais, a introdução de listas eleitorais abertas, a participação cidadã em orçamentos regionais, a extinção do cargo de Representante da República, a criação de uma Polícia Regional e de uma circunscrição própria para eleições europeias. 

Propõe ainda a integração da Madeira na UNESCO, a gestão regional da Zona Económica Exclusiva (ZEE) e da Plataforma Continental, e a criação do Conselho do Atlântico para cooperação com Açores, Canárias e Cabo Verde. 

Roberto Almada - Bloco de Esquerda (BE)

Roberto Almada (54 anos) nascido a 16 de novembro de 1970, no Funchal, é militante e cabeça de lista do Bloco de Esquerda (BE) às eleições regionais da Madeira.

É técnico superior de Educação Social e ativo na vida política da região desde 1999. O antigo coordenador do BE regressou ao Parlamento Madeirense nas eleições legislativas regionais de 2023, mas falhou a sua reeleição nas eleições antecipadas de maio de 2024.
"O Bloco faz falta!"

Na campanha eleitoral o Bloco de Esquerda na Madeira, partido de esquerda como o próprio nome indica, apresentou propostas para os problemas que os madeirenses enfrentam, nomeadamente a habitação e a educação. 

Uma das bandeiras do BE é o combate à crise da habitação para tal propõe um limite máximo às rendas e a proibição da compra de casas por estrangeiros não residentes para travar a especulação imobiliária e a construção de mais habitação a custos controlados. Já na educação, o Bloco defende a abolição das propinas no ensino superior e o aumento da diversificação da oferta. 

Programa Eleitoral não disponível
Miguel Castro - Chega (CH)

Basílio Miguel da Câmara Castro (52 anos) nascido a 2 de janeiro de 1973, nasceu em Porto Santo, é o cabeça de lista do partido de direita radical Chega às eleições regionais e o homem que derrubou, pela primeira vez, o Governo de Miguel Albuquerque com uma moção de censura.

Funcionário público na área do ambiente de profissão e empresário no setor da restauração e atividades turísticas, já foi militante do PSD e aderiu ao Chega em 2019. Em 2021, encabeçou a lista do partido à presidência da Câmara Municipal do Funchal, numas eleições em que o Chega foi o quarto partido mais votado.
"Vamos limpar a Madeira de vez!"

Após ter feito cair o Governo do PSD através da apresentação de uma moção de censura e empurrado os madeirenses para umas eleições antecipadas, o Chega defende a necessidade de um Governo transparente e apresenta um programa eleitoral pondo a tónica no combate à corrupção, através da implementação de medidas que visem aumentar a transparência e a ética na gestão pública da região.

Além deste foco, o Chega defende o reforço da autonomia política e administrativa da Madeira, a redução da carga fiscal para os madeirenses, a valorização do setor primário para dignificar e apoiar os profissionais dos setores da agricultura, pesca e outras atividades primárias e ainda a reforma dos transportes públicos.

Programa Eleitoral não disponível
Miguel Pita - Aliança Democrática Nacional (ADN)

Miguel Pita (52 anos), nascido a 27 de dezembro de 1972, no Funchal, é o cabeça de lista da Alternativa Democrática (ADN), antigo Partido Democrático Republicano (PDR) nas eleições antecipadas regionais da Madeira.

É gerente hoteleiro de profissão, ex-militante do Chega e o atual rosto da Alternativa Democrática Nacional.
"É tempo de mudar, é tempo de ADN!"

O candidato pretende “lutar por aquilo que ainda não foi feito” nos principais setores na Madeira, nomeadamente na saúde, habitação, setor primário e na segurança, através da proposta de um controlo mais rigoroso da imigração que considera que “não está a ser feito como devia”.

Programa Eleitoral  (não disponível)
José Manuel Rodrigues - CDS - Partido Popular (CDS-PP)
José Manuel de Sousa Rodrigues (64 anos), nascido a 13 de julho de 1960, no Funchal, é o cabeça de lista do partido conservador de centro-direita/direita CDS-PP e atual presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desde 2019.

É jornalista de profissão (pertence aos quadros da RTP Madeira), iniciou a sua carreira jornalística no Jornal da Madeira em 1978 e passou pelas redações de vários meios de comunicação social, tendo sido correspondente na Madeira do Diário de Notícias e do Independente.

Na vida política foi eleito deputado ao Parlamento regional da Madeira, nas eleições de 1996, 2000, 2004, 2007, 2015 e 2019 e eleito deputado ao Parlamento nacional português em 2009 e 2011. 
"Sentido de responsabilidade"

A bem da estabilidade política e da governabilidade da região, o candidato afirma estar disponível para chegar a um entendimento e viabilizar um governo liderado pelo Partido Socialista (PS) e pelo Juntos Pelo Povo (JPP), a terceira força política na região, mas fecha a porta a extremismos e populismos de esquerda e de extrema-direita.

O CDS-PP Madeira acusa o PSD e os partidos da oposição que aprovaram a moção de censura de serem os responsáveis pela crise política e assegura ser o único partido “com sentido de responsabilidade”.

Nestas eleições o CDS-PP propõe um plano de redução da despesa pública que prevê a redução da máquina governamental, a extinção de organismos “que se revelaram inúteis”, a venda de património devoluto e a avaliação custo benefício de qualquer investimento público ou obra pública de modo a financiar as medidas que o partido propõe sem afetar o equilíbrio orçamental da Região Autónoma da Madeira.

Nomeadamente um plano de emergência para a habitação, com a aprovação de um conjunto de medidas que prevê a construção de casas destinadas aos mais carenciados, jovens e à classe média através da consignação de 100 milhões de euros por ano do orçamento regional, a cedência de terrenos públicos a famílias e às cooperativas para o efeito, apoios significativos à reabilitação e ampliação de imóveis degradados e isenção de impostos tais como o IVA, IMT e do Imposto de Selo na construção e aquisição da primeira habitação. 

Além da habitação, o CDS-PP pretende melhorar a gestão dos recursos naturais com uma aposta forte no mar e na agricultura e promete dar melhores condições aos trabalhadores da agricultura e da pesca.

Programa Eleitoral não disponível

Apresentadas as figuras políticas que lideram as catorze candidaturas às eleições regionais da Madeira deste domingo, 23 de março, cabe aos eleitores madeirenses e porto-santenses votar para eleger a nova configuração do Parlamento da Madeira que deverá representá-los nos próximos quatro anos e pôr fim ao impasse político que tem dominado a atualidade no último ano e meio.

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Momento-Chave
por Andreia Martins - RTP

Três eleições regionais na Madeira em ano e meio. Como chegámos até aqui?

Dez meses depois da última eleição regional, os madeirenses voltam às urnas para escolher a composição do novo Governo e Parlamento regionais. Este domingo, decorrerá o terceiro escrutínio na região em apenas um ano e meio, desencadeado pela aprovação de uma moção de censura inédita na Madeira no final do ano passado. Dissecamos, neste artigo, os motivos que levaram o arquipélago à atual situação política.

A 17 de dezembro de 2024, o Parlamento madeirense aprovava uma moção de censura inédita. Foi a primeira vez que um Governo regional da Madeira caiu por esta via em cinco décadas de democracia.

A moção apresentada pelo Chega contou com os votos a favor de toda a oposição. De um total de 47 deputados, uma maioria de 26 votou a favor. Contra votaram os 19 deputados do PSD e os dois deputados regionais do CDS-PP.

Dias antes, a 9 de dezembro, a mesma oposição tinha-se unido no chumbo do Orçamento da Madeira para a Assembleia Regional. Mas a atual crise política na Madeira já se prolonga há mais de um ano.
Do apoio do PAN à mega operação
A 24 de setembro de 2023, as eleições regionais na Madeira determinaram a vitória da coligação entre o PSD e o CDS, obtendo em conjunto 23 mandatos.

Ficou, no entanto, aquém dos 24 necessários para obter uma maioria. Os dois partidos negociaram então um acordo de incidência parlamentar com o PAN, que elegeu um deputado, viabilizando dessa forma o Governo.

Esse mesmo apoio viria a ser retirado poucos meses mais tarde após uma operação de larga escala cujos efeitos ainda se fazem sentir na política madeirense.

Em janeiro de 2024, uma megaoperação policial envolveu mais de uma centena de inspetores da Polícia Judiciária e outros peritos do continente que viajaram para a Madeira.

Juntaram-se, no arquipélago, aos inspetores locais para realizarem centenas de buscas por suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.

Na altura, foram detidos o ex-presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, e os empresários Custódio Correia e Avelino Farinha.

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, foi constituído arguido no âmbito deste processo mas recusou demitir-se. Dias depois, o PAN acabaria por retirar o apoio parlamentar, exigindo a saída do líder do executivo da Madeira.
Nova vitória do PSD e a viabilização pelo Chega
A Madeira voltava a votos ao fim de nove meses. Na eleição antecipada de 26 de maio de 2024, o PSD voltou a vencer, mas ficou novamente aquém dos 24 deputados necessários para assegurar a maioria absoluta, mesmo coligado com o CDS-PP. Em conjunto, conseguiu apenas 21 mandatos.

No entanto, os quatro deputados eleitos pelo Chega acabariam por viabilizar, através da abstenção, o Programa de Governo.

Poucos meses depois, em novembro de 2024, o mesmo Chega decidiu apresentar a moção de censura que ditou o fim deste Governo, isto depois do chumbo do Orçamento regional com os votos do PS, JPP e Chega.

O partido justificou a decisão com as diferentes investigações regionais que envolvem não só o chefe do executivo regional, Miguel Albuquerque, mas também quatro secretários regionais que foram constituídos arguidos. Um destes inquéritos, de Eduardo Jesus, secretário de Economia, Turismo e Cultura, foi entretanto arquivado pelo Ministério Público.

A queda do Governo levou o presidente da República a convocar o Conselho de Estado em janeiro último. Marcelo Rebelo de Sousa anunciou depois a decisão de dissolver o Parlamento da região e convocar novas eleições regionais.
Cinco décadas de domínio do PSD

Miguel Albuquerque governa a Madeira desde 2015, após quase quatro décadas de Alberto João Jardim na liderança do PSD Madeira e do Governo regional. Se nas primeiras eleições a que concorreu, em 2015, conseguiu assegurar uma maioria absoluta, nas últimas três eleições, os social-democratas ficaram aquém desse objetivo, necessitando do CDS-PP e depois do PAN para governar.

Nesta altura, os acordos de incidência parlamentar com outros partidos também parecem ser cada vez mais difíceis.

O cabeça-de-lista do PSD e presidente da região admitiu, já durante a campanha, que poderá sair de cena se perder as eleições. “Sou o primeiro responsável pelos bons e maus resultados. Se perder as eleições, não tenho qualquer condição de continuar”, afirmou aos jornalistas nos primeiros dias de campanha.

Ao fim de mais de um ano da operação que levou ao fim do executivo madeirense no início de 2024, o líder do PSD Madeira e do Governo regional ainda espera para ser ouvido como arguido no âmbito do processo judicial na origem de toda a crise e que ainda se encontra em fase de inquérito.

De assinalar também que estas eleições regionais decorrem num contexto complexo também a nível nacional, com a rejeição da moção de confiança por parte do Governo da República, que levou à convocação de eleições legislativas antecipadas para 18 de maio, um ano e dois meses após o último sufrágio.

Mais de 255 mil eleitores estão inscritos para votar nestas eleições regionais, de acordo com os dados do recenseamento da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.



Foto: Homem de Gouveia - Lusa
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