Depois do terramoto que levou à demissão de António Costa e à consequente crise política, a sondagem da Universidade Católica para a RTP, Antena 1 e jornal Público, divulgada esta segunda-feira, aponta para um empate técnico entre PS e PSD nas eleições legislativas de 2024. Os social-democratas têm uma ligeira vantagem de um ponto percentual em relação ao Partido Socialista.
Os dois principais partidos estão lado a lado na tabela no que respeita às intenções diretas de voto dos portugueses (20%), com ligeira vantagem para os social-democratas na estimativa de resultados eleitorais (29% para 28%).
Os números representam uma queda para os dois partidos em relação aos resultados do CESOP de julho último, embora se mantenha o empate técnico.
Mas o maior prejudicado é o Partido Socialista, que sofre uma queda de 13 pontos percentuais face às últimas eleições, onde obteve uma maioria absoluta. Já o PSD conquista mais um ponto percentual em relação a esse escrutínio.
O Chega, por sua vez, é o partido que tem a maior subida no número de votos. O partido de André Ventura consegue agora 16% dos votos - mais nove pontos percentuais em relação ao resultado das legislativas do ano passado.
A Iniciativa Liberal também cresce para 9% e quase duplica as intenções de voto. À esquerda, o Bloco de Esquerda sobe para 6% e a CDU cai ligeiramente para os 3%. O Livre, PAN e CDS-PP estão empatados com 2% dos votos.
A sondagem aponta para uma maioria clara dos partidos da área não socialista, que juntos somam 56%. Por sua vez, os da área socialista totalizam 41%.
No entanto, só há maioria na área não socialista com o Chega. Se o partido de André Ventura for retirado da equação, os dois blocos ficam praticamente empatados.
Relativamente aos cenários pós-eleitorais, a maioria dos inquiridos deseja estabilidade. Caso o PS ganhe as eleições sem maioria absoluta, 32% dos inquiridos defende a criação de uma nova “Geringonça”, ou seja, um Governo formado pelo PS e um ou mais partidos à sua esquerda. No entanto, é significativo o número de inquiridos que admite um entendimento à direita (27%).
No cenário de uma vitória do PSD sem maioria absoluta, 42% dos inquiridos defende um Governo apoiado pelo PSD e um ou mais partidos à sua direita e 28% considera que os entendimentos podem passar pela esquerda.
Questionados sobre os motivos dos respetivos votos, os inquiridos que votaram no PS destacam a avaliação do trabalho feito pelo partido/eficácia da ação. Por sua vez, 30% dos votantes do PSD referiram a necessidade de alternância democrática e de “tentar algo novo”. Este foi também o principal motivo escolhido pelos inquiridos que manifestaram intenção de votar no Chega.
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