Conversa Capital com Alexandra Leitão, Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública

por Antena1

Foto: Antena1

Confrontada com a possível obrigatoriedade da instalação da aplicação STAYAWAY COVID, a ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública diz preferir, pessoalmente, que estas medidas possam ser facultativas.

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Alexandra Leitão admite que por vezes o desenrolar dos acontecimentos força a outras decisões mas, não sendo assim, prefere sempre uma solução facultativa. Questionada sobre se tem a aplicação, a ministra declinou responder, considerando que se trata de uma questão do "foro pessoal e que não deve ser escrutinada publicamente por ninguém". Ainda assim, a ministra reitera que concorda com a proposta do governo porque é importante que seja feita uma discussão em torno das liberdades e direitos dos cidadãos, numa lógica de proporcionalidade entre aquilo que é preciso fazer e os direitos que são postos em causa.


Em relação ao Orçamento do Estado, Alexandra Leitão considera que ainda é possível um acordo com o BE para a aprovação do OE, até porque sendo um orçamento com um pendor social muito marcado, faz sentido que seja aprovado à esquerda.


Apesar de já ter sido definido o congelamento dos salários da função pública, a ministra admite que tal como aconteceu no ano passado, possam surgir alterações, tanto em sede de negociação suplementar, como de orçamento. Sobre o facto de não ter sido cumprida a promessa de aumento de 1 por cento dos salários na função pública, a ministra revelou que também ela aceitou quebrar essa promessa porque, por uma questão de solidariedade entre trabalhadores, não podia defender o aumento transversal dos salários para a administração pública que tutela.


A ministra adianta ainda que até agora a prioridade têm sido os trabalhadores do SNS mas no próximo ano quer cumprir a regra do 1 para 1 para reforçar outros sectores, até por causa da execução do quadro comunitário que aí vem.


Sobre a aplicação do Plano de Recuperação e Resiliência, a ministra garante que a administração pública está habilitada a executa-lo com celeridade, nomeadamente com a entrada já no próximo ano de 1000 técnicos superiores e com as verbas do plano destinadas a formação.

Uma entrevista conduzida pelos jornalistas Rosário Lira, da Antena1 e Catarina Almeida Pereira do Jornal de Negócios.
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