"Convergência na oposição à direita". Partidos à esquerda aceitam repto do BE para reuniões
Partido Socialista, Livre, PCP e PAN aceitaram o convite do BE para se reunirem tendo vista o debate de "elementos de convergência" na oposição a um governo de direita e na construção de uma alternativa. Mariana Mortágua lançou o convite na terça-feira.
O Livre, que vai ser recebido esta quarta-feira pelo presidente da República, também disse “sim” ao convite do Bloco de Esquerda.
O PAN também vai marcar presença nas reuniões do Bloco de Esquerda, mas mostrou-se também disponível para encontros com parte da direita.
O PCP também alinhou na reunião, manifestando-se disponível para “toda a convergência”, mas avisou que essa convergência tem de ser “robusta e imediata”.
Em conferência de imprensa na sede nacional do PCP, em Lisboa, após uma reunião do Comité Central do partido, Paulo Raimundo avisou também que não pretende “diluir-se em qualquer projeto”.
“Nós estaremos disponíveis para toda a convergência no concreto, com uma certeza absoluta. É que, se há coisa que o PCP não fará, nem isso serviria os trabalhadores e o povo, é diluir-se em qualquer projeto que seja, qualquer ideia de projeto que implique a sua diluição”, avisou. “Nós não negamos nenhuma possibilidade de convergência, partindo deste princípio: aquilo que se coloca neste momento é a convergência concreta, nas questões concretas e, penso que é justo não pedirem ao PCP nem a ninguém, que dilua o seu próprio projeto. Porque nós temos uma alternativa, na qual estamos na disputa, da criação dessa alternativa”, referiu Raimundo. Nessa mesma conferência de imprensa, o PCP anunciou também que vai apresentar uma moção de rejeição ao programa de Governo da AD.
Na terça-feira à noite, o Bloco de Esquerda pediu reuniões ao PS, PCP, Livre e PAN para “debater os elementos de convergência, não só na oposição ao governo da direita mas na construção de uma alternativa".Em conferência de imprensa na sede nacional do PCP, em Lisboa, após uma reunião do Comité Central do partido, Paulo Raimundo avisou também que não pretende “diluir-se em qualquer projeto”.
“Nós estaremos disponíveis para toda a convergência no concreto, com uma certeza absoluta. É que, se há coisa que o PCP não fará, nem isso serviria os trabalhadores e o povo, é diluir-se em qualquer projeto que seja, qualquer ideia de projeto que implique a sua diluição”, avisou. “Nós não negamos nenhuma possibilidade de convergência, partindo deste princípio: aquilo que se coloca neste momento é a convergência concreta, nas questões concretas e, penso que é justo não pedirem ao PCP nem a ninguém, que dilua o seu próprio projeto. Porque nós temos uma alternativa, na qual estamos na disputa, da criação dessa alternativa”, referiu Raimundo. Nessa mesma conferência de imprensa, o PCP anunciou também que vai apresentar uma moção de rejeição ao programa de Governo da AD.
"Procurar a máxima convergência"
Num vídeo publicado nas redes sociais, Mariana Mortágua considera que os resultados das eleições "mudaram a face política do país" e que, tendo em conta o atual contexto, “devem ser mantidas abertas as portas do diálogo e procurar a máxima convergência na defesa do que é essencial”. “Os partidos do campo democrático, os partidos ecologistas, os partidos da esquerda têm obrigação de manter abertas as portas do diálogo e de procurar convergências”, disse Mortágua, que alertou que os resultados obtidos pela AD, bem como a “subida da extrema-direita”, colocam o país “sob o risco de um retrocesso e uma ameaça aos direitos sociais”.
"Não abdicamos da memória, do futuro, nem do Estado social, nem do objetivo da igualdade. Queremos garantir que, juntos e juntas, faremos este ano as maiores manifestações da comemoração do 25 de abril", afirmou ainda Mariana Mortágua.
No final da noite eleitoral de domingo, a coordenadora bloquista já tinha assegurado que o BE será “parte de qualquer solução que afaste a direita do Governo”.
A Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).
A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.
A Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49%, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).
A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.
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