Conselho Europeu. Montenegro e Costa garantem colaboração perante "agenda muito exigente"

por Joana Raposo Santos - RTP
O ex-primeiro-ministro português foi eleito na quinta-feira à noite presidente do Conselho Europeu Filipe Amorim - Lusa

Luís Montenegro voltou esta segunda-feira a garantir a António Costa que "a disponibilidade do Governo português para a colaboração e para a cooperação serão totais" enquanto este estiver na presidência do Conselho Europeu. Antes de um almoço em São Bento, o ex-primeiro-ministro agradeceu ao sucessor "não só o apoio, mas o empenho para que esta eleição tivesse sido possível".

“Para nós, portugueses, é motivo de orgulho, de satisfação, termos mais um português num cargo relevantíssimo numa organização internacional (…) que nos diz tanto e com a qual partilhamos tantas das nossas decisões”, começou por dizer Luís Montenegro.


“Muitos parabéns pela designação que foi alcançada com o apoio esmagador do Conselho Europeu e muitas felicidades para o exercício da função. Conte sempre com o Governo de Portugal”, declarou.
“A disponibilidade do Governo português para a colaboração e para a cooperação serão totais”, reforçou.
O chefe de Governo lembrou que há pela frente “uma agenda muito exigente” que incorpora objetivos como o de “termos um possível alargamento” da União Europeia com grandes implicações, com a eventual entrada da Ucrânia no bloco.

Montenegro vincou ainda que Portugal tem estado na linha da frente da construção da cooperação entre os Estados-membros da UE e quer continuar a garantir a ajuda à Ucrânia “com vista a ultrapassar esta situação em que foi invadida pela Rússia, com tanto sofrimento do ponto de vista humanitário mas também com tanto prejuízo do ponto de vista económico”.

Além disso, o primeiro-ministro destacou os contributos de Portugal para intervir como mediador num “dos mais trágicos conflitos que o mundo vive”, o do Médio Oriente.
Costa destaca apoio de Montenegro
António Costa aproveitou a ocasião para agradecer ao primeiro-ministro “não só o apoio, mas o empenho para que esta eleição tivesse sido possível”.

Sei bem o esforço que o primeiro-ministro fez para mobilizar o conjunto dos apoios, não só no PPE, mas no conjunto do Conselho. Seguramente isso é uma marca da qualidade da nossa democracia neste ano em que ainda celebramos os 50 anos do 25 de Abril”, afirmou.

Para o antigo primeiro-ministro, “sempre que um português desempenha funções no exterior, quaisquer que elas sejam, é uma forma de valorizar o nosso país”, e é isso que pretende fazer.

Costa garantiu ainda a Montenegro que “pode contar com toda a disponibilidade, colaboração, atenção e uma pequena vantagem, que é – terá sempre um interlocutor com quem não precisa de tradução”.

O ex-primeiro-ministro português foi eleito na quinta-feira à noite, pelos chefes de Estado e de Governo da UE, presidente do Conselho Europeu para um mandato de dois anos e meio. A tomada de posse está prevista para 1 de dezembro deste ano.
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