Foto: Olivier Hoslet - EPA
António Costa já está em Bruxelas, depois de ter sido eleito presidente do Conselho Europeu. Após ter reunido com Ursula von der Leyen e Kaja Kallas, o ex-primeiro-ministro português manifestou honra pelo "voto de confiança" e assegurou que pretende "contribuir para o prestígio" do país nas funções que assumirá em dezembro.
Depois desse primeiro encontro político, o presidente eleito do Conselho Europeu congratulou-se "pela forma muito clara" como foi expressa a eleição e agradeceu "voto de confiança".
"Espero agora, durante os dois meses e meio que tenho pela frente, também contribuir para o prestígio do nosso país, para corresponder àquilo que tem sido sempre o exemplo dos portugueses que trabalham no estrangeiro, nas nossas comunidades", afirmou aos jornalistas.
António Costa admitiu ter duas missões: "assegurar o bom funcionamento do Conselho, a unidade entre todos os Estados-membros, a boa articulação com as outras instituições" e ainda "pôr em prática a agenda estratégica que ontem foi aprovada e que é o nosso mapa, a nossa rota para os próximos cinco anos".
Questionado sobre o voto contra de Itália para o cargo no Conselho Europeu, António Costa disse hoje pretender na mesma colaborar com "enorme proximidade" com a primeira-ministra italiana.
Apesar do voto contra de Giorgia Meloni à sua nomeação, o antigo primeiro-ministro português disse que compreende a sua posição política.
"O Conselho [Europeu] não é propriamente uma agremiação de tecnocratas, mas de políticos, todos têm as suas famílias políticas, orientações e votam também, manifestam-se, de acordo com essas preferências", argumentou.
"Compreendo perfeitamente o voto da primeira-ministra de Itália, com quem conto colaborar com enorme proximidade".
Apesar do voto contra de Giorgia Meloni à sua nomeação, o antigo primeiro-ministro português disse que compreende a sua posição política.
"O Conselho [Europeu] não é propriamente uma agremiação de tecnocratas, mas de políticos, todos têm as suas famílias políticas, orientações e votam também, manifestam-se, de acordo com essas preferências", argumentou.
"Compreendo perfeitamente o voto da primeira-ministra de Itália, com quem conto colaborar com enorme proximidade".
Rejeitando que o voto contra de Itália seja um "mau presságio", Costa acrescentou que "uma das grandes qualidades da União Europeia é ser uma União de vários Estados, todos eles Estados de direito democrático e onde, portanto, os respetivos governos são fruto da vontade popular, democraticamente escolhidos".
"Portanto, o Conselho tem de respeitar todos", retorquiu, apesar de considerar que "é normal" que "isso se manifeste de uma forma divergente no Conselho".
O importante, sublinhou ainda, é serem "capazes de, em conjunto, tomar decisões".
"Portanto, o Conselho tem de respeitar todos", retorquiu, apesar de considerar que "é normal" que "isso se manifeste de uma forma divergente no Conselho".
O importante, sublinhou ainda, é serem "capazes de, em conjunto, tomar decisões".
O presidente do Conselho Europeu, reforçou Costa, "tem de ser o presidente de todos" os que têm assento naquele órgão, mesmo perante a divergência de posições políticas que encontrará.
"É necessário ajudar para que os consensos se formem, seja em maioria qualificada, seja na generalidade das decisões que o Conselho toma. Nós utilizamos em Portugal aquela expressão que Mário Soares criou para os presidentes da República: `Serei o Presidente de todos os portugueses`. O presidente do Conselho tem de ser o presidente de todos os aqueles que se sentam no Conselho Europeu", disse António Costa.
Depois de uma breve conversa com o secretário-geral do Partido Socialista Europeu (PES), Giacomo Filibeck, o presidente eleito "disse que vai querer falar com todo os líderes" para perceber como é que pode "melhorar os métodos de trabalho no seio do Conselho, ouvir as ideias de todos".
"Conheço-os pessoalmente quase todos, só ainda não conheço o primeiro-ministro da Irlanda, entretanto vão também mudar alguns primeiros-ministros, pelo menos o da Holanda irá seguramente mudar, outros também estão na perspetiva de mudar. Tenho bastante para fazer", completou.
"É necessário ajudar para que os consensos se formem, seja em maioria qualificada, seja na generalidade das decisões que o Conselho toma. Nós utilizamos em Portugal aquela expressão que Mário Soares criou para os presidentes da República: `Serei o Presidente de todos os portugueses`. O presidente do Conselho tem de ser o presidente de todos os aqueles que se sentam no Conselho Europeu", disse António Costa.
Depois de uma breve conversa com o secretário-geral do Partido Socialista Europeu (PES), Giacomo Filibeck, o presidente eleito "disse que vai querer falar com todo os líderes" para perceber como é que pode "melhorar os métodos de trabalho no seio do Conselho, ouvir as ideias de todos".
"Conheço-os pessoalmente quase todos, só ainda não conheço o primeiro-ministro da Irlanda, entretanto vão também mudar alguns primeiros-ministros, pelo menos o da Holanda irá seguramente mudar, outros também estão na perspetiva de mudar. Tenho bastante para fazer", completou.