Reportagem

Congresso do PS. António Costa passa o testemunho a Pedro Nuno Santos

por Inês Moreira Santos, Andreia Martins, Mariana Ribeiro Soares - RTP

O Congresso Nacional do Partido Socialista arrancou na sexta-feira com um discurso de António Costa na sessão de abertura. A reunião magna do PS decorre até domingo e terá a intervenção de vários socialistas de renome, desde logo do novo secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos. Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos.

RTP3


Miguel A. Lopes - Lusa

Mais atualizações Voltar ao topo
Momento-Chave
por Inês Moreira Santos - RTP

Pedro Nuno Santos recusa "especular sobre cenários" para as eleições legislativas

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

Pedro Nuno Santos considera que já não é tempo de discutir quem tem a culpa pela crise política e dissolução da Assembleia da República, admitindo que quer manter "uma boa relação com o presidente da República". Em entrevista à RTP, o secretário-geral do PS diz não se sentir "inibido em falar de Justiça", mas acha que não deve "fazer considerações sobre isso".

"Eu tenho uma boa opinião do senhor presidente da República, sempre tive uma boa relação com o senhor presidente da República e quero mantê-la", começou por responder quando questionado sobre as críticas a Marcelo Rebelo de Sousa que foram mencionadas em várias intervenções no Congresso do PS.

"Eu apoiei a iniciativa do primeiro-ministro, entretanto, o presidente da República fez uma leitura diferente e não há da minha parte nenhum drama sobre isso", esclareceu ainda Pedro Nuno Santos. "Foram marcadas eleições e nós estamos focados é nessas eleições".

Sobre os casos judiciários que têm sido mencionados, nomeadamente os que envolvem nomes do PS, o novo secretário-geral do PS acredita que o mais importante é "respeitar o sistema judicial" e não deve, enquanto líder socialista, "fazer considerações sobre isso".

Além disso, acha que deve "tentar separar" as opiniões sobre a Justiça para "não parecer que (...) tem a ver com um caso judicial em concreto".

Questionado sobre a possibilidade de um Governo socialista com acordo à esquerda, Pedro Nuno Santos referiu que é "fundamental que o Partido Socialista esteja concentrado em mobilizar o povo português para o seu programa, para o seu projeto" e não fazer "cenários especulativos".

"Nós estamos concentrados em convencer as pessoas de que o nosso projeto é o melhor para o país", continuou. "Não quero passar uma campanha a contribuir para especulação sobre cenários que não consigo prever".

Sobre as criticas da direita, o líder socialista começou por dizer que o PS não é "eleito para suportar o PSD".

"Essa ideia de termos o PS e o PSD comprometidos os dois com a mesma governação não é boa. (...) É má para a democracia", sublinhou. "Isso é bom é para o Chega. O Chega beneficia de um descontentamento em relação a um governo que é suportado pelo PS e o PSD".

"Isso permitiria ao Chega continuar a crescer, agregar descontentamento. Nós queremos é derrotar o Chega, queremos derrotar o PSD, queremos derrotar a direita toda".
PUB
por RTP

Nova Geringonça. Alguns militantes confortáveis com acordo à esquerda

A ideia de uma nova geringonça não desagrada aos militantes socialistas. Dizem que um acordo de esquerda é uma boa solução para o país. Ainda assim, entre os congressistas há quem defenda uma aproximação ao PSD.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Congresso PS. Socialistas culpam presidente da República por crise política

O Congresso do PS teve palavras duras sobre para Marcelo Rebelo de Sousa sobre a dissolução da Assembleia da República. Augusto Santos Silva falou de um caminho interrompido de forma injusta. Carlos César disse que o presidente não fez o que era politicamente devido. Já o histórico Manuel Alegre insistiu que se pode dissolver a AR, mas não o Partido Socialista.

PUB
Momento-Chave
por RTP

Congresso PS. Pedro Nuno Santos acelera nas criticas à direita

Pedro Nuno Santos elogia o legado de António Costa e ataca a direita. No primeiro discurso no congresso socialista fez tiro ao alvo a um PSD vazio e uma Aliança Democrática tirada do baú. Reivindicou que o PS tem o titulo de partido das contas certas e prometeu que isso não implica cortes. Todas as palavras têm o horizonte das próximas eleições e a intenção de continuar no poder.

PUB
por RTP

Francisco Assis adverte que PS deve fazer campanha pela positiva e não pelo ressentimento

Francisco Assis advertiu que os socialistas devem enfrentar as próximas legislativas com propostas pela positiva, virando a página do passado, e recusar uma campanha com base no medo e ressentimento.

O antigo líder parlamentar do PS considera que o país está numa fase “crucial” a dois meses de eleições legislativas e coloca-se “um quadro complexo” aos socialistas.

“O PS deve enfrentar estas eleições pela positiva, apresentando ao país medidas concretas com toda a clareza. Não cedamos à tentação de fazermos uma campanha com base no medo, nem com base no ressentimento de qualquer espécie. Mesmo que esse medo seja legítimo, mesmo que esse ressentimento possa ter alguma razão de ser”, salientou Francisco Assis.

Na parte final da sua intervenção, o antigo líder parlamentar socialista voltou a este tema, depois de se ter manifestado certo de que o PS vai ganhar “por margem significativa” as eleições legislativas de 10 de março.

“Vamos ganhá-las porque não vamos explorar medo, não vamos explorar ressentimento. Não vamos ganhar eleições em nome do prolongamento de nada e não vamos ganhar eleições em nome do passado de que nos orgulhamos. Vamos ganhar as eleições com base num futuro que, em conjunto, seremos capazes de criar”, contrapôs.

No seu discurso, Francisco Assis advogou que o PS deve estabelecer uma diferença clara entre adversários e inimigos, sendo os inimigos aqueles que não respeitam as instituições democráticas, num conjuntura mundial em que se está a formar uma “autêntica internacional da extrema-direita, da América do Norte à Europa”.

Neste contexto, referiu a tese segundo a qual, “se as civilizações morrem, também as democracias podem morrer”, razão pela qual o PS deve apresentar medidas que “satisfaçam as expectativas dos portugueses”.

Francisco Assis deixou em seguida um alerta sobre as consequências nefastas de uma eventual rutura entre a classe média (o grosso dos contribuintes) e o Estado social, após ter pedido mudanças em áreas como o Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou a educação – setor em que “importa responder às inquietações dos professores”.

“Desde Aristóteles que sabemos que as classes médias são vitais para a afirmação da democracia, mas também sabemos desde a afirmação dos fascismos que as classes médias, quando desistem, são as principais coveiras das democracias”, declarou.

Seguiu-se o aviso: “No dia em que a classe média portuguesa deixar de enviar os seus filhos para a escola pública, ou deixar de recorrer ao SNS ou aos serviços do Estado nos mais diversos domínios; no dia em que a classe média portuguesa chegar à conclusão de que há uma rutura entre o seu esforço contributivo e os seus benefícios sociais, então nesse dia Estado social entrará numa crise terminal”.

“Será uma das mais graves regressões sociais”, acrescentou.
PUB
por RTP

Santos Silva apela a "vitória robusta" do PS para fugir à "chantagem da extrema-direita"

O ex-ministro a presidente da Assembleia da República considerou, numa declaração aos militantes, que só um Governo do PS poderá garantir "que não haverá retrocesso nas políticas" e ainda "governabilidade, estabilidade política e segurança"

Por fim, considerou que só o voto no PS fará com que o próximo governo "não fique refém da chantagem da extrema-direita".
PUB
Momento-Chave
por Lusa

Ex-ministro João Cravinho diz "compreender mal" quebras cirúrgicas do segredo de justiça

O ex-ministro socialista João Cravinho afirmou hoje compreender mal que investigações judiciais sejam "cirurgicamente divulgadas" e, questionado sobre a Operação Influencer, admitiu ser uma fonte de preocupação sobre o funcionamento da Procuradoria-Geral da República.

À chegada ao 24.º Congresso Nacional do PS, que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL), João Cravinho foi questionado pelos jornalistas sobre se a Operação Influencer é um incómodo, respondendo que é antes "uma fonte de preocupação".

"Não é um incómodo, é uma fonte de grande preocupação sobre o funcionamento da PGR, que é um órgão que tem de facto de ser profundamente respeitado por todos", declarou o ex-ministro socialista.

João Cravinho acrescentou que "compreende perfeitamente" que a PGR, perante o que lhe chega ao conhecimento, abra inquéritos e determine investigações, mas já "compreende mal" que essas investigações "cirurgicamente sejam divulgadas e quebradas no seu segredo de justiça".

O socialista, que foi ministro do Equipamento, Planeamento e Administração do Território entre 1995 e 1999, disse que as investigações que decorrem no plano da justiça não o fazem desviar do facto de os portugueses serem chamados a decidir "que caminhos querem no futuro" nas legislativas de 10 de março.

"Há um problema de habitação que exige uma abordagem nova. Sou partidário da criação de um serviço nacional de habitação", defendeu, apontando ainda "problemas sérios" na organização do Estado central.

Uma notícia publicada sexta-feira pelo "Observador" refere que António Costa é suspeito de alegada prática de crime de prevaricação pela aprovação do novo Regime Jurídico de Urbanização e Edificação no Conselho de Ministros de 19 de outubro - um diploma que terá beneficiado ao objetivo da empresa Start Campus no sentido de instalar um centro de dados em Sines.

A Operação Influencer levou no dia 07 de novembro às detenções do chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, do advogado e consultor Diogo Lacerda Machado, dos administradores da empresa Start Campus, entre outros. São ainda arguidos o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta e o advogado João Tiago Silveira.

O processo foi entretanto separado em três inquéritos, relacionados com a construção de um centro de dados na zona industrial e logística de Sines pela sociedade Start Campus, a exploração de lítio em Montalegre e de Boticas (ambos distrito de Vila Real) e a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines.

O primeiro-ministro, António Costa, que surgiu associado a este caso, foi alvo da abertura de um inquérito no Ministério Público junto do Supremo Tribunal de Justiça, situação que o levou a pedir a demissão, com o Presidente da República a marcar eleições antecipadas para 10 de março.

O 29.º Congresso Nacional do PS termina no domingo.

PUB
por Lusa

Militantes falam em "perseguição judicial" que não vai abalar confiança dos portugueses

Focados nas eleições e com um novo secretário-geral, os militantes do PS que se deslocaram a Lisboa para assistir ao congresso socialista falam numa "perseguição da Justiça" ao partido, mas confiam que não vai abalar a confiança dos portugueses.

Na Feira Internacional de Lisboa (FIL), onde decorre o 24.º Congresso Nacional do PS entre sexta-feira e domingo, uma estátua do histórico dirigente socialista Mário Soares, sentado de perna cruzada, recebe os militantes à entrada, com algumas palavras que têm particular ressonância para os socialistas atualmente: lutar e vencer.

Com "sangue novo" na liderança do PS, representado por Pedro Nuno Santos, a experiência e história do partido - consagrada no `slogan` "um futuro com história", que serve de pano de fundo às intervenções no palco principal do congresso - têm sido recorrentemente abordadas por dirigentes socialistas e militantes de base para apelar à mobilização do partido perante os casos judiciais que levaram à demissão do primeiro-ministro.

De bengala na mão e acabada de chegar à FIL, vinda de Palmela, Maria de Lurdes Pereira, com 85 anos, assiste ao congresso das bancadas laterais reservadas aos convidados e não tem dúvidas de que a Operação Influencer, que levou à demissão do primeiro-ministro, é uma "perseguição da Justiça".

"Sabe que, depois do [ex-primeiro-ministro do PS José] Sócrates ter mexido nas férias da Justiça e nos seus ordenados, nunca mais o PS teve sossego com a Justiça", concorda Rosa Duarte, de 82 anos, que veio à reunião magna socialista como delegada de Espinho, e considera que os casos judiciais "são `bluffs`" que não vão "a lado nenhum".

A ideia de que a reforma da Justiça implementada por José Sócrates em 2007 possa estar na origem dos atuais casos judiciais é também partilhada por Samuel, de 44 anos e delegado de Marco de Canaveses, que considera que o Ministério Público deveria ter gerido a situação "de outra forma" e só deveria ter divulgado as suspeitas que tinha "depois de devidamente fundamentadas".

"Desde os tempos de José Sócrates que os partidos de esquerda e direita são tratados a nível jurídico de forma diferente", critica, acrescentando que o perfil do novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, é precisamente o que o que o partido precisa neste momento, por não ter "medo de ir à luta".

Apesar disso, a maioria dos militantes socialistas que falaram à Lusa recusam que os casos judiciais possam afetar a confiança que os portugueses têm no PS.

"Eles bem tentam, mas não conseguem", diz José Góis, militante de 38 anos que veio da Madeira exclusivamente para assistir ao congresso do PS.

O militante, que se filiou no partido há quatro anos por se rever "em tudo o que António Costa diz e faz", está confiante de que Pedro Nuno Santos "vai dar continuidade ao que António Costa estava a fazer, se bem que mais à esquerda", e elogia a sua "descontração, bom profissionalismo e perspicácia".

O "sangue novo e irreverência" de Pedro Nuno Santos são também duas características destacadas por Sofia Pereira, delegada de 24 anos de Lamego, que elogia a capacidade de o partido se estar a mostrar "agregador, independentemente das ideias eventualmente diferentes".

Saído de uma disputa pela liderança que opôs Pedro Nuno Santos a José Luís Carneiro e Daniel Adrião em dezembro, o partido quer mostrar-se unido neste congresso, ainda que, entre as apoiantes de longa data dos candidatos, as `picardias` se mantenham.

Rosa Duarte, que vem de Aveiro, distrito do novo secretário-geral do PS, assume "ser Pedro Nuno desde que ele entrou na política" e a única crítica que tem ao congresso são "as moções enfadonhas" de José Luís Carneiro e Daniel Adrião. Em sentido contrário, Maria de Lurdes Pereira diz ser amiga de José Luís Carneiro, que qualifica como "100% honrado" e "mais ponderado" do que Pedro Nuno Santos, que "às vezes fala de mais".

Com ou sem divergências, ambas mantêm a confiança na vitória do PS nas próximas eleições, criticando os adversários dos socialistas.

"Nós vamos ganhar. Eu sei como é que o povo reage, ele não é estúpido, o povo. (...) O Montenegro é mau demais", diz Rosa Duarte.

PUB
por Lusa

Ana Catarina Mendes e António Mendonça Mendes na Comissão Política

A ministra Ana Catarina Mendes e o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, António Mendonça Mendes, vão integrar a lista proposta pelo novo líder, Pedro Nuno Santos, para a Comissão Política Nacional do PS.

De acordo com fonte oficial dos socialistas, esta lista para a Comissão Política do PS, com 65 efetivos, não será votada este domingo, mas apenas na primeira reunião da nova Comissão Nacional que sair deste 24º Congresso Nacional, que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

Tanto Ana Catarina Mendes, como António Mendonça Mendes, que fazem parte do chamado "núcleo político" do atual Governo, durante a recente corrida à liderança dos socialistas, não manifestaram apoio público a qualquer dos três candidatos.

Em relação à Comissão Nacional do PS, o órgão máximo entre congressos, o presidente dos socialistas, Carlos César, comunicou que deu entrada uma lista, que resulta de um acordo entre o secretário-geral, Pedro Nuno Santos, e os candidatos derrotados José Luís Carneiro e Daniel Adrião. José Luís Carneiro indicará 35% do total de 251 efetivos e Adrião terá direito a quatro elementos.

Liderada por Francisco Assis, essa lista "de unidade" para a Comissão Nacional do PS, de acordo com fonte deste partido, vai integrar, entre outras figuras, a ex-ministra da Saúde Marta Temido, apontada como potencial candidata à presidência da Câmara de Lisboa, a vice-presidente da Assembleia da República Edite Estrela e a secretária de Estado Ana Sofia Antunes.

PUB
por RTP

Medina enfatiza “derrota da ideologia” de direita e denuncia estratégia de “casos de insultos”

Perante os militantes do PS, o atual ministro das Finanças puxou pelos resultados económicos. “Estes últimos anos de governo foram um dos maiores períodos de progresso e desenvolvimento do nosso país”, assinalou.

Fernando Medina considerou que essa trajetória representa a “vitória ideológica da moderna social-democracia” e a derrota da ideologia de direita. Acusou ainda os partidos à direita de seguirem uma “estratégia de casos, centrada em ataques de natureza pessoal”.

Nesta “campanha dos casos e insultos”, a direita não alterou a sua estratégia “porque não tem nada a dizer de bom” para melhorar salários, o emprego, crescimento e proteger o estado social, assinala o ministro com a pasta das Finanças.

Medina destacou ainda a redução do défice e da dívida como trunfos do PS ao longo dos últimos anos, resumindo que as “contas certas” foram alcançadas “sem austeridade”.
PUB
Momento-Chave
por RTP

"O Chega não passará", sublinha Manuel Alegre

Mencionando uma notícia do Jornal Expresso, sobre uma nova dissolução da Assembleia da República, Manuel Alegre deixou alguns recados. 

“Isso pode fazer-se uma ou duas vezes (…). Mas ninguém dissolverá o Partido Socialista. Ninguém dissolverá a capacidade de resposta e o espírito de resistência do Partido Socialista que tem mais de 50 anos e nunca virou a cara à luta”. 

“Mas não contem connosco para manobras de branquear ou tentar integrar no sistema os inimigos do sistema. Com Pedro Nuno Santos, com o Partido Socialista, com todos vós, o Chega não passará”, afirmou. 

E reforçou: “Este é um recado que estou a dar: o Chega não passará”.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Manuel Alegre frisa que o PS "não está dissolvido" como a Assembleia da República

Numa intervenção esta tarde, Manuel Alegre elogiou a “manifestação de unidade e força”, assim como “o sentido cívico e a boa educação” do Governo de António Costa na hora de sair. 

“Fomos interrompidos contra a nossa vontade. Pode dissolver-se a Assembleia da República. O Partido Socialista não está dissolvido”, afirmou o histórico socialista. 

Elogiando ainda o discurso do ainda primeiro-ministro, na cerimónia de abertura do Congresso, Manuel Alegre sublinhou que o PS “não se rende nem se renderá”.
PUB
por Antena 1

Pedro Nuno Santos elogia Costa e critica Montenegro e PSD

Lusa

Pedro Nuno Santos acusa Luís Montenegro de ser um vazio de liderança, de credibilidade e de experiência.

Critica ainda a Aliança Democrática, a coligação anunciada entre PSD, CDS e PPM, cujo acordo é assinado amanhã.

O líder do PS diz que é um projeto recauchutado que não consegue esconder o vazio que representam os sociais-democratas.

O novo líder do PS falou hoje ao Congresso Socialista, num discurso em que se manifestou ainda, João Alexandre, solidário com António Costa.
PUB
por RTP

Duarte Cordeiro acusa direita de enfatizar "casos e casinhos"

O atual ministro do Ambiente e da Ação Climática do Governo de António Costa recusa que o Governo tivesse "falta de energia". Realça que a legislatura foi "interrompida" por fatores externos ao PS.


Questionado sobre a crítica do PS ao presidente da República pela decisão de convocar eleições, Duarte Cordeiro afirma: "Não podemos ir para uma campanha eleitoral sem dizer aos portugueses o que pensamos".

Duarte Cordeiro critica ainda a direita pela especulação e a enfatização de "casos e casinhos" em vez de apresentar uma alternativa. "A direita sempre desejou uma crise política", vinca.
PUB
por Lusa

Carneiro vinca tradição de "abertura a compromissos" e importância de "honrar" Orçamento

O candidato derrotado à liderança dos socialistas, José Luís Carneiro, defendeu hoje a unidade na pluralidade em torno do novo secretário-geral, acentuando que o PS é "o partido dos compromissos" e deve honrar o Orçamento para 2024.

Estes recados foram transmitidos pelo ministro da Administração Interna na sua intervenção no 24º Congresso Nacional do PS, onde chegou com cerca de 31% dos 1400 delegados eleitos e com uma votação para secretário-geral na ordem dos 37%

José Luís Carneiro procurou acentuar a ideia de que o novo líder, Pedro Nuno Santos, pode contar com a sua candidatura minoritária "numa lógica de pluralidade", mas também apontou alguns caminhos a seguir por parte do seu partido.

Para o ministro da Administração Interna, o PS define-se historicamente como "um partido interclassista, popular, capaz de dialogar com todos os setores".

"Somos o partido da estabilidade, da previsibilidade e do dialogo com todas as forças democráticas. O PS é o grande partido dos compromissos para o progresso" e deve "mobilizar-se para combater os extremismos", reforçou.

Entre outras tarefas, em relação ao ciclo político que se abrirá no pós-eleições legislativas de 10 de março, José Luís Carneiro apontou que o PS deve "honrar" o Orçamento do Estado para 2024, lembrando que representou "um desagravamento" em sede de IRS de 1700 milhões de euros. O ministro das Finanças, Fernando Medina, apoiou a sua candidatura a secretário-geral do PS.

Ainda em matéria económica, afirmou esperar que Portugal continue com a capacidade de atrair investimento estrangeiro, depois de vários "recordes" alcançados nos últimos anos.

Já em relação à habitação, setor tutelado pela ministra Marina Gonçalves, que apoiou o atual líder, Pedro Nuno Santos, José Luís Carneiro pediu "maior celeridade", tendo também deixado pistas sobre políticas para a saúde e educação.

Na sua perspetiva, no plano político, o PS "deve ainda liderar" processos para um referendo sobre a regionalização e sobre as reformas do sistema político e da justiça - no caso deste último setor para lhe dar "maior celeridade, transparência e prestação de contas".

Em matéria de autonomia estratégica, o ministro da Administração Interna não falou diretamente no PCP ou no Bloco de Esquerda, mas invocou o primeiro líder do partido, Mário Soares, e a "luta travadas nas ruas" em defesa de Portugal como um país de liberdade e "satélite do sovietismo" em 1975.

Depois, neste mesmo contexto, classificou o afastamento de Portugal da via "terceiro mundista" e, pelo contrário, a favor da integração europeia, como uma das principais opções feitas pelo seu partido em defesa da sua autonomia estratégica. Realçou, ainda, a tradição do PS em defesa da "Europa livre, da ideia de sociedade livre, pluralista e aberta ao mundo".

"O PS fez sempre compromissos em defesa da liberdade, da justiça social, da igualdade de oportunidades e no respeito pelas diferenças no quadro democrático. O PS deve ser o grande partido do socialismo democrático e da social-democracia", acrescentou.

PUB
por RTP

PS é "o grande partido dos compromissos para o progresso", diz José Luís Carneiro

Lembrando as anteriores governações socialistas, o ministro afirmou que o PS "é o grande partido dos compromissos para o progresso", como com a igualdade e a liberdade - valores, argumentou, que "são indissociáveis na defesa na dignidade de cada pessoa e do seu direito ao livre desenvolvimento da sua personalidade".

"Esta é a razão por que o PS deve continuar a afirmar-se como o partido do socialismo democrático e da social-democracia", afirmou José Luís Carneiro. "Somos o partido que mantém a sua matriz de partido popular, interclassista, intergeracional. Identificado com o valor do trabalho e capaz de dialogar com todos os setores da sociedade portuguesa. É aí que reside a sua identidade e é nisso que se aprofunda a sua autonomia". 

Nas palavras do ministro da Administração Interna, o PS é o "partido da previsibilidade e da estabilidade no serviço a Portugal". 

"Porque somos o partido dos grandes compromissos para o progresso é que assumimos o diálogo e a cooperação com todas as forças democráticas, para defender as liberdades e os direitos fundamentais, e para continuarmos a fazer de Portugal um dos países mais pacíficos do mundo".
PUB
Momento-Chave
por RTP

José Luís Carneiro deixa palavra de "gratidão" a António Costa

No momento de apresentação e debate da moções políticas, José Luís Carneiro deixou "uma palavra de profunda gratidão" a António Costa. Numa primeira intervenção, este sábado à tarde, o ministro da Administração Interna frisou a forma como o antigo líder socialista "honrou", "dignificou" e "defendeu os valores do socialismo democrático, colocando-os ao serviço de Portugal". 

"Ao António Costa, a nossa gratidão, o nosso muito obrigado!". Referindo-se às eleições internas de dezembro, José Luís Carneiro frisou que o PS continua unido "na riqueza da nossa pluralidade".

"Prontos para enfrentar e vencer as eleições regionais, legislativas e europeias", continuou, dirigindo-se aos militantes presentes. "Não somos militantes de um partido qualquer. Nós somos militantes do partido de Mário Soares e de tantos outros que na clandestinidade lutaram para que hoje pudéssemos viver em liberdade".
PUB
por Lusa

Costa vai estar presente na sessão de encerramento no domingo

O primeiro-ministro, António Costa, confirmou hoje à agência Lusa que foi convidado pelo secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos, para estar presente na sessão de encerramento do congresso, no domingo.

No domingo, último dia dos três de congresso dos socialistas, António Costa assiste à intervenção de encerramento de Pedro Nuno Santos, que estará centrada na apresentação de propostas para o país, tendo em vista as eleições legislativas de 10 de março.

Na sexta-feira, no primeiro dia do Congresso Nacional do PS, que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL), o ex-secretário-geral socialista fez a principal intervenção.

Num discurso em que por várias vezes se emocionou, afirmou que o seu Governo foi derrubado mas não o PS, que tem a "energia" da nova liderança de Pedro Nuno Santos e que "está pronto para a luta".

"Podem ter-me derrubado, mas não me derrotaram. Podem ter derrubado o nosso Governo, mas não derrubaram o PS. O PS está aqui forte, vivo. O PS está aqui rejuvenescido com uma nova energia, com uma nova liderança. E com o Pedro Nuno Santos estamos prontos para a luta", declarou.

António Costa, primeiro-ministro demissionário, defendeu o seu legado de oito anos em que chefiou três governos.

"Ganhámos as autárquicas de 2017 e de 2021, as europeias de 2019, as legislativas de 2019 e de 2022. E foram vitórias do PS, não foram vitórias do António Costa", apontou, procurando assim retirar peso negativo à mudança de liderança na sua força política, na sequência da sua demissão das funções de primeiro-ministro no passado dia 07 de novembro.
PUB
por RTP

Pedro Nuno Santos introduz "componente de renovação", diz João Soares

Questionado sobre as críticas de que Partido Socialista tem sido alvo, nomeadamente devido ao caso Influencer, João Soares afirmou aos jornalistas que "há uma grande unidade" no partido e "uma consciência clara" de que o PS é o melhor "colocado para resolver os problemas do país". 

Sobre o discurso de Pedro Nuno Santos, João Soares disse que o novo secretário-geral socialista "introduz uma componente de renovação", considerando que é o primeiro líder do PS que "nasceu depois do 25 de Abril".
PUB
por RTP

Álvaro Beleza: "O PS foi apanhado na curva"

O apoiante de Pedro Nuno Santos elogia o discurso do novo secretário-geral do PS mas reconhece que ainda há propostas e uma estratégia a definir. "O PS foi apanhado na curva", reconhece Álvaro Beleza. Salienta que o Congresso do PS também serve para recolher propostas para um plano eleitoral.

PUB
por RTP

Fernando Medina defende política de contas certas

O ministro das Finanças defende que a política das contas certas foi essencial no passado e diz que o novo líder do PS já deu sinais claros de que é para manter no futuro.

PUB
por RTP

Marta Temido elogia discurso "mobilizador" de Pedro Nuno Santos

À margem do Congresso do Partido Socialista, Marta Temido considerou que o discurso de Pedro Nuno Santos foi "muito adequado" e de "transição entre aquilo que foi a governação dos últimos oito anos e aquilo que amanhã abrirá a porta a conjunto de outras ideias e outros planos e projetos".

Para a antiga ministra da Saúde, o primeiro discurso do novo secretário-geral do PS neste congresso foi "mobilizador" e de "recordar aquilo que foi feito". Sobre as criticas à Justiça e às suspeitas que recaem sob o primeiro-ministro, Marta Temido admite que "começa a ser difícil não nos juntarmos aos coros de vozes que fazem essas críticas".

"Querendo acreditar nas instituições (...), vamos vendo a colocação de algumas informações estrategicamente feita em determinados dias" em desfavor do PS, argumentou.

"Isto, no mínimo, deixa-nos desconfortáveis. E também explica muito aquilo que é o número de indecisos em relação a sondagens para as próximas eleições. Porque começamos a perceber que é a notícia do dia que pode fazer as pessoas mudar e isso é muito desconfortável".
PUB
por RTP

Francisco Assis diz que "não está nem deixa de estar disponível" para presidenciais

O ex-eurodeputado e líder parlamentar do PS Francisco Assis afirmou, aos jornalistas, que “não está nem deixa de estar disponível” para ser o candidato socialista às eleições presidenciais, considerando que não é uma questão que se coloque atualmente.

Em declarações no 24.º Congresso Nacional do PS, Francisco Assis foi questionado se está disponível para ser o candidato socialista às presidenciais, depois de o secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos, ter anunciado que irá apoiar um candidato nas eleições de 2026.

“Não estou nem deixo de estar disponível para uma coisa que não se coloca neste momento. Tudo tem um tempo na vida e na vida política. O pior que pode acontecer é nós estarmos a manifestar uma posição para uma coisa que não se coloca no tempo”, afirmou, acrescentando que acha que Pedro Nuno Santos ainda não escolheu o candidato socialista.

Para Francisco Assis, o atual presidente do Conselho Económico e Social (CES), o “tempo atual é das eleições legislativas”, às quais se seguirão “as europeias, as autárquicas e só depois as presidenciais”.

“Eleições não vão faltar nos próximos dois, três anos no nosso país. Este é o tempo das eleições legislativas e o compromisso que assumi - por isso é que voltei à vida partidária, não estava no meu horizonte fazê-lo de forma imediata - é dar o meu contributo para que o PS ganhe as próximas legislativas”.

C/Lusa
PUB
por RTP

Montenegro responde a Costa: "Querem ser anjos mas são anjinhos"

Luís Montenegro fez esta manhã uma referência ao "diabo", durante um discurso em Braga. O presidente do PSD falava sobre o que considera ser um complexo ideológico da esquerda quanto aos privados no setor social.

PUB
Momento-Chave
por Lusa

Pedro Nuno anuncia que partido "apoiará um candidato" nas presidenciais

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, anunciou hoje que o partido "apoiará um candidato" nas eleições presidenciais de 2026, "como há muito tempo não o faz".

Num discurso no 24.º Congresso Nacional do PS, em Lisboa, Pedro Nuno Santos referiu que, no seu mandato como secretário-geral socialista, o partido irá enfrentar "cinco atos eleitorais": as eleições regionais nos Açores, as legislativas, as europeias, as autárquicas e as presidenciais.

Vamos "ganhar as regionais, as europeias, as autárquicas e as presidenciais, com a certeza de que, nas presidenciais, o PS apoiará um candidato como há muito tempo não o faz", anunciou.

Pedro Nuno Santos acrescentou que o partido apoiará esse candidato, "honrando os melhores presidentes da República que Portugal já teve, Mário Soares e Jorge Sampaio", o que provocou um aplauso de pé de toda a plateia.

A última vez que o PS expressou apoio a um candidato às presidenciais foi nas eleições que se realizaram em 23 de janeiro de 2011, em que Cavaco Silva foi reeleito Presidente da República.

Nessas eleições, o PS apoiou o histórico socialista Manuel Alegre, que obteve 20% dos votos.

Nas presidenciais de 2016 e nas de 2021, que Marcelo Rebelo de Sousa venceu, o PS não manifestou apoio a qualquer candidato.

PUB
Momento-Chave
por RTP

O primeio discurso de Pedro Nuno Santos no Congresso do PS. Análise de António José Teixeira

Na análise ao discurso do novo secretário-geral do PS, José António Teixeira considera que foi seguido o "guião" que António Costa deixou. Destaca ainda que Pedro Nuno Santos "assumiu por inteiro o legado" dos anteriores governos socialistas.

O antigo ministro fez questão de defender o papel que desempenhou na gestão de dossiers importantes, como a CP ou a TAP.
PUB
por RTP

Luís Montenegro: "Governo usou e abusou do poder"

Foto: Hugo Delgado - Lusa

Luís Montenegro acusa o Governo de ter usado e abusado do poder nos últimos anos. Em Braga, onde está a cumprir mais uma semana no programa "Sentir Portugal", o presidente do PSD reafirmou a ambição de ter maioria no parlamento.

PUB
por RTP

Congresso do PS. Investigação a António Costa marca a discussão

Foto: Miguel A. Lopes - Lusa

As recentes notícias sobre a investigação do Ministério Publico a António Costa têm marcado o congresso do PS. Vários dirigentes socialistas acreditam que o tema não vai ser um problema na campanha eleitoral.

Augusto Santos Silva fala em "notícias selectivas", o ex-ministro Eduardo Cabrita estranha que a justiça ainda não tenha ouvido António Costa dois meses depois das buscas em São Bento e da demissão do primeiro-ministro.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Pedro Nuno Santos reconhece que "nem tudo foi bem feito e que há ainda muito trabalho pela frente"

Pedro Nuno Santos elogiou o trabalho de António Costa e também o seu trabalho enquanto ministro das Infraestruturas, destacando o projeto TAP, que diz que “continua a ser usada como arma de arremesso”.

“A TAP era uma empresa de gestão privada que vinha de dois anos com 200 milhões de resultados negativos acumulados e que, de um momento para o outro, viu os seus aviões parados. Ou era intervencionada, ou encerrava, tão simples como isto”, explica.

“Houve que decidir e enfrentar, com coragem e determinação, uma situação dramática”, acrescentou.

Pedro Nuno Santos diz que os lucros gerados pela companhia aérea “são prova objetiva do sucesso da intervenção realizada e são sinal auspicioso de sustentabilidade futura da empresa” e não esconde “o orgulho por ter deixado a TAP a dar lucro, assim como a CP, que, pelo segundo ano consecutivo, apresentará um resultado positivo”.

“E é precisamente isto que tanto incomoda a direita. Incomoda a direita porque lhes interessa a narrativa de que tudo deve ser privatizado, de que no Estado nada funciona, de que um Estado mínimo funciona melhor. O problema que a direita não nos diz é que o Estado mínimo não funciona para a maioria esmagadora das pessoas, o Estado mínimo só funciona para uma absoluta minoria de pessoas: os privilegiados, os que não precisam dos serviços públicos para nada”, afirmou.

O líder do PS diz ter orgulho da história do partido e do que foi feito neste últimos oito anos de governação socialista, mas também assume que “nem tudo foi bem feito e que há ainda muito trabalho pela frente” e problemas para resolver, nomeadamente na saúde e na habitação.

Pedro Nuno Santos admitiu que ainda não tem condições para apresentar, este domingo, o programa eleitoral, mas prometeu que amanhã, no discurso de encerramento, vai deixar as prioridades para o país.
PUB
Momento-Chave
"Há uma confiança que só o PS pode dar"
por RTP

Pedro Nuno Santos promete "abrir um novo ciclo"

O novo secretário-geral do PS prometeu “abrir um novo ciclo no país e garantir as respostas para os problemas que o país inteiro enfrenta e pelas quais não pode esperar mais tempo”.

Pedro Nuno Santos prometeu ainda um “projeto para todos e não apenas para alguns, de uma política inteira, que não deixe ninguém para trás, que represente a esmagadora maioria das pessoas”.

“Essa confiança só o PS pode dar”, arrematou, tecendo duras críticas à oposição, nomeadamente ao líder do PSD.

Pedro Nuno Santos diz que, ao fim de mais de ano e meio de liderança, Luís Montenegro apenas apresenta um “vazio”. “Vazio de projeto, vazio de liderança, vazio de visão. É o vazio de credibilidade, vazio de experiência, e, como todos já percebemos, vazio de decisão”, afirmou, considerando que “foi para ocupar o vazio que é hoje o PSD que cresceram dois partidos à sua direita, a Iniciativa Liberal e o Chega”.

“A direita mostra-se tão envergonhada da sua história recente que, numa tentativa de se unir, teve de ir ao baú recuperar um projeto amarelecido pela antiguidade de mais de 40 anos”, afirmou.

“Com este truque, PSD e CDS pretendem fazer esquecer o período em que governaram juntos, entre 2011 e 2015, quando cortaram salários e pensões, fizeram explodir o desemprego e a dívida pública, aumentaram os impostos e privatizaram sem acautelar o interesse público. Este é o legado recente do PSD e CDS. Este é o verdadeiro Diabo que visitou os portugueses durante aqueles 4 terríveis anos”, acrescentou.

Pedro Nuno Santos diz que o PSD e o CDS estão a tentar “esconder-se por trás do mito da AD”, mas salienta que os portugueses “não esquecem, têm boa memória e não se deixam enganar com estes malabarismos”.
PUB
Momento-Chave
Pedro Nuno Santos faz primeiro discurso no Congresso do PS
por RTP

"O PSD ainda espera pelo diabo, da mesma forma como nós ainda esperamos o apelo de Passos Coelho ao voto no PS"

No seu primeiro discurso enquanto líder do PS no 24.º Congresso Nacional do partido, Pedro Nuno Santos começou por agradecer e elogiar o legado deixado por António Costa, considerando que “a história do Partido Socialista também se fez e se reforçou em muito nestes últimos 8 anos, marcados pela governação do PS liderada por António Costa”.

“António Costa cunhou, em 2015, a expressão “virar a página da austeridade” para qualificar a mudança de política face à governação de 4 anos de direita. Mas o PS, sob a sua liderança, não virou apenas a “página da austeridade”; escreveu, sim, um capítulo novo e inteiro da nossa democracia”, disse Pedro Nuno Santos.

O novo líder dos socialistas recorda que o seu antecessor conseguiu a “recuperação de rendimentos e crescimento de salários, aposta nos serviços públicos e de reforço do Estado Social”.

Mas acima de tudo, sublinha Pedro Nuno Santos, Costa escreveu “um capítulo que provou como era errada a estratégia do PSD: sim, foi e é possível subir salários e pensões e simultaneamente reduzir o défice e a dívida. Sim, camaradas, o PSD ainda espera pelo diabo, da mesma forma como nós ainda esperamos o apelo de Passos Coelho ao voto no PS”.

“Os portugueses sabem bem qual é o partido das contas certas. O partido para quem contas certas não significa cortes na certa”, declarou.

“É por tudo isto que quero dirigir uma palavra, mais do que justificada, de solidariedade e de reconhecimento ao nosso camarada António Costa, por tudo o que fez pelo nosso país, por tudo o que proporcionou aos portugueses. Obrigado, António Costa”, asseverou.
PUB
Momento-Chave
13h00
por RTP

Pedro Nuno Santos discursa do Congresso do PS

PUB
por RTP

Augusto Santos Silva sobre decisão do PR: "São águas passadas"

Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República, admite que a decisão do Presidente da República de dissolver a Assembleia “precipitou o país para uma crise política, a nosso ver, desnecessária”.

No entanto, Santos Silva diz que este assunto “são águas passadas” e garante que o presidente da República “não é alvo nem objeto neste congresso do PS”.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Carlos César critica Marcelo: "Não fez o que era politicamente devido"

Durante o seu discurso no 24.º Congresso Nacional do PS, após ter sido reeleito presidente do partido, Carlos César teceu críticas a Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que o presidente da República “não fez o que era politicamente devido”.

“O país devia ter sido poupado a esta interrupção gerada pela decisão do presidente da República de convocação de eleições antecipadas, porque é hoje amplamente reconhecido que, nas circunstâncias então difundidas, o primeiro-ministro fez o que lhe era institucionalmente requerido, mas o presidente da República em resposta não fez o que era politicamente devido”, afirmou.

Carlos César considera, porém, que “o que lá vai lá vai” e que e agora “é tempo de mostrarmos aos portugueses o líder que temos, aquilo que somos e o que merecemos ser”.

“Não fomos, nem somos nunca, prisioneiros das circunstâncias”, declarou.

O presidente do PS considera que o partido merece “ser uma proposta eleitoral ganhadora, para derrotarmos a direita mais embusteira, mais radical e mais desvalorizadora do Estado e dos direitos dos cidadãos que já tivemos em Portugal desde o 25 de abril”.

“O PS tem e apresenta o melhor primeiro-ministro para Portugal”, considera Carlos César.
PUB
Momento-Chave
por Lusa

Carlos César reeleito presidente do PS com 90,36% dos votos

Carlos César foi hoje reeleito presidente do PS com 90,36% dos votos, cargo ao qual se recandidatou sem oposição, anunciou hoje a Comissão Organizadora Congresso (COC) deste partido.

"O presidente do partido, Carlos César, foi eleito com 90,36%", anunciou o presidente da COC, Pedro do Carmo, na abertura do segundo dia de trabalhos do 24.º Congresso Nacional do PS, que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

A eleição para presidente do PS realizou-se entre a tarde de sexta-feira, primeiro dia de trabalhos, e a manhã de hoje.

Carlos César, que chefiou o Governo Regional dos Açores entre 1996 e 2012 e foi líder parlamentar do PS entre 2015 e 2019, é presidente do PS desde 2014.

Entre a tarde de sexta-feira e a manhã de hoje, os delegados elegeram também a Mesa do Congresso, com 96,21% dos votos, a Comissão de Verificação de Poderes, com 96,44%, e a Comissão de Honra, com 98,16%.

PUB
por RTP

Mariana Vieira da Silva sobre Operação Influencer: "Não são essas notícias que vão marcar o congresso"

Mariana Vieira da Silva rejeitou tecer comentários sobre a notícia de que António Costa é suspeito de prevaricação pelo Ministério Público, recusando “fazer deste momento um momento de comentários a notícias”. “Este é um momento em que o PS apresenta as suas soluções para o país”, defendeu.

“Não são essas notícias que vão marcar o congresso. O que vai marcar o congresso é uma nova liderança, nova ambição do PS e um novo conjunto de respostas que o PS tem que dar”, asseverou.
PUB
por RTP

Alexandra Leitão: "Aqui discute-se política, não se discute processos judiciais"

Alexandra Leitão, deputada do PS, admite que os processos judiciais "são um risco para todos os políticos em qualquer momento" e que "acabaram por entrar pela política dentro", mas defende que não se deve permitir isso.

"Aqui discute-se política, não se discute processos judiciais", disse Alexandra Leitão aos jornalistas este sábado, à chegada para o segundo dia do 24.º Congresso Nacional do PS.
PUB
Momento-Chave
por RTP

José Luís Carneiro: "Estou disponível para servir o meu país"

Questionado pelos jornalistas sobre se está disponível para integrar um eventual governo socialista, José Luís Carneiro disse esta disponível para servir o país “independentemente das funções que me são solicitadas”.

O candidato derrotado à liderança do PS sublinha que é “importante que a unidade que se está a viver neste Congresso tenha depois seguimento, nomeadamente na nomeação das listas de candidatura ao Parlamento”.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Eduardo Cabrita expressa "perplexidade" por António Costa ainda não ter sido ouvido pela Justiça

Eduardo Cabrita, ex-ministro da Administração Interna, considera que é “um pouco estranho” que a Justiça, “tendo demitido o governo há dois meses, ainda não tenha tido tempo para ouvir António Costa”.

Cabrita repetiu as palavras de António Costa, defendendo que “o PS deve tratar o tema da justiça como o tema da habitação, da educação, da saúde”.

“Queremos uma justiça que corresponda às aspirações dos portuguesas e que seja também ela escrutinada enquanto pilar da democracia. Uma justiça que não interfira no processo legislativo, como a política não deve interferir no curso da justiça”, afirmou Cabrita à chegada para o segundo dia do 24.º Congresso do Partido Socialista.

O ex-ministro da Administração Interna considera, no entanto, que a prioridade neste momento é “derrotar a direita provando que só o PS tem condições para garantir estabilidade e crescimento”.
PUB
por RTP

Votação para o presidente do partido já terminou

As votações para o presidente do PS já encerraram. Carlos César será o presidente do PS, uma vez que é candidato único.

No domingo haverá votação para os órgãos nacionais do PS.

Em entrevista à RTP, um militante que organizou processo de votações explica como este decorre.
PUB
por RTP

Montenegro sobre nova Geringonça: "Já percebemos que eles se querem juntar"

O líder do PSD lembrou que houve tempos em que o PS conseguiu governar com o beneplácito do Partido Social Democrata porque se afastava da esquerda radical.

Algo que - segundo Luís Montenegro - deixou de acontecer mais recentemente.
PUB
Momento-Chave
por Lusa

Pedro Nuno faz hoje o seu primeiro discurso após reeleição de César como presidente

António Cotrim - Lusa

Pedro Nuno Santos vai fazer hoje o seu primeiro discurso como secretário-geral no 24.º Congresso Nacional do PS, após a reeleição de Carlos César como presidente do partido, cargo ao qual concorre sem oposição.

As votações para presidente do PS e para a Mesa do Congresso, Comissão de Verificação de Poderes e Comissão de Honra, que habitualmente se realizam no início dos trabalhos, prosseguem desta vez até às 10:00 de hoje, segundo dia do Congresso que decorre na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

Durante a manhã, discursará presidente reeleito do PS e serão apresentadas e debatidas as moções políticas de orientação nacional do secretário-geral do PS e também de José Luís Carneiro e Daniel Adrião, seus ex-adversários internos nas diretas de 15 e 16 de dezembro.

Às 17:00 termina o prazo para entrega de listas candidatas aos órgãos. Espera-se uma única lista para a Comissão Nacional, órgão máximo entre congressos, encabeçada por Francisco Assis, depois de Pedro Nuno Santos ter chegado a acordo com José Luís Carneiro e Daniel Adrião.

Além da Comissão Nacional, o Congresso irá eleger a Comissão Nacional de Jurisdição e a Comissão Nacional de Fiscalização Económica e Financeira, durante a manhã de domingo, por voto secreto. As moções políticas de orientação nacional serão votadas em alternativa, por braço no ar.

Pedro Nuno Santos venceu com 61% dos votos as eleições diretas internas de 15 e 16 de dezembro, enquanto José Luís Carneiro teve 37% e Daniel Adrião 1% dos votos. Para este Congresso, a candidatura do novo secretário-geral elegeu quase 70% dos cerca de 1.400 delegados.

Este processo eleitoral no PS foi aberto com a demissão de António Costa do cargo primeiro-ministro, em 07 de novembro, após ter sido tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça a partir da Operação Influencer.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou de imediato a demissão do primeiro-ministro e dois dias depois anunciou ao país a dissolução do parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas para 10 de março.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, discursou na abertura do Congresso, já como ex-secretário-geral do PS, função que exerceu durante nove anos, desde 22 de novembro de 2014.

Na parte final da sua intervenção, António Costa recebeu um aplauso prolongado dos congressistas ao declarar: "Podem ter derrubado o nosso Governo, mas não derrubaram o PS. O PS está aqui forte, vivo. O PS está aqui rejuvenescido com uma nova energia, com uma nova liderança. E com o Pedro Nuno Santos estamos prontos para a luta".

O ainda chefe do Governo manifestou confiança na vitória do PS nas legislativas de 10 de março, antevendo que "o Pedro Nuno vai ser o primeiro primeiro-ministro que nasceu depois da revolução de Abril [de 1974]".

António Costa referiu que desde que formou Governo, em novembro de 2015, o PS venceu todas as eleições nacionais e afirmou que "o diabo não veio" porque "o diabo é a direita e os portugueses não devolveram o poder à direita".

PUB
Momento-Chave
por RTP

Congresso marca o fim da "Era Costa". "Foi um caminho interrompido"

António Costa esteve nove anos à frente do PS. Liderou durante oito o governo.

A era de Costa termina, mas no partido ninguém acredita no fim da carreira política de António Costa.
PUB
por RTP

Casos judiciais. Notáveis do PS garantem que partido está unido

Alguns rostos de peso do PS garantem que o partido está focado nos problemas do país e recusam falar dos casos judiciais.

Preferem destacar o legado de António Costa.
PUB
por RTP

Augusto Santos Silva à RTP. "Penso que a direita não vai ganhar as eleições"

Augusto Santos Silva não estranha a coincidência da suspeita que recai sobre António Costa ter sido conhecida no dia do arranque do congresso do PS.

Em entrevista à RTP, o ainda presidente da Assembleia da República diz que não é a primeira vez que existem fugas seletivas de informação.
PUB
por RTP

Francisco Assis. "PS deve afastar-se da operação Influencer"

Francisco Assis discorda de António Costa considera que o presidente da República fez bem em dissolver o Parlamento.

Na RTP, o cabeça de lista da nova comissão nacional do PS disse que o partido deve distanciar-se da Operação Influencer.
PUB
Momento-Chave
por RTP

Pedro Nuno Santos agradece legado deixado por António Costa

Pedro Nuno Santos não comenta a suspeita de prevaricação que recai sobre António Costa no âmbito da Operação Influencer.

O novo líder do PS agradeceu a António Costa o legado deixado.
PUB
Momento-Chave
por Joana Raposo Santos - RTP

Congresso do PS. "O diabo não veio" porque "o diabo é a direita", vinca Costa na passagem de testemunho a Pedro Nuno Santos

No final do seu discurso, António Costa fez uma referência ao caso que levou à sua demissão: "Podem ter-me derrubado, mas não me derrotaram". António Cotrim - Lusa

O primeiro-ministro passou esta sexta-feira o testemunho a Pedro Nuno Santos no 24.º Congresso Nacional do PS. Num balanço focado no que houve de melhor nos seus oito anos de governação, António Costa aproveitou para "revelar um segredo": o diabo nunca apareceu, porque "o diabo é a direita".

“Nós conseguimos aumentar salários e ao mesmo tempo criar empregos, nós conseguimos aumentar salários e aumentar o investimento das empresas, nós conseguimos aumentar salários e aumentar as exportações, nós conseguimos aumentar salários e melhorar a nossa competitividade, nós conseguimos aumentar salários e o diabo não veio, não veio e não veio”, declarou com firmeza o ainda chefe de Governo.
Costa explicou que “o diabo não veio por uma razão muito simples: é que o diabo é a direita, e os portugueses não devolveram o poder à direita”.Num dos discursos de abertura do Congresso do Partido Socialista, o primeiro-ministro lembrou que as desigualdades são a “causa de sempre” do PS e que, ao longo destes oito anos, este não deu tréguas ao combate a essas desigualdades.

“Ao Governo a direita dizia que a Segurança Social estava falida. Pois nós vamos a eleições dizendo: alargámos em 40 anos a sustentabilidade da nossa Segurança Social”, declarou.

“Reduzimos para metade o abandono escolar precoce, uma condição fundamental para o desenvolvimento do futuro (…), e quando nós chegámos ao Governo era 13,7 a taxa de abandono”, continuou António Costa.

Sobre o Serviço Nacional de Saúde, reconheceu que “tem muitos problemas”, mas considerou que ainda teria mais se não fosse o aumento em 72 por cento do orçamento do SNS.

A habitação também não escapou ao balanço do primeiro-ministro, que a considera “o novo pilar do Estado Social que ao longo destes anos fomos desenvolvendo”.

"Sabemos que não tivemos parceiro para fazer a regionalização, sabemos que temos um presidente que não nos deixava fazer a regionalização, mas levámos até onde o pudemos fazer", disse.
A passagem de testemunho
No arranque do seu discurso, António Costa frisou que o PS “passa o testemunho a uma nova geração”, já que Pedro Nuno Santos “é o primeiro secretário-geral do Partido Socialista que nasceu depois” da sua fundação.

“Vai ser o primeiro primeiro-ministro que nasceu depois da revolução de Abril”,
acrescentou, considerando que o seu substituto "está pronto para a luta".

“Nós somos o partido da liberdade e da democracia. Nós somos o partido do projeto europeu”, do “combate às desigualdades”, continuou Costa. “Nós somos aqueles que os portugueses sabem que nunca faltámos quando foi necessário”, nem mesmo “nos momentos mais difíceis”.

“O PS que em 2015 assinou os acordos com o Partido Comunista Português, com o Partido Ecologista Os Verdes, com o Bloco de Esquerda, foi o mesmo PS que nas ruas se bateu em 1975 para garantir a liberdade e a democracia e combater a deriva totalitária da revolução”.“Derrubámos esses muros e não deixaremos voltarem a erguer esses muros”.

António Costa referiu ainda que “o PS foi sempre o partido contemporâneo das causas do seu tempo e que “a maior causa do nosso tempo hoje é mesmo o combate às alterações climáticas”.

“Ao longo destes anos oito anos, nós podemos orgulhar-nos de termos sido o primeiro país do mundo, na COP Marraquexe em 2016, a assumir o compromisso da neutralidade carbónica em 2050”, recordou.

“Fomos o primeiro país a antecipar este compromisso para 2045, na Lei do Clima que aprovámos na Assembleia da República. E é com muito orgulho que vemos a Comissão Europeia dizer que Portugal é o país mais bem preparado da UE para atingir a neutralidade carbónica”.
"Podem ter-me derrubado, mas não me derrotaram"
Para o primeiro-ministro, houve também “boas políticas” na área “da mobilidade, como o passe social acessível que trouxemos para todas as famílias e como temos vindo a desenvolver as redes de metro em Lisboa e no Porto” e a rede da ferrovia.

“Abraçamos as causas novas, mas não nos esquecemos das causas antigas: a maior de todas, a causa da liberdade. Ainda hoje a Assembleia da República aprovou a liberdade na autodeterminação de género, da mesma forma que aumentámos as oportunidade de quem quer ter filhos poder ter filhos, porque alargámos a procriação medicamente assistida, porque autorizámos a gestação de substituição”, declarou.

“E também porque reforçámos a dignidade de todos os cidadãos no momento da morte, podendo a morte ser medicamente assistida”.

Já no final do seu discurso, António Costa fez uma referência ao caso que levou à sua demissão: "Podem ter-me derrubado, mas não me derrotaram".

"Podem ter derrubado o nosso Governo, mas não derrubaram o PS. O PS está aqui forte, vivo. O PS está aqui rejuvenescido com uma nova energia, com uma nova liderança. E com o Pedro Nuno Santos estamos prontos para a luta", afiançou.
PUB
por Inês Moreira Santos - RTP

António Costa passa testemunho a Pedro Nuno Santos. O que esperar do congresso do PS?

Espera-se que António Costa faça esta sexta-feira um balanço da atividade do Governo e do PS nos últimos anos José Véstia - RTP

Começa esta sexta-feira à noite o Congresso Nacional do Partido Socialista, em Lisboa, com um discurso de António Costa na sessão de abertura. Já o novo secretário-geral tem intervenções marcadas para sábado e domingo, dia do encerramento dos trabalhos. Um dos temas em destaque na reunião magna socialista é a proposta de Pedro Nuno Santos ao candidato que derrotou nas eleições internas, José Luís Carneiro, no sentido de formar listas de unidade para as comissões Nacional e Política.

Após a demissão de António Costa do cargo de primeiro-ministro -  e consequentemente de secretário-geral do PS -, em novembro, a Comissão Nacional do Partido Socialista aprovou a marcação do congresso para dias 5, 6 e 7 de janeiro, a decorrer na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

Esta sexta-feira à noite, o congresso inicia-se com os cerca de 1.600 delegados a elegerem a Comissão de Verificação de Poderes, a mesa do congresso e o presidente do partido, cargo a que Carlos César se recandidata sem oposição. O Congresso Nacional funciona como órgão de apreciação e definição das linhas gerais da política nacional do PS, de acordo com os estatutos do partido, tendo com principal objetivo aprovar a Moção de Política Global, o programa de legislatura e eleger o presidente do partido, a Comissão Nacional, a Comissão Nacional de Jurisdição e a Comissão Nacional de Fiscalização Económica e Financeira.

Na cerimónia de abertura, marcada para as 19h30, segundo o programa do Congresso, a ex-ministra da Saúde Marta Temido, apontada como potencial candidata socialista a presidente da Câmara de Lisboa, vai discursar na qualidade de presidente da Concelhia de Lisboa dos socialistas.

Segue-se depois a intervenção do ex-secretário-geral António Costa, prevendo-se que faça um balanço da atividade do Governo e do partido nos últimos anos. Este modelo é uma tradição que vem da década de 1970, nas organizações do PS, ou da JS, quando os responsáveis máximos cessantes faziam o primeiro discurso dos congressos para prestação de contas sobre o exercício da atividade no cargo.
João Alexandre - Antena 1

Já as intervenções do novo secretário-geral terão lugar no sábado e no domingo, no encerramento, quando se prevê que fale sobre o futuro do partido e das eleições legislativas marcadas para dia 10 de março.

No sábado de manhã, está previsto que o congresso comece com uma intervenção do presidente do PS, Carlos César, seguida de uma apresentação das moções de estratégia de orientação política das candidaturas a secretário-geral de Pedro Nuno Santos, José Luís Carneiro e Daniel Adrião.

As votações destas moções serão realizadas por braço no ar apenas na manhã de domingo. Antes da sessão de encerramento, na qual está prevista a intervenção do novo líder, serão apresentadas cerca de 40 moções setoriais – documentos que, no entanto, não serão votados nem discutidos em congresso, mas apenas numa das primeiras comissões nacionais deste ano.
Acordo para listas de unidade nos órgãos nacionais

Um dos pontos que marca este congresso do PS é o facto de o líder eleito do PS ter chegado a um acordo, na semana passada, com um dos adversários, que derrotou na corrida ao cargo de secretário-geral, para fazerem listas de unidade para as comissões Nacional e Política.

Nas listas para a Comissão Nacional do PS, o órgão máximo partidário entre congressos, José Luís Carneiro terá direito a indicar 35 por cento da totalidade dos lugares, e o mesmo princípio vai estender-se à Comissão Política - o órgão deliberativo do partido no período entre as reuniões da Comissão Nacional.

Além disso, segundo informações do partido, o acordo tem também uma dimensão política programática: o ainda ministro da Administração Interna vai indicar o coordenador da sua moção de orientação política, o secretário de Estado da Presidência, André Moz Caldas, para se articular com a ex-ministra Alexandra Leitão, que coordenou a moção de Pedro Nuno Santos, na elaboração do programa que o PS apresentará para as eleições legislativas antecipadas de 10 de março.O PS tem aproximadamente 80 mil militantes, dos quais cerca de 60 mil puderam votar nas eleições diretas de dezembro, por estarem inscritos há pelo menos seis meses e com quotas em dia. Contudo, só votaram nestas últimas eleições diretas e para a escolha de delegados ao congresso cerca de 40 mil filiados.

Note-se que, na noite em que foram conhecidos os resultados das eleições internas do Partido Socialista, tanto Pedro Nuno Santos como José Luís Carneiro fizeram discursos demonstrando disponibilidade para unidade interna.

O eleito Pedro Nuno Santos afirmou que contava com o adversário, assim como com a participação de António Costa, na campanha para as legislativas. E José Luís Carneiro, no discurso em que assumiu a derrota, acentuou que “estava disponível para a unidade, com respeito pela pluralidade interna”.

Ainda no que respeita ao calendário para a eleição dos futuros órgãos nacionais do PS, ao contrário do que tem sido habitual, desta vez, Pedro Nuno Santos considera vantajoso que a Comissão Política Nacional, o órgão de direção alargada, seja eleita já este domingo no encerramento do congresso, imediatamente após a eleição e constituição da Comissão Nacional.

De acordo com elementos da equipa do atual ministro da Administração Interna e do núcleo político do novo secretário-geral do PS, nas negociações entre Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro chegou-se a acordo de atribuir 35 por cento do total de membros nas comissões Nacional e Política, do lado do ministro da Administração Interna.

Além do novo líder do partido, os militantes socialistas votaram para eleger 1.400 delegados ao Congresso Nacional do PS, que se reunirá este fim de semana, na Feira Internacional de Lisboa – aos quais aos se juntam 1.100 delegados por inerência.
PUB