Chega argumenta que há deputados envolvidos em crimes "bem mais graves do que roubar umas malas"

por RTP

Foto: José Sena Goulão - Lusa

Em entrevista ao 360 da RTP3, o deputado do Chega e vice-presidente da bancada parlamentar do partido Rui Paulo Sousa salientou esta segunda-feira que foi o Chega que chamou a atenção para a existência de malas no gabinete de Miguel Arruda no Parlamento.

Rui Paulo Sousa acompanhou as buscas da noite de segunda-fera ao gabinete e indicou que foram apreendidas quatro malas e uma mochila.

O gabinete de Miguel Arruda era partilhado com outro deputado do Chega, Daniel Teixeira, que até já tinha mencionado um número excessivo de malas existente no gabinete. No entanto, Miguel Arruda justificava-se com as viagens regulares aos Açores.Rui Paulo Sousa defende que a única decisão viável na sequência deste caso era a expulsão do partido e considera que o agora deputado independente deveria renunciar ao mandato.



Rui Paulo Sousa vinca ainda que o grupo parlamentar do Chega "não se sente confortável que o deputado se sente no mesmo sítio" caso regresse à Assembleia da República.

Reconhece, em entrevista à RTP, o "absurdo" do caso e admite que ninguém no partido imaginou que tal pudesse acontecer.

Questionado sobre um eventual impacto deste caso para o Chega, Rui Paulo Sousa sublinha que há outras bancadas de partidos em que outros deputados são acusados de "crimes bem mais graves do que roubar umas malas no aeroporto", mas que não atingiram uma dimensão tão "extraordinária".
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