CDU avisa que sondagens não votam e pede que "o povo" não fique em casa

por Lusa

O cabeça de lista da CDU às europeias desceu hoje o Chiado a avisar que não são as sondagens nem os comentadores que vão definir o resultado das eleições, pedindo que o povo "não fique em casa" no domingo.

Sob os cânticos "a CDU avança, com toda a confiança", "Europa neoliberal só serve o capital", ou "para o país avançar, salários aumentar", João Oliveira desceu o Chiado, em Lisboa, acompanhado pelo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, o antigo líder comunista Carlos Carvalhas, a eurodeputada Sandra Pereira e o deputado António Filipe.

Com várias centenas de pessoas a participarem no desfile - o que serviu para, no final, a eurodeputada Sandra Pereira falar em "grande demonstração de força" -, João Oliveira foi logo no início do percurso interpelado por um senhor que saudou "a dinâmica da campanha" da CDU e a sua "luta pela paz".

"Não é só na Palestina, é na Ucrânia, é no Iémen, na Síria, em todo o mundo", concordou João Oliveira, agradecendo as palavras do senhor.

Esta mensagem foi reproduzida por outra jovem que também se aproximou do candidato para lhe "desejar boa sorte para as eleições", salientando que "são os únicos que lutam efetivamente pela paz, tanto na Ucrânia como na Palestina".

"E continuaremos, esse é um compromisso que não largamos", respondeu João Oliveira.

Depois, em declarações aos jornalistas, o candidato dirigiu-se a quem votou noutras forças políticas em anteriores eleições para lhes perguntar "de que é que serviram os deputados que elegeram, se foram lá tomar decisões que prejudicaram o povo e o país".

"Olhando sobretudo para estes últimos cinco anos, nós percebemos que valem mais dois deputados da CDU do que seis ou sete de outros partidos", defendeu, antes de admitir que está agora mais confiante num "grande resultado" da coligação do que estava quando começou a campanha, por ter sentido apoio nos contactos que fez pelo país.

Mais adiante, outro senhor voltou a interpelar João Oliveira para salientar que, ao longo da campanha, a CDU conseguiu garantir o seu voto por defender "a soberania nacional acima de tudo".

No final do percurso, à chegada ao fundo da Rua do Carmo, no cruzamento com a praça do Rossio, começou a chover intensamente, com a maioria dos simpatizantes da CDU a abrirem o seu guarda-chuva, o que foi rapidamente utilizado como argumento por João Oliveira quando subiu a um palanque para discursar.

"Certamente não há de ser a chuva tropical do mês de junho que há de reduzir a nossa determinação e confiança nas horas que ainda temos pela frente para construir o grande resultado eleitoral que está ao alcance da CDU no próximo dia 09 de junho", afirmou.

O candidato defendeu que foi devido à CDU que a campanha discutiu temas como o aumento dos salários e das reformas, o investimento na habitação, saúde e educação, a valorização dos serviços públicos ou a defesa da produção nacional.

O candidato apelou a que os militantes procurem convencer tanto aqueles que já votaram na coligação, como os que votaram noutras forças políticas, defendendo que a CDU "é a força decisiva que faz falta ao povo e ao país".

João Oliveira salientou que, "no domingo, não serão as sondagens, os comentadores, as notas dos debates que trarão votos à CDU, é a decisão de cada um sobre o futuro que quer para a sua vida e para o futuro do país".

"Portanto, o apelo que temos deixar é que o povo não fique em casa, o povo que dê força à CDU para que essa força sirva esse povo e o desenvolvimento do nosso país", afirmou.

Esta ideia foi também transmitida pelo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que, do mesmo palanque, repetiu que "não serão as sondagens a votar", e os comentadores "votam, mas votam noutros", e pediu mobilização.

"A tarefa até domingo às 19:00, faça chuva ou sol, é contactar, esclarecer, apoio a apoio, contacto a contacto, voto a voto na CDU, deputado a deputado. É este o caminho que temos pela frente: vamos ao trabalho!", disse.

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