CDS-PP diz que acordo com PSD garante governo estável para quatro anos

por Lusa

O CDS-PP/Madeira transmitiu hoje ao representante da República para a região autónoma, Ireneu Barreto, que o acordo estabelecido como o PSD, partido que ganhou as eleições no domingo, permite assegurar um governo estável para quatro anos.

"Viemos dizer ao senhor representante da República que o CDS tem um acordo de incidência governativa e parlamentar com o partido que ganhou as eleições, o PSD, e que esse acordo, na nossa opinião, é um acordo de estabilidade para quatro anos, que permitirá ter um governo com maioria absoluta, com programa aprovado e orçamentos", disse o dirigente democrata-cristão Ricardo Vieira.

Ricardo Vieira foi o porta-voz da delegação do CDS-PP que hoje foi recebida pelo representante da República, uma vez que o líder regional do partido, José Manuel Rodrigues, que vai integrar o novo executivo madeirense, está ausente da região por motivos pessoais.

O dirigente realçou que o acordo com o PSD é de incidência parlamentar, garantindo posições concertadas ao nível da Assembleia Legislativa da Madeira, e também de incidência governativa, pelo que "haverá um cargo no governo que será da responsabilidade do CDS".

"Asseguramos com isso a estabilidade que o povo, na nossa opinião, quis que os partidos tivessem assegurado a partir do ato eleitoral", afirmou.

O representante da República para a região autónoma já recebeu hoje no Funchal, no Palácio de São Lourenço, a sua residência oficial, o PSD (23 deputados eleitos no domingo), o JPP (11), o PS (oito), o Chega (três) e o CDS-PP (um), faltando a IL (um), com audiência agendada para as 14:15.

Na terça-feira, dois dias após as eleições, as estruturas regionais do PSD e do CDS-PP definiram um acordo pós-eleitoral que assegura a maioria parlamentar na região e inclui a integração do líder dos democratas-cristãos do arquipélago, José Manuel Rodrigues, no executivo.

Estas foram as terceiras legislativas realizadas na Madeira em cerca de um ano e meio, tendo concorrido num círculo único 14 listas: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

O sufrágio ocorreu 10 meses após o anterior, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive Miguel Albuquerque -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

Nas legislativas regionais, o representante da República convida uma força política a formar governo em função dos resultados, após a auscultação dos partidos com assento parlamentar.

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