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Reportagem

CDS. Segundo dia do Congresso de consagração da liderança de Nuno Melo

por Graça Andrade Ramos, Andreia Martins - RTP

Após a aprovação da moção "Tempo de Crescer", por unanimidade, Nuno Melo foi reeleito presidente do partido praticamente sem oposição.

Nuno Melo discursa no 31º Congresso do CDS, em Viseu Foto: Paulo Novais - Lusa

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Chega deseja que CDS prove sozinho "o que vale"

O deputado João Tilly, que esteve no encerramento do Congresso em nome do Chega, espera que o CDS saia da sombra do PSD e vá sózinho a eleições, para "provar o que vale", considerando ainda que o CDS "faz muita falta à verdadeira direita portuguesa e a Portugal".

No seguimento da ideia, Tilly aproveitou para deixar farpas à "extrema esquerda".
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IL espera que CDS aproveite segunda vida para "renascer"

Ao reagir ao discurso de encerramento do congresso, Pedro Pereira, da Comissão Politíca da Iniciativa Liberal, desejou o maior sucesso a Nuno Melo de forma a que os centristas voltem a ocupar um espaço essencial que lhe cabe na democracia portuguesa.
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PS. Reconhecemos e saudamos o "reaparecimento do CDS"

"Desejamos sucessos ao CDS no combate às forças extremistas à sua direita", afirmou João Paulo Rebelo, que assistiu ao encerramento do Congresso do CDS em nome do Partido Socialista.

Face às críticas de Nuno Melo, considerou-as "vagas" e sublinhou que o presidente centrista reeleito não apontou caminhos a nível nacional, num discurso que nãm foi "particularmente entusiasmante".

Considerou ainda que Melo fez "prova de vida" enquanto ministro da Defesa e sublinhou a proximidade em matérias de segurança e de soberania entre o PS e o CDS.
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Paulo Rangel. Diferenças são "salutares" em democracia

 
O ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros assistiu ao encerramento do congresso do CDS e ouviu o discurso final de Nuno Melo, sublinhando que as diferenças entre os centristas e os social

Rangel revelou ainda que se afastou da escolha das listas da Aliança Democrata às eleições europeias.
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por RTP

Governo vai criar comissão para a celebração do 25 de Novembro, anuncia Nuno Melo

Foto: Paulo Novais - Lusa

No discurso de encerramento do congresso do CDS-PP, o presidente do partido e atual ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, anunciou que o Governo vai criar uma comissão para as comemorações do 25 de Novembro de 1975.

"Concertei com o senhor primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, que no âmbito da Defesa e do Governo, criaremos uma comissão para umas comemorações devidas, nacionais, dos 50 anos do 25 de novembro", afirmou.
No discurso de encerramento do 31.º Congresso do CDS-PP, que terminou este domingo, Nuno Melo assinalou, na semana em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril, que a comemoração do 25 de Novembro deve ser "plural e justa", com militares e civis.

"Em 2024 celebraremos os 50 anos do 25 de Abril. Em 2025, devemos celebrar, e não esquecer, os 50 anos do 25 de Novembro", vincou.

Nuno Melo salientou ainda que o 25 de Novembro foi "um movimento militar que salvou a democracia em Portugal".

Por fim, o ministro da Defesa e líder do CDS citou o antigo Presidente da República, Ramalho Eanes, que defendeu em entrevista à RTP que o "25 de Novembro foi a continuação do 25 de Abril".

O antigo chefe de Estado disse não entender que "estigmatizem e se esqueçam do 25 de Novembro", uma operação militar que foi "a continuação do 25 de Abril".

"É rigorosamente o que pensamos no CDS há 49 anos", assinalou Nuno Melo. 

(c/ Lusa)
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Discurso de encerramento. Nuno Melo diz que Governo herdou "crise social" provocada pelas esquerdas

No discurso de consagração após a reeleição como líder do CDS-PP, Nuno Melo deixou uma nota de pesar pela morte do jornalista Pedro Cruz. De seguida, cumprimentou o parceiro de coligação no Governo, o PSD, representado neste congresso por Paulo Rangel.

Destacando que os portugueses votaram pela "mudança" e pelo "diálogo", o presidente do CDS salienta que os dois partidos estão juntos "pela oitava vez na história da nossa democracia".

"Sempre que CDS e PSD juntaram forças nunca perderam eleições legislativas", assinalou.

Nuno Melo dedicou também vários minutos aos desafios eleitorais que se avizinham, nomeadamente as eleições regionais na Madeira, em que concorre com listas próprias, e às eleições europeias, em que o CDS concorre em coligação com o PSD.


O presidente do CDS sublinha que o partido foi dos primeiros a defender a integração de Portugal na CEE e que é uma força "europeísta desde o nascimento". Nuno Melo defende que as eleições europeias não são eleições "menores" e que a opção nas urnas será entre "tolerância" e os "extremismos". Uma opção que torna-se ainda mais relevante com "uma guerra às portas da UE e da NATO".

Considera que a defesa do conceito de Ocidente e de liberdade está ameaçado pelo crescimento da extrema-esquerda e extrema-direita. "Uns e outros são opositores da UE como a concebemos", argumenta.

De seguida, Nuno Melo focou-se na política interna, ao comparar a crise que trouxe a Troika a Portugal e o momento atual. "Em 2024, a crise que nos é legada pela esquerda é fundamentalmente social", refere.

"Bem-vindos à lucidez", diz o presidente do CDS para saudar o equilíbrio das contas públicas após oito anos de governação socialista, mas lembra os serviços mínimos "no mínimo".

"Se antes o PS e as esquerdas legaram a Troika", agora trouxeram "o colapso do SNS, a instabilidade da escola pública, a porta de saída aos jovens, o desperdício na agricultura, a anarquia à habitação, as dificuldades às empresas e os problemas no setor social", elencou.

Nuno Melo abordou ainda a questão da mudança do logótipo, uma das primeiras medidas do Governo. Criticou o PS por ter "decidido apagar" a esfera armilar e considera que o executivo da AD "resgatou a identidade de Portugal".

"Nunca esteve em causa a estética, mas sim a essência", afirmou.

Ainda numa crítica ao PS, Nuno Melo considera que foram batidos "todos os recordes de carga fiscal" ao longo dos últimos anos e que agora os socialistas apontam críticas ao Governo por baixar o IRS "bem além do que o PS pretendia".

Nesse âmbito, diz que o partido está num "processo acelerado de surto amnésico".

Parte do discurso de Nuno Melo foi também dedicada à Defesa Nacional, a pasta que ocupa no Governo. Declarou que não esquece os militares do passado, do presente e do futuro, recolhendo fortes aplausos ao referir-se aos antigos combatentes. 

O presidente do CDS referiu-se ainda à ajuda à Ucrânia, declarando com veemência que não se trata de "caridade", mas sim da defesa dos valores europeus. Nuno Melo elogiou a aprovação do novo pacote de ajuda pelo Congresso dos Estados Unidos, congelado durante vários meses. 

"Ainda bem que o apoio norte-americano voltou", defendeu, saudando os norte-americanos por voltarem "à lucidez".

Nuno Melo dedicou ainda algumas palavras à celebração dos 50 anos do 25 de Abril, assinalando que o país não deve esquecer os 50 anos do 25 de Novembro. Anunciou ainda que o Governo irá criar uma comissão para a comemoração dessa efeméride em 2025.

Lembra que foi esse movimento militar "que salvou a democracia" e citou as palavras do ex-presidente, Ramalho Eanes, que defendeu o 25 de Novembro como a "continuação do 25 de Abril".

"É o que o CDS pensa desde sempre", vincou.

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por Lusa

Nuno Melo reeleito presidente do partido com 89,3% dos votos

Nuno Melo foi hoje reeleito presidente do CDS-PP, com a sua Comissão Política Nacional a obter 89,3% dos votos dos delegados ao 31.º congresso do partido.

Os resultados foram anunciados pelo presidente da Mesa do Congresso, José Manuel Rodrigues, na abertura da sessão de encerramento da reunião magna, que arrancou com cerca de uma hora de atraso face ao que estava previsto no programa e termina hoje em Viseu.

O anúncio foi feito pelas 13:25, depois de os delegados terem votado para eleger os novos órgãos durante a manhã.

A lista do novo líder recebeu 684 votos a favor, o que corresponde a 89,3%, 65 votos em branco (8,5%) e 17 nulos (2,2%), de um total de 766 votantes.

A moção de estratégia global apresentada por Nuno Melo, a única que foi a votos, foi aprovada por unanimidade no primeiro dia de trabalhos do congresso.

Na primeira vez que foi eleito líder do CDS-PP, no congresso de Guimarães, em 2022, a lista apresentada por Nuno Melo à comissão política nacional conseguiu 74,93% dos votos.

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por RTP

"Listas trazem muita renovação". Nuno Melo responde a Rodrigues dos Santos

Nuno Melo diz que Francisco Rodrigues dos Santos está equivocado por considerar que não houve renovação nas listas do partido. O ex-líder centrista não foi ao congresso deste fim de semana e admitiu desfiliar-se do CDS.

O atual presidente do partido prefere falar em união interna e mostra-se convicto de que teria conseguido um resultado melhor do que em 2022, mesmo que tivesse concorrido sozinho às legislativas.
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por RTP

Nuno Magalhães. Renovação das listas "é notória"

"Compreendo as críticas" mas estas "fazem parte" dos congressos, afirma o ex-deputado centrista.
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por Lusa

Direita, PS e associações de forças de segurança e Armadas no encerramento

O Governo, partidos à direita e o PS vão estar presentes no encerramento do 31 Congresso do CDS-PP, em Viseu, momento no qual se vão juntar algumas associações representativas das forças de segurança e Armadas.

De acordo com informação divulgada esta manhã pelo partido, em representação do Governo estará em Viseu o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

Pelo PSD marcará presença o coordenador autárquico Pedro Alves, o presidente da distrital de Viseu, Carlos Silva, e o `vice` da bancada parlamentar Miguel Guimarães.

Da parte do PS, marcarão presença o deputado e secretário nacional, João Paulo Rebelo, o deputado José Rui Cruz e a presidente da concelhia de Viseu, Lúcia Araújo.

Pelo Chega, estará na reunião magna o deputado João Tilly, e da Iniciativa Liberal Pedro Pereira, membro da comissão executiva do partido e Bernardete Santos, coordenadora do Núcleo Territorial de Viseu.

As presenças confirmadas incluem também os presidentes da ASPP/PSP - Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, agente principal Paulo Santos, do SINAPOL - Sindicato Nacional da Polícia, Ricardo Linhares Melo, e do Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP, Rui Jorge Ribeiro Amaral, e da Associação dos Profissionais da Guarda, César Nogueira.

Das associações representativas das Forças Armadas, estarão presentes o presidente da Associação Nacional de Sargentos (ANS), sargento Lima Coelho, e da Associação de Praças (AP), cabo-mor Paulo Amaral.

Pelo SNCGP, Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, vai participar o presidente, Carlos Sousa, entre outros dirigentes, e pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público o presidente, Paulo Lona.

Na lista estão também incluídos representantes da CAP - Confederação dos Agricultores de Portugal, CIP - Confederação Empresarial de Portugal, da Confederação do Turismo Português, da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal, UGT, CGTP, e os presidentes da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, da União das Misericórdias Portuguesas e das Mutualidades Portuguesas.

De acordo com a informação divulgada por fonte oficial do CDS-PP, marcam também presença no encerramento do 31.º Congresso representantes das ordens dos advogados, médicos, notários, psicólogos, nutricionistas, da Liga dos Bombeiros, da Cruz Vermelha Portuguesa, da ANAFRE, SEDES e CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola em Portugal.

A sessão de encerramento do 31.º Congresso do CDS-PP tem início previsto para as 12:30, com o anúncio dos resultados da eleição dos órgãos nacionais e a tomada de posse. Os trabalhos encerram com o discurso de consagração de Nuno Melo, que vai renovar o mandato de presidente do partido.

O CDS-PP tutela no atual Governo as pastas da Defesa Nacional -- Nuno Melo é ministro e Álvaro Castello-Branco secretário de Estado -- e da Administração Interna, com Telmo Correia como secretário de Estado.

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por RTP

"CDS é um partido de futuro" defende Nuno Melo ao votar para os novos orgãos do CDS

O presidente do CDS, que deverá ser eleito na próxima hora, sublinhou ainda o "património de um partido fundador da democracia".

"O partido sai daqui muito unido e mobilizado", acrescentou, afirmando que o CDS tem pela frente um desafio "que não é pequeno, de governar em circunstâncias ainda difíceis" e que a "tarefa é fazer melhor" com um legado que "não é extraordinário".
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Nuno Melo diz que Rodrigues dos Santos deve estar "equivocado"

Na chegada ao Pavilhão onde decorre o congresso do CDS, em Viseu, Nuno Melo respondeu às críticas de Francisco Rodrigues dos Santos sobre a renovação no partido.

"Haverá algum equivoco", considerou, defendendo que "vários novos nomes, mulheres e quadros de grande qualidade" integram as listas únicas aos orgãos centristas.

De resto, Nuno Melo defendeu a democracia e a existência de opiniões diversas. "Respeito todas", afirmou, garantindo que o partido está "mobilizado".

Melo começou por respondeu apenas que "está a ser um belíssimo congresso" e que daqui a algumas horas se vai dirigir ao país, "com um grande espírito de unidade, com o partido mobilizado" e com a "certeza que o CDS tem um grande futuro".

Perante a insistência dos jornalistas sobre as críticas de falta de renovação, o presidente do CDS-PP disse que não reagia, e acrescentou de seguida: "A grande beleza da democracia está na liberdade de opinião e eu respeito todas".

"No mais, gostava apenas de dizer que talvez haja algum equívoco. Olhando para as listas vejo muita renovação e vejo muitas mulheres, vejo até pessoas com créditos firmados na sociedade portuguesa, em todas as áreas setoriais, e por isso haverá um equívoco", respondeu.

Interrogado sobre a lista que leva a votos hoje para a sua Comissão Política Nacional, que é de continuidade, Melo respondeu que "tem vários novos nomes, mulheres, e quadros de grande qualidade" e que "foi alargada".

Já sobre o facto de estarem presentes no encerramento várias associações representativas das forças de segurança e das Forças Armadas, o atual ministro da Defesa do governo minoritário PSD/CDS-PP salientou que estas forças "são importantes em todo o país e em qualquer momento porque significam a soberania do Estado e isso não é uma questão menor".
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por Lusa

Nuno Melo mantém todos os atuais vice-presidentes na comissão política

O líder do CDS-PP, Nuno Melo, propõe manter na sua comissão política nacional todos os atuais sete vice-presidentes, entre os quais os secretários de Estado Telmo Correia e Álvaro Castello-Branco e também o líder parlamentar, Paulo Núncio.

De acordo com as listas aos órgãos nacionais afixadas hoje, Nuno Melo vai manter Álvaro Castello-Branco, Telmo Correia, Paulo Núncio, Ana Clara Birrento, Diogo Moura, João Varandas Fernandes e Maria Luísa Aldim nas vice-presidências.

Numa lista de continuidade, também Pedro Morais Soares vai manter-se como secretário-geral.

Como porta-vozes, continua Isabel Galriça Neto e os até agora vogais da comissão executiva Catarina Araújo e Durval Tiago Ferreira.

Há também novos órgãos introduzidos com as alterações estatutárias aprovadas no último congresso, que decorreu em 2022. O coordenador de comunicação será o atual secretário-geral da Juventude Popular, Tomás Amaro Monteiro, e o gabinete de apoio programático será liderado por Ricardo Pinheiro Alves.

O cargo de coordenador autárquico, até agora desempenhado por Mário Araújo e Silva, volta a ser ocupado por Fernando Barbosa, que o foi com o anterior líder, Francisco Rodrigues dos Santos.

Os 12 vogais da comissão executiva serão Alexandra Almeida, César Navio, Raquel Paradela, António Marinho, Bruno Bobone, Domingos Alberto Doutel, Duarte Nuno Correia, Francisco Kreye, Inês Montargil, Hélder Amaral, Luís Gonçalves Folhadela e Vasco Becker-Weinberg.

O antigo líder parlamentar Nuno Magalhães é o primeiro nome da lista ao Conselho Nacional, órgão que será presidido por Luís Queiró. Até agora, o lugar era ocupado pelo antigo ministro Luís Pedro Mota Soares.

Como presidente do congresso mantém-se José Manuel Rodrigues.

As listas de candidatos aos órgãos nacionais do CDS-PP foram afixadas à porta do Pavilhão Cidade de Viseu, onde termina hoje o 31.º Congresso do partido.

A eleição, por voto secreto, já abriu e decorre até às 11:30, estando o anúncio dos resultados previsto para a uma hora depois, seguindo-se a tomada de posse e o discurso de consagração do presidente do partido.

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por RTP

Listas únicas foram afixadas

A eleição de Nuno Melo deverá ocorrer mais tarde do que a agenda prevista.
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Rodrigues dos Santos admite desfiliação e critica "clubinho privado de portas fechadas à renovação"

Francisco Rodrigues dos Santos Lusa

O antigo presidente do CDS-PP Francisco Rodrigues dos Santos admitiu hoje desfiliar-se do partido que liderou entre 2020 e 2022, considerando que este se transformou "num clubinho privado de portas fechadas à renovação".

Esta posição foi defendida pelo anterior líder dos centristas num painel de comentário na CNN Portugal, na noite de sábado, ao mesmo tempo que decorria em Viseu o 31.º Congresso do CDS-PP.

"Eu confesso que estou a testar os meus limites para conseguir sustentar a minha filiação no partido, não sei se conseguirei, por isso esta auto-reflexão impunha-se com um distanciamento importante para decisões mais definitivas", salientou.

Francisco Rodrigues dos Santos começou por considerar como "pontos fortes" o regresso do CDS-PP ao parlamento e ao Governo, acontecimento que classificou como "um sinal de vitalidade" e de que o partido "conseguiu renascer qual fénix no panorama político nacional".

O partido perdeu representação parlamentar pela primeira vez na sua história nas legislativas de 2022, altura em que Francisco Rodrigues dos Santos era líder e se demitiu na sequência desse resultado eleitoral.

Na opinião do anterior líder, os centristas têm agora a sua "bala de prata", com deputados e governantes, tendo a possibilidade de "verdadeiramente influenciar a governação".

"Agora, os pontos fracos. Existe uma perceção generalizada que o CDS se transformou num clubinho privado de portas fechadas à renovação", criticou.

Para Francisco Rodrigues dos Santos, o CDS "deve assumir-se como um partido de futuro e a renovação em qualquer organismo é fundamental para assegurar a integridade física e vital de qualquer instituto".

"As instituições que vivem quer de quadros antigos, quer de História, não são partidos políticos, são museus, e esta perceção o CDS tem que conseguir combater", apelou.

O centrista frisou que o partido "é democrata-cristão e não democrata-ancião" e considerou que "deve relançar-se e ter capacidade de apresentar novos protagonistas ao país".

"Ouvi hoje o presidente do CDS [Nuno Melo] dizer que o CDS tem que afinar o discurso para as mulheres e para os jovens. A média de idades dos representantes políticos nos órgãos de soberania do CDS é de 58 anos e tem zero mulheres", lamentou.

Francisco Rodrigues dos Santos mencionou ainda "a competitividade do CDS à direita" como um ponto fraco.

"Creio que muitos portugueses se perguntam qual é a assinatura do CDS neste programa de Governo e já antes qual tinha sido o seu impacto no programa eleitoral da Aliança Democrática. O CDS nunca negociou lugares sempre quis impor valores, ideias e projetos políticos ao país. Hoje essas bandeiras cabe que sejam afirmadas de forma inequívoca e clara no seio da governação", considerou.

 

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Segundo dia do Congresso consagra liderança de Nuno Melo

Termina este domingo, em Viseu, o Congresso dos centristas que irá reeleger Nuno Melo enquanto líder.

Esta manhã, vão ser eleitos, por voto secreto, os órgãos nacionais para o biénio 2024-2026. Os resultados devem ser anunciados ao início da tarde.

 Segue-se a tomada de posse dos novos órgãos eleitos. Nuno Melo fará depois o discurso de consagração.
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Moção de Nuno Melo aprovada por unanimidade

A moção de estratégia global apresentada pelo presidente do CDS-PP, Nuno Melo, intitulada "Tempo de Crescer", foi aprovada por unanimidade no 31.º Congresso do partido, que termina hoje em Viseu.

"A moção está aprovada por unanimidade", anunciou o presidente do congresso, José Manuel Rodrigues, depois de afirmar não ter registado votos contra nem abstenções.

A votação da moção de estratégia global, documento que tem como objetivo "fixar a orientação geral do partido", decorreu de braço no ar.

A outra moção apresentada ao congresso, da Juventude Popular, intitulada "Assegurar o Futuro", foi retirada. O anúncio foi feito por secretário-geral da estrutura que representa os jovens do CDS-PP, Tomás Amaro Monteiro.

Também as alterações aos estatutos do partido propostas pela direção foram aprovadas por unanimidade.

Na apresentação das alterações, o secretário-geral do CDS-PP, Pedro Morais Soares, explicou que algumas alterações se prendem com questões identificadas pelo Tribunal Constitucional.

A maior mudança prende-se com o Conselho Nacional de Jurisdição passar de sete para 11 membros e funcionar com duas secções e o plenário. A proposta visa ainda limitar até quatro anos a sanção de suspensão de um militante.

A última vez que os estatutos do CDS-PP foram alterados foi em 2022, pouco depois de Nuno Melo chegar à liderança do partido.

Os congressistas aprovaram igualmente um voto de louvor à ação da Juventude Popular, proposto durante os trabalhos por um dirigente da estrutura.

O primeiro dia de trabalhos da reunião magna dos centristas, que arrancou às 11:30, terminou às 00:50.

O presidente do congresso, José Manuel Rodrigues, lembrou que de manhã decorre a eleição para os órgãos nacionais do CDS-PP, e os delegados podem votar entre as 09:30 e as 11:30.

O anúncio dos resultados está previsto para as 12:30, seguindo-se a tomada de posse dos novos órgãos e o discurso de consagração de Nuno Melo, que terá o mandato renovado enquanto líder do partido.

As listas para os órgãos podem ser entregues à Comissão Organizadora do Congresso "até às 02:00", anunciou o presidente da reunião magna antes de dar os trabalhos por encerrados.

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Nuno Melo considera que "se o CDS tivesse ido a votos sozinho", os resultados do partido seriam melhores do que em 2022

“Se o CDS tivesse decidido ir a votos sozinho, não tenho dúvidas de que seria muito melhor do que em 2022”, disse Nuno Melo em entrevista à RTP, considerando que o partido “aprendeu com os erros” e está agora mais unido.

O presidente do CDS destaca a coligação da AD como um acordo “quase patriótico” que fez com que “o PS e PS e as esquerdas fossem derrotados”.

“O CDS acrescentou muito a esta coligação”, afirmou.

Sobre as declarações de Pedro Passos Coelho, que revelou que a Troika considerava que Paulo Portas não era de confiança, Nuno Melo disse não estar interessado “em discutir questões de 2014”.

“Aquilo que se conseguiu nesse governo foi patriótico e Portugal deve ao PSD e ao CDS o fim de um ciclo de intervenção externa da Troika e a devolução da sanidade às contas públicas”, destacou.
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Manuel Monteiro alerta para a necessidade de uma "voz própria" do CDS

Em entrevista à RTP, o ex-presidente do CDS-PP considera que o Governo não se pode esquecer que tem dois partidos. Um receio perante os anos em que os centristas tiveram uma força política mais "débil".

Manuel Monteiro alerta para a necessidade do CDS ter "uma voz própria" e lembra o papel decisivo do partido na vitória da Aliança Democrática nas últimas eleições.

Sobre as palavras de Paulo Núncio sobre o aborto durante a campanha, Manuel Monteiro considera que o CDS deve poder ter as suas próprias iniciativas sem colocar em causa a colaboração com o PSD.

Para o ex-presidente do CDS, é "desejável" que os valores da direita sejam defendidos "por quem acredita na democracia". Questionado sobre a nova declaração de princípios que prevê "respeitar as orientações pessoais de cada um", Manuel Monteiro diz ter "o maior respeito pelas orientações sexuais de cada um".

"Um homem que entende ser, na sua liberdade, homossexual, continua a ser um homem. Uma mulher que, na sua liberdade, entende ser homossexual, continua a ser uma mulher", afirmou.

E acrescentou: "Todas as pessoas, homossexuais, heterossexuais, têm que ter a mesma dignidade perante a lei, mas não podemos considerar que é tudo igual. A diferença das pessoas também tem de ser respeitada".

Ainda dentro do mesmo tema, admite não concordar com o uso da expressão "casamento" nas uniões entre casais do mesmo sexo e refere que "a legislação portuguesa não permite a poligamia".

"Há limites à liberdade individual e ainda bem", acrescenta.

Questionado sobre as palavras de Pedro Passos Coelho e uma aproximação ao Chega, Manuel Monteiro afirma que André Ventura não é de direita. Apesar de ser um "excelente comunicador", o líder do Chega "dirá em cada momento aquilo que é agradável às pessoas".

No entanto, defende Manuel Monteiro, os eleitores do partido que André Ventura representa "não podem ser ignorados".

Em concreto sobre o CDS, o ex-presidente do CDS reconhece que o partido já estava em declínio eleitoral antes da liderança de Francisco Rodrigues dos Santos.
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Cecília Meireles elogia trabalho "notável" de Nuno Melo

Cecília Meireles, ex-deputada, atualmente afastada da política ativa, deixa elogios ao atual líder do CDS por ter conseguido que o partido regressasse ao Parlamento.

Afirma estar numa ala "mais liberal" do CDS e considera que a lei do aborto "está bem como está".

Para Cecília Meireles, a "grande mais valia" do partido é a sua capacidade de juntar pessoas que pensam algumas questões de forma diferente.

A ex-deputada aproveitou ainda para lembrar outras causas que considera prioritárias, como o acesso aos cuidados de saúde.
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Pedro Mota Soares: "A notícia da morte do CDS foi manifestamente uma mentira"

O antigo ministro destaca que o CDS é um partido "aberto" a todos, conservadores ou mais liberais. Pedro Mota Soares considera que o partido foi fundamental na construção da democracia portuguesa.

Salienta que "a notícia da morte do CDS foi manifestamente uma mentira" e que a aliança com o PSD foi "positiva para Portugal".
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