Casa de Espinho. Montenegro não se sente condicionado e repudia insinuações sobre benefícios fiscais

por RTP

Luís Montenegro disse não se sentir condicionado com a abertura de um inquérito pela Procuradoria-Geral da República aos benefícios fiscais na sua casa de Espinho. O líder do PSD falou esta tarde em conferência de imprensa para esclarecer o tema da investigação. Deixando claro que não voltará a esta questão, Montenegro repudiou as insinuações de que tem sido alvo.

Montenegro lamentou "especulações absurdas que nascem da obscuridade de interesses que lidam mal com a minha liberdade". O presidente do PSD garantiu que não se sente "minimamente condicionado" e que convive bem com o inquérito do Ministério Público sobre o processo de construção da sua casa de família.
Garante que "tudo está dentro da regularidade" e sublinha: "Não me sinto mesmo minimamente condicionado, convivo bem com o escrutínio de que sou alvo através destes inquéritos e tenho a plena confiança e convicção de que serão precisamente estes inquéritos que irão demonstrar que tudo está dentro da regularidade".

O líder do PSD adiantou que não falará mais deste caso até que haja "um desfecho na Justiça" e diz que apenas o faz agora porque "o tempo político e mediático não é o mesmo tempo da Justiça".

Luís Montenegro repetiu que não teve qualquer benefício que não tivesse outro cidadão qualquer: "Tenho um processo blindado a qualquer desconformidade".

Garantiu depois estar disponível para colaborar com a investigação e entregar toda a documentação referente ao processo de construção, sublinhando que não voltará a falar do caso e que os próximos meses vai dedicar-se aos temas que interessam a Portugal.

O Ministério Público do Porto abriu um inquérito aos alegados benefícios fiscais atribuídos à habitação em Espinho de Montenegro, no seguimento de uma denúncia anónima: "Confirma-se a existência de inquérito que teve origem em denúncia anónima", respondeu a Procuradoria-Geral da República à agência Lusa após uma notícia avançada pela RTP.

O inquérito é dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto, adianta a PGR, e "não tem arguidos" constituídos.

c/ Lusa
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