Casa de Espinho. Montenegro em gestão desvaloriza "notícias antigas e requentadas"

por Inês Moreira Santos - RTP
Luís Montenegro em visita à BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa António Cotrim - Lusa

Luís Montenegro não tem nada a apontar às declarações do presidente da República, na quinta-feira, quando anunciou a data das novas eleições legislativas. O importante neste momento, salientou esta sexta-feira o primeiro-ministro, é a "apreciação das propostas políticas e dos líderes políticos" que os eleitores querem no próximo governo. Sobre a notícia de que não entregou às autoridades toda a documentação da casa de Espinho, limitou-se a garantir que cumpriu sempre com todas as obrigações e respondeu a todas as solicitações.

À saída da Bolsa de Turismo de Lisboa, Luís Montenegro disse aos jornalistas que acredita que o presidente da República "identificou bem a questão política que suscitou a dissolução do Parlamento e a marcação das eleições"

Marcelo Rebelo de Sousa "transmitiu aos portugueses e às portuguesas o sentimento (…) da sua auscultação do Conselho de Estado e também dos partidos políticos”.

“Nesta altura, o que importa reter é que vamos ter dois meses de apreciação das propostas políticas e dos líderes políticos que os portugueses querem que sejam a matriz da governação nos próximos anos”, frisou o primeiro-ministro, enquanto se deslocava na Feira Internacional de Lisboa.

Questionado se concordava com as declarações do líder socialista que, para estas eleições, estão em causa as lideranças da AD e do PS, Montenegro assentiu.“Para a liderança do Governo estarão em causa dois projetos políticos: o projeto político do Partido Socialista, o projeto político da AD. E dois líderes políticos: o do PS e o da AD”.

Segundo o Expresso, Luís Montenegro nunca chegou a cumprir com a promessa de que iria entregar à Polícia Judiciária toda a documentação relacionada com a construção da casa em Espinho, que em dezembro de 2023 levou a Procuradoria-Geral da República a abrir um inquérito.

O caso, que começou quando o líder do PSD era candidato a primeiro-ministro, foi entretanto arquivado, mas as faturas da construção nunca chegaram a ser entregues. Oriana Barcelos - Antena 1

Ainda na BTL, o chefe do Governo foi abordado sobre esta questão.

Apesar das “tentativas de reeditar notícias antigas e requentadas”, o primeiro-ministro está “muito tranquilo” e assegurou que cumpriu sempre com as obrigações e deu respostas às solicitações feitas.
Adiante, voltou a ser questionado sobre as averiguações do Ministério Público e negou estar preocupado.

“Nada. Tudo normal. Tudo normal”
, rematou, não dando mais resposta aos jornalistas.

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