BE questiona se "quem está ao lado" de von der Leyen defende direitos humanos

por Lusa

A candidata do BE às eleições europeias afirmou hoje que se deve pensar sobre se "quem está ao lado" da presidente da Comissão Europeia "defende ou não os direitos humanos", insistindo na necessidade de sanções a Israel.

"A União Europeia mantém o contrato de associação [com Israel], e isso deve-nos fazer pensar sobre quem está ao lado de Ursula von der Leyen hoje e se defende ou não os direitos humanos e a paz", considerou Catarina Martins, em declarações aos jornalistas na Feira de Barcelos, distrito de Braga.

A bloquista comentava a presença, hoje, da presidente da Comissão Europeia e candidata do Partido Popular Europeu a um segundo mandato, von der Leyen, na campanha da Aliança Democrática (PSD, CDS-PP e PPM) para as eleições europeias, no Porto, juntamente com o presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o cabeça de lista, Sebastião Bugalho.

Catarina Martins salientou que a dirigente alemã "é a presidente da Comissão Europeia que mantém um contrato de associação com Israel, que está a provocar um genocídio em Gaza".

"E nós ainda não ouvimos uma palavra da presidente da Comissão Europeia de condenação e de sanções a Israel, que é fundamental. Temos dito, e repito, a legislação a que a União Europeia se obrigou a si própria, tratados internacionais, obriga a que haja sanções e que haja embargo do envio de armas quando estamos perante crimes de guerra e genocídio", argumentou a candidata ao Parlamento Europeu.

Catarina Martins, que já propôs a condenação política do Governo alemão por fornecer de armas a Israel, acusou von der Leyen de ser a "representante de um projeto europeu que está a negociar com setores vastos da direita e mesmo da extrema-direita e que tem como opção retirar os fundos europeus que têm servido para áreas tão fundamentais como a saúde e educação para financiar a indústria de armamento alemã".

"Morre uma criança a cada hora na faixa de Gaza e há dinheiro europeu, há armas alemãs, e isso tem que ser travado. Hoje quem está ao lado de von der Leyen deve dizer algo sobre isso, ou então, é cúmplice", acusou.

 

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