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A presidente do CDS admite a possibilidade de "uma inclinação muito grande para a esquerda" nas legislativas, defendendo que tal cenário resultaria num "grande desequilíbrio" no sistema político.
Assunção Cristas desvaloriza as sondagens que apontam para a possibilidade do pior de resultado de sempre dos partidos de direita em Portugal. Ainda assim, em entrevista à Antena 1, a presidente do CDS admite que existe uma tendência de voto à esquerda, o que representa um risco, na leitura da líder centrista.
"O que podemos vir a ter é, de facto, uma inclinação muito grande para a esquerda. Há quem fale até de dois terços do Parlamento à esquerda. Eu não acredito, porque acho que em Portugal há muita gente a pensar de maneira diferente, mas a verdade é que se isso por ventura se viesse a concretizar, nós temos uma situação inédita de um grande desiquilíbrio no nosso sistema político-partidário", argumentou a líder do partido conservador.
Assunção Cristas apela, por isso, ao voto no CDS, mas recusa quantificar o que seria um bom resultado para o partido nas eleições do próximo mês, considerando que o "objetivo é crescer o mais possível".
A presidente do CDS também insistiu na redução dos impostos, apesar de António Costa ter acusado o partido de caça ao voto, com a descida da carga fiscal. A líder centrista entende que existem condições para avançar com esta medida.
"Defendo uma baixa de impostos porque isso é que é tratar as pessoas do nosso país da forma mais equitativa possível", concluiu Cristas.