"As pessoas deviam pensar duas vezes". Marcelo admite eleições antecipadas em caso de chumbo do OE
O Presidente da República prepara-se para ouvir sexta-feira os partidos sobre a proposta do Orçamento do Estado 2022. À esquerda e a direita, o documento recebe criticas e arrisca o chumbo.
O Presidente desenhou alguns cenários em caso de chumbo, incluindo a realização de eleições antecipadas, para perguntar se outro executivo faria um Orçamento do Estado assim "tão diferente deste" num prazo provável de seis meses.
"Um novo orçamento em abril significaria seis meses de paragem", lembrou, "e paragem em muitos fundos europeus".
"Será que o Orçamento a aparecer em abril, supondo que era fácil aprová-lo em abril, compensava os custos todos?", questionou o Chefe de Estado.
Marcelo considerou por isso que "as pessoas deviam pensar duas vezes nas consequências dos passos que dão," ao mesmo tempo que afastava o cenário de crise política.
"Porque o bom senso mostra que os custos são muito elevados, tenho para mim que o natural é que, com mais entendimento, com menos entendimento, com mais paciência, com menos paciência, acaba por passar na Assembleia da República o Orçamento do Estado", concluiu Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas à saída das novas instalações da associação Ajuda de Berço.