Armas para Israel. Bloco entrega à PGR relatório sobre navio com bandeira portuguesa

por RTP

Foto: Rodrigo Antunes - Lusa

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, entregou esta segunda-feira uma exposição relativa a um navio com bandeira portuguesa que alegadamente transportava explosivos para Israel.

Junto à Procuradoria-Geral da República, a responsável do BE afirmou à RTP que espera que o Direito Internacional seja cumprido pelo Estado português.

Pretende-se com este ato "prevenir a indignidade do Estado português poder vir a ser acusado de ser cúmplice de um genocídio na Palestina".

Mariana Mortágua denuncia que há um navio com bandeira portuguesa, com registo na Madeira, que transporta explosivos utilizados para o fabrico de armamento em Israel.

Segundo a coordenadora do Bloco de Esquerda, este navio não foi autorizado a aportar na Namíbia onde deveria ter feito uma pausa técnica. Outros países estão a rejeitar que este navio possa atracar por violação das normas internacionais, afirma a líder bloquista.

No final do mês de agosto, após questões levantadas pelo BE, o ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que o navio cargueiro Kathrin, que transporta explosivos, tem pavilhão português mas é alemão e "não vai para Israel", assegurando que a embarcação tem como destino dois portos, na Eslovénia e no Montenegro.

A coordenadora do BE salientou hoje que o navio é alemão "mas está registado na Madeira" e tem "bandeira portuguesa", estando "sujeito às normas e às leis de Portugal".

Mariana Mortágua disse ainda que "o navio vai para a Eslovénia, mas os explosivos que estão dentro daquele navio têm uma guia de destino até Israel" e serão "usados na fabricação de armas".

c/ Lusa
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