Acabando de ser reeleito como secretário-geral por uma maioria expressiva, Costa diz também que neste momento não está em discussão a liderança. O PS, acrescentou ainda, não tem de viver nenhuma angústia sobre a sua sucessão.
O PS está, segundo Costa, %u201Cde mangas arregaçadas%u201D para ganhar as autárquicas. A uma pergunta sobre o cenário de uma vitória eleitoral mais estreita que nas eleições anteriores, o líder do PS respondeu que naturalmente é impossível bater recordes em todas as eleições. Para já, sublinha que o PS é o único partido que concorre em todos os círculos.
O primeiro-ministro lembra que estamos a sair de um ano muito difícil, com cerca de 18.000 mortos de e um milhão de pessoas infectadas por covid, com muitos trabalhadores que perderam os seus empregos e empresários a lutarem para manter as suas empresas. Diz-se, por isso, mais preocupado com a situação do país do que com um eventual %u201Cpântano%u201D que venha a criar-se à direita na sequência das eleições.
Logo a seguir ao encerramento dos trabalhos parlamentares, houve uma reunião de trabalho com os potenciais viabilizadores do Orçamento do Estado 2022 para conhecimento mútuo das respectivas preocupações. Segundo António Costa, tem havido bons resultados em responder à pandemia sem recorrer a uma drástica política de austeridade, pelo que considera haver condições para um bom acordo sobre o OE 2022.
Quanto à política fiscal, afirmou que, mais do que uma ideia de baixar o IRC, há uma aposta em conceder benefícios fiscais a empresas que investem na sua recapitalização, na investigação e desenvolvimento ou na criação de postos de trabalho. As medidas fiscais são auxiliares de objectivos políticos.
Considerando o Orçamento como um todo, lembrou que nada pode estar fechado enquanto não estiver tudo fechado.
A uma pergunta sobre a permanência de Eduardo Cabrita, o primeiro-ministro sublinhou os bons resultados na redução da área ardida com os fogos florestais que o ministro da Administração Interna pode apresentar.