André Ventura defende que Chega é o "único caminho para derrotar o socialismo em Portugal"
No discurso final na sexta convenção do Chega, o líder reeleito André Ventura defendeu que o seu é o "único partido" capaz de derrotar o Partido Socialista, sublinhando as recentes adesões registadas de caras conhecidas de outros partidos.
"Fechar as portas nunca fez parte da matriz cristã de um país e também não é deste partido. Nós nunca venderemos a nossa identidade porque ela é parte do nosso património".
"Precisamos de muitos, precisamos de todos para vencer", apelou, citando palavras de Francisco Sá Carneiro para vencer os socialistas: "acima de qulaquer interesse partidário a unidade e a democracia por Portugal". "É esse espírito que me norteia", garantiu.
André Ventura garantiu ainda que não deixará que nenhum recém-chegado altere o espírito "disruptivo" do Chega ou o seu "ser politicamente incorrecto" e a "capacidade de enfrentar os interesses instalados".
"Precisamente por sermos um partido aberto e essa nova esperança que Portugal precisa, não devemos nem devemos fechar as portas àqueles que nos procuram".
Deixando críticas ao novo secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, André Ventura aproveitou para se associar à luta dos elementos das forças de segurança. "Nunca aceitarei um país onde é melhor ser-se bandido do que ser-se polícia", afirmou, repetindo a promessa de atribuir a todas os polícias e guardas o mesmo suplemento "justamente" atribuído à Polícia Judiciária.
"Se vencermos as eleições, o Chega vai reverter a extinção do SEF levada a cabo pelo PS", afirmou.
"E vamos reverter esta Lei da Nacionalidade para que ninguém possa entrar, estar ou ser português sem saber falar a língua e conhecer a cultura portuguesa", afirmou também.
"Caro Pedro Nundo Santos, a mentira e a manipulação não cabem neste congresso. Mas caem que nem uma luva em si e no Partido Socialista que tem governado Portugal nos últimos anos", e que "instalou em Portugal", atacou Ventura, ovacionado.
Luta contra a corrupção
O líder do Chega lembrou então que o Governo de António Costa "caiu pela velha e conhecida palavra portuguesa, corrupção". "A corrupção é hoje o grande vírus, o maior de todos os vírus da sociedade portuguesa", considerou, admitindo-se "espantando" por o país estar a discutir "minudências" quando "deixa fugir", em corrupção, "20 mil milhões de euros por ano, mais do que o que gastamos na Saúde".
"Casos atrás de casos", lamentou, garantindo "eu sou radical contra a corrupção, contra o compadrio que tomou conta deste país e que nós vamos acabar no dia 10 de março", quando "seremos uma força decisiva no quadro parlamentar".
O Chega, anunciou, irá propor que os políticos condenados por corrupção sejam para sempre impedidos de exercer cargos públicos em Portugal ou que ministros e secretários de estado responsáveis por fazer negócios com empresas em nome do Estado, fiquem impedidos de depois ir exercer cargos nessas firmas.