O Livre lamentou a morte de Adriano Moreira, hoje aos 100 anos, representante de "um campo político muito diferente" do partido, mas considerando que a sua memória é "merecedora do maior respeito", pelas "qualidades de intelectual, democrata e humanista".
"Grande estudioso de política internacional e do direito, com um destacado percurso académico, Adriano Moreira representou sempre um campo político muito diferente daquele onde se inscreve o Livre. No entanto, o seu percurso no Portugal democrático, onde representou os seus valores e princípios, é digno do respeito de qualquer democrata", lê-se numa série de três publicações partilhadas na conta oficial do Livre na rede social Twitter.
"Foi, nos últimos anos, presidente da Academia de Ciências. Pelas suas qualidades de intelectual, democrata e humanista, a sua memória é merecedora do nosso maior respeito", acrescentou.
Também o deputado único do Livre, Rui Tavares, usou o Twitter para expressar condolências à família de Adriano Moreira.
"A democracia precisa de quem discorde de nós. E até quem tenha discordado dela, mas depois lhe tenha dado o seu contributo, como o fez também à Academia das Ciências, ao debate, à política e ao pensamento no país. Assim foi com Adriano Moreira", escreveu.
Adriano Moreira foi ministro do Ultramar no período da ditadura (1961-1963) e deputado e presidente do CDS-PP já em democracia, mantendo sempre ligação à universidade e à reflexão em matéria de Relações Internacionais.
Com 100 anos completados em 06 de setembro passado, foi condecorado pelo Presidente da República em junho com a Grã-Cruz da Ordem de Camões.
O velório de Adriano Moreira, segundo fonte oficial do CDS-PP, está marcado para segunda-feira a partir das 20:00, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, local para onde está marcada uma missa, no dia seguinte, terça-feira, às 12:00.
Segue-se o funeral que será reservado à família de Adriano Moreira.