"A guerra ainda não acabou". Mensagem de Natal do PM com agradecimentos e alertas sobre a pandemia
A mensagem de Natal de António Costa focou-se, este ano, nos tempos difíceis de pandemia e nos esforços de todos os portugueses para a combater. Com um agradecimento especial aos profissionais de saúde e a quem fez o "impossível" para acorrer a todas as dificuldades, o primeiro-ministro frisou que "a guerra ainda não acabou".
Relembrando que, “nestes quase dois anos de pandemia, todos aprendemos que cada um de nós só se protege, protegendo os outros”, António Costa reforçou o apelo à contenção neste período de festas.
“É este espírito fraterno e solidário que tem reforçado o nosso sentido de comunidade. E nunca será demais agradecer o extraordinário civismo dos portugueses, na adoção das medidas de segurança ou na adesão em massa à vacinação”, declarou.
Na sua mensagem de Natal, o primeiro-ministro aproveitou ainda recordar os progressos no processo de vacinação contra a covid-19 em Portugal, que está prestes a fazer um ano. “Desde então quase toda a população maior de 12 anos está vacinada, dois milhões e meio de pessoas já receberam a dose de reforço e iniciámos a vacinação das crianças dos 11 aos 5 anos”, afirmou.
Lançou ainda palavras de agradecimento a todos os profissionais de saúde, que continuam a ser “inexcedíveis” nestes tempos de pandemia. “A vivência tão intensa destes dois anos neste posto de comando, só reforçou o meu orgulho nos portugueses e a minha confiança no nosso SNS”, disse o PM.
“Mas a guerra ainda não acabou. Como sabemos, há milhões de seres humanos em todo o mundo que ainda não tiveram acesso à vacina e, enquanto assim for, o vírus continuará ativo e persistirá o risco de se transformar em novas variantes. Por isso, é fundamental acelerar a vacinação à escala global e prosseguir o reforço vacinal em Portugal”, alertou António Costa.
“Seguramente não conseguimos chegar sempre a tempo, nem sarámos ainda todas as feridas. Apesar de o emprego já ter recuperado plenamente e de termos retomado um crescimento robusto, não podemos perder o foco no esforço nacional de recuperação. E devemos fazê-lo com a confiança de um povo que, tendo superado cada etapa desta pandemia, é capaz de se superar, de encarar o futuro com esperança, continuando a ser extraordinário nos tempos de normalidade e tranquilidade porque todos ansiamos”.
António Costa terminou a mensagem de Natal dizendo que teria mais a comunicar aos portugueses, mas que “neste período pré-eleitoral o primeiro-ministro tem um especial dever de ser contido”. Assim sendo, concentrou-se apenas “no que mais nos preocupa e a todos nos une: o combate à pandemia”.
“Concluo, desejando um feliz Natal, com uma palavra de saudade para as comunidades portuguesas residentes no estrangeiro e de especial reconhecimento para todos os que neste Natal estão a trabalhar, nos hospitais, nos lares, nas forças de segurança, nas forças armadas, nos serviços de transporte e tantas outras atividades de trabalho contínuo. A todas e a todos desejo um Próspero Ano Novo”, concluiu.