"Paz, Pão, Habitação, Saúde, Educação". Sérgio Godinho refere-se a este tema, "Liberdade", como um grafitti do rock e bem podia ser o programa da revolução de Abril. Quase 50 anos depois, Sérgio Godinho admite que estas e outras reivindicações se mantenham.
"Tantos anos depois, continua a ser das minhas canções favoritas", confessa em entrevista ao Jornal 2.
A democracia "está sempre ameaçada", salienta Sérgio Godinho, lembrando os "descontentes" que optaram pelo voto de protesto nas últimas eleições legislativas.
Sérgio Godinho foi alvo de censura, teve discos proibidos e esteve no exílio.
Sempre cantou a liberdade como a possibilidade de "mudar e decidir", como num concerto na Sociedade Recreativa de Torres Novas, em 1975.
Numa entrevista à RTP, em 1979, defendia que não bastava derrotar o fascismo. Era preciso saber como se diz, para quem se diz.